sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estreias da Semana nos Cinemas de Manaus - 29 de Junho


Filme: Para Roma, Com Amor
Direção: Woody Allen
Elenco: Ellen Page, Woody Allen, Jesse Eisenberg, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Roberto Benigni
Sinopse: Um caleidoscópio de quatro histórias, numa das cidades mais encantadoras do mundo. Essas quatro histórias variam de um conhecido arquiteto americano revivendo sua juventude; um morador de Roma que de repente se vê como uma grande celebridade da cidade, um casal de jovens com encontros e desencontros românticos e uma diretora de ópera que tenta fazer um agente funerário cantar.
Onde: Cinemais e Playarte

Filme: A Era do Gelo 4
Direção: Steve Martino, Mike Thurmeier
Sinopse: Nesta nova saga, Scrat desencadeia um evento cataclísmico. Sid, Manny e Diego são empurrados para alto-mar e terão de lidar com perigos que jamais puderam imaginar que existiam, como um bando de piratas de quinta categoria. Sob muita adrenalina, os heróis terão de passar por cima deles e achar o caminho de volta para casa.
Onde: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Roman Polanski: Um gênio do cinema que ainda tem muito a oferecer

Por Diego Bauer


Há duas semanas estreou em algumas capitais do Brasil (e é uma pena saber que Manaus não está entre elas) Deus da Carnificina, o novo filme do fantástico cineasta polonês, Roman Polanski.

Baseado numa famosa peça de teatro, o filme é formado por um elenco de estrelas, com nomes do peso de Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster e John C. Riley, e através de uma história que nos faz lembrar o clássico Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966), o longa faz um estudo sobre os jogos de aparência existentes na sociedade norte-americana, e como elas podem ser enganosas, e facilmente desmascaradas quando colocadas à prova em situações desagradáveis.

Mas esse texto não é pra falar sobre o filme, mas sim sobre o seu diretor, que está novamente em evidência devido a recorrente consistência dos seus trabalhos.

Falar de Roman Polanski é falar de clássicos inesquecíveis, de um diretor talentosíssimo e de um cinema como obra de arte, algo pouco visto hoje em dia.

Logo no seu primeiro filme, A Faca na Água (1962), Polanski já mostrou as características que marcaram a sua carreira: tramas instigantes, sombrias, desenvolvendo com maestria os conflitos psicológicos dos seus complexos personagens, com uma direção segura, que sabe o que quer, e que domina completamente todos os elementos que compõem o filme.

A Faca na Água foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1964, perdendo para 8 ½ de Federico Fellini.

Após isso, Polanski realizou a famosa Trilogia do Apartamento, com três grandes filmes: Repulsa ao Sexo (1965), O Bebê de Rosemary(1968) e O Inquilino (1976). Com estes trabalhos (principalmente os dois primeiros, que foram realizados ainda no início de sua carreira), Polanski ganhou fama e reconhecimento internacionalmente, e se tornou um cineasta respeitado por público e crítica.

E esse respeito aumentou ainda mais com a realização do clássico Chinatown (1974).

Se com Repulsa ao Sexo O Bebê de Rosemary Polanski se apresentou como um talentoso e promissor cineasta, com Chinatown ele alcança todo o seu potencial artístico, e realiza uma obra perturbadora, instigante, elaborando um suspense de grande qualidade, e dando elementos para que Jack Nicholson fizesse um trabalho memorável.

Chinatown teve onze indicações ao Oscar de 1975, e a primeira nomeação de Polanski a categoria de melhor diretor.

O cineasta foi novamente lembrado pelo Oscar anos depois, com Tess – Uma Lição de Vida (1979). O longa foi indicado a seis Oscars, e novamente Polanski foi indicado ao prêmio de melhor diretor.

Mas a vida do cineasta não se resume apenas a grandes filmes e premiações. Em 1969, a atriz Sharon Tate, esposa de Polanski, e mais quatro amigos do casal foram brutalmente assassinados por membros da Família Manson. O crime aconteceu na própria casa onde Polanski e Tate moravam.
Tate estava grávida de oito meses. No dia do crime, Polanski estava na Europa produzindo um filme.

Anos depois, em 1977, Polanski é acusado de estuprar uma garota de 13 anos. O crime teria acontecido na residência de Jack Nicholson em Hollywood. De acordo com a vítima, Samantha Geimer, o estupro aconteceu durante uma sessão de fotos para a revista Vogue.
Polanski confessou o crime, embora alegou que a relação sexual foi consensual.

O diretor foi condenado a prisão em 1978, mas fugiu para a França antes do julgamento, e desde então nunca mais voltou para os Estados Unidos.

Depois de passar por um momento de tanta turbulência, ele só voltou a realizar filmes relevantes no final da década de 80, com Busca Frenética (1988), numa das melhores interpretações da carreira de Harrison Ford; e também no início da década de 90, com Lua de Fel(1992), e com o subestimado A Morte e a Donzela (1994), que apresenta uma madura e interessantíssima reflexão sobre a vingança, e sobre como o ser humano, por mais racional e equilibrado que seja, acaba se voltando para os instintos mais primitivos quando tem a chance de punir alguém que fez mal para ele.

Mas mesmo depois de tantos clássicos, tantos filmes memoráveis, com a carreira completamente estabilizada, já sendo considerado um dos grandes nomes da história do cinema, e não precisando mais provar nada para ninguém, Polanski ainda estava para realizar o seu melhor filme.

Adaptando a autobiografia do pianista polonês Wladyslaw Szpilman, que sobreviveu ao holocausto em uma Polônia com sede de sangue judeu, Roman Polanski impressiona o mundo com o lançamento de O Pianista (2002).

Filho de poloneses, o diretor viu sua mãe ser morta em Auschwitz, e durante toda a Segunda Guerra Mundial teve sempre de estar fugindo dos oficiais alemães. Portanto, ele era a pessoa ideal para contar a história de Szpilman, que de certa forma lembra a do próprio Polanski.

Contado de forma crua, de difícil digestão, mas ao mesmo tempo com um valor artístico inquestionável, O Pianista é um filme belíssimo, impactante, que não faz concessões aos espectadores. Além, é claro, de contar com uma direção não menos que espetacular, e com um trabalho fantástico de Adrien Brody.

O Pianista foi indicado a sete Oscars, e pela primeira vez Polanski venceu na categoria de melhor diretor. 

Além disso, o filme ganhou a Palma de Ouro, além dos prêmios de melhor filme do César e do Bafta, e melhor direção nos dois últimos.

E se parecia que Polanski havia perdido a mão, após o lançamento do irregular Oliver Twist (2005), ele mostrou que continua em plena forma ao lançar o thriller muito acima da média, O Escritor Fantasma (2010), facilmente um dos melhores filmes de 2010.

Com mais de quarenta anos de carreira, e com a lucidez de um cineasta em plena forma, Roman Polanski ainda se mostra capaz de realizar grandes filmes, e demonstra ter um fôlego que daria inveja pra muito estreante.

E quem sai ganhando com isso somos nós, que temos o privilégio de acompanhar mais trabalhos desse artista genial.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Crítica: "Sombras da Noite", de Tim Burton

Por César Nogueira

Os filmes de Tim Burton se baseiam na inadequação dos protagonistas ao mundo. Para esta proposta, o diretor encontrou em Johnny Depp o ator ideal. Juntos, emplacaram sucessos de público e crítica como Edward Mãos de Tesoura, A Noiva Cadáver e Ed Wood.
Por outro lado, também tiveram que lidar com críticas pesadas a filmes como Alice no País das Maravilhas, o trabalho anterior da dupla. Agora, com Sombras da Noite, os dois se unem de novo e nos trazem uma história que, enquanto os redime da história da mocinha loirinha que cai na toca do coelho, fica bem abaixo da sua filmografia.

No filme, Depp vive Barnabas Collins, aristocrata inglês do século XVIII que imigra com a família para os Estados Unidos. Rico e presença, Barnabas faz sucesso com as mulheres, mas só tem olhos para Josette (Bella Heathcote), o que Angelique (Eva Green), bruxa apaixonada por ele, não aceita. Por isso, Angelique faz com que Josette cometa suicídio e transforma Barnabas em vampiro. De quebra, ela manipula os moradores da cidade a enterrarem o protagonista e demole a reputação e as finanças da família dele.
O resultado desse rancor se extende até 1972, o tempo presente do filme, quando Barnabas consegue sair do caixão e vai à sua antiga casa, onde encontra seus descendentes falidos. Por isso, Barnabas resolve ajudar os parentes enquanto (re)encontra o amor da sua vida.

 
Tim Burton se inspira abertamente no Expressionismo Alemão para compor a estética dos seus filmes. Em Sombras da Noite, ele continua com a homenagem. A atmosfera dark e a maquiagem carregada externalizam os conflitos dos personagens (e, cá pra nós, do diretor). Além disso, as mãos de Barnabas vampiro, a movimentação delas e um escurecimento nas bordas da tela são claras referências a Nosferatu, de F.W. Murnau.
A inadequação ao mundo, tão querida ao diretor, é mostrada no desconforto do protagonista em ser o que não quer, em ter um amor improvável e em viver numa época de costumes e pessoas diferentes do que estava acostumado.

 
Apesar dessas qualidades, o filme tem muitos pontos fracos.

Movimentos dos anos 1970, como a liberação sexual, emancipação feminina e os hippies, aparecem apenas como elementos cosméticos. Apesar de renderem piadas rasteiras envolvendo choques culturais, eles, rigorosamente, não levam o filme pra frente. Por isso, não faria muita diferença para os temas se eles fossem ambientados em 2021. Mudando a direção de arte ali e acolá e umas piadas, teríamos, para todos os efeitos, o mesmo filme.

 
Helena Bonham Carter, esposa de Burton, vive a doutora Hoffmann

Além disso, personagens com motivações entre o simplório e o imaturo diminuem a história.
Angelique foi construída de uma maneira que dá vontade de lhe dizer: “minha filha, Barnabas não te quer. Não entendeu ou quer que eu desenhe? Tenha amor próprio e vá viver a vida”.
Victoria nos foi apresentada como uma mulher com traumas do passado e diante do desafio de cuidar de David (Gulliver Mcgrath). Infelizmente, suas “cicatrizes” se revelam absurdas no mau sentido, o trabalho com David não existe e, na segunda metade da história, ela se transforma numa mocinha romântica genérica de tamanho médio.
Para completar, Johnny Depp nos apresenta, mais uma vez, um excêntrico cheio de cacoetes. Por isso, a sensação de déjà vu se faz presente. Por causa disso, a sensação de que o astro está desgastado é reforçada.

 
Barnabas se queima com um raio de sol que ultrapassa a janela da sua casa, mas anda na rua normalmente durante o dia. Incoerência é o que há. Só que não.

Os maiores trunfos de Sombras da Noite são a direção de arte e a maquiagem. F.W. Murnau, Fritz Lang e companhia talvez se sentiriam orgulhosos com seu discípulo Tim Burton. Além disso, o filme tem Johnny Depp, um ator que rende bilheteria por ter a simpatia de vários tipos de público.
Mas, como sabemos, uma história funciona graças a um conjunto de fatores. No filme, eles são falhos em sua grande maioria; não tem visual e astro carismático que sustentem uma história mais sem vida que seu protagonista vampiro.
Depp e Burton nos brindaram com histórias que já fazem parte da cultura popular. Por isso, vê-los abaixo do nível a que nos acostumamos, pela segunda vez consecutiva, pode causar preocupações.
Ou não?

 
NOTA: 6,5

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Jovens Clássicos: Ligações Perigosas, de Stephen Frears (1988)

Por André Maués

 
Baseado numa peça teatral que, por sua vez, foi baseada num romance francês, Ligações Perigosas conta a história da Marquise de Mertuil (Glenn Close) e do Vicomte de Valmont (John Malkovich), dois nobres da alta sociedade francesa do século 18 que, apesar da aparência de virtuosos, na verdade vivem para fomentar intrigas e jogos de sedução.
A vítima da vez das suas maquinações é Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer), a qual está passando uma temporada na cidade enquanto seu marido está viajando.
Diretor veterano e bem-sucedido em seu país de origem, o britânico Stephen Frears faz aqui a sua estréia no cinema hollywoodiano. E se a primeira impressão é a que fica, ele não poderia ter feito melhor.

 
Atento aos detalhes, Frears ressalta cada canto dos suntuosos castelos e casas de campo da França pré-revolucionária, bem como os figurinos dos seus personagens. Assim, ele cria sequências memoráveis e elegantes, como a cena inicial que traz os dois protagonistas acordando e sendo vestidos por um batalhão de serviçais.
Tudo isso embalado pela bela trilha sonora instrumental de George Fenton e composições clássicas de Vivaldi, Bach e Handel.
 
 
Também é admirável o elenco que o diretor conseguiu reunir para esta adaptação: John Malkovich exibe toda a autoconfiança e cinismo de Valmont, armas que o personagem utiliza para seduzir as suas vítimas; Michelle Pfeiffer, como a única personagem realmente virtuosa do filme, evita a armadilha de criar uma mulher chata, ressaltando ao invés disso o misto de força e fragilidade da Madame de Tourvel; e até mesmo Uma Thurman aparece em um dos seus primeiros papéis no cinema, interpretando Cécile de Volange, uma das mulheres seduzidas por Valmont.

 
No entanto, o filme pertence mesmo é a Glenn Close, naquela que pode ser considerada uma das maiores atuações femininas do cinema. A Marquise de Mertuil é um personagem totalmente amoral e que se revolta pelo fato de os homens poderem usufruir de uma série de liberdades, incluindo a própria sexualidade, que são negadas às mulheres. Ela se revolta ainda mais por ver mulheres castas e aparentemente sem nenhum atributo físico ou inteligência de destaque serem bem-quistas pelo restante da sociedade.

 
Assim, a Marquise de Mertuil apresenta um comportamento notável perante a sociedade, apenas para debaixo dos panos poder minar e destruir todos aqueles que, na sua visão, não merecem ser felizes por estimularem uma sociedade onde a mulher é submissa. E no seu caminho de vítimas encontram-se tanto homens como mulheres.
O poder dos olhares de Close e a forma calculada como ela pronuncia cada palavra, como se fossem gotas de um veneno letal, são de um primor poucas vezes visto no cinema, e mostram um verdadeiro animal enjaulado que luta para se libertar. A sua cena final diante do espelho, por exemplo, é de tirar o fôlego.

 
No final, mesmo que as suas ações sejam bastante questionáveis e não ajudem muito a “causa”, não se pode negar que estamos diante de uma das grandes personagens feministas já mostradas no cinema.

 
Nota: 9,4

Curiosidades:

  • Menos de um ano após o bem-sucedido lançamento de Ligações Perigosas, outra produção americana baseada no mesmo livro chegou aos cinemas. O filme Valmont era dirigido por ninguém menos do que Milos Forman (Amadeus, Um Estranho no Ninho) e contava em seu elenco com Annette Benning, Colin Firth e Meg Tilly. O sucesso recente de Ligações Perigosas, no entanto, ofuscou por completo este novo longa. Embora o filme como um todo de fato seja inferior, é preciso destacar a atuação de Annette Bening como a Marquise de Mertuil, um dos melhores trabalhos da sua carreira.
  • A história também ganhou uma versão moderna, através do filme adolescente Segundas Intenções, de 1999. Apesar de possuir um interessante roteiro que adapta bem os principais elementos da história para os dias de hoje, o trio de protagonistas (Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillipe e Reese Witherspoon) deixa muito a desejar.
  • No total, o romance Les Liasons Dangereuses, de Pierre Choderlo de Laclos, já foi adaptado cinco vezes ao cinema, incluindo uma versão francesa (a primeira, em 1959) e uma sul-coreana (a mais recente, de 2003).
  • Drew Barrymore e Sarah Jessica Parker foram consideradas para o papel de Cécile de Volanges, o qual acabou ficando nas mãos de Uma Thurman.

Crítica: Prometheus, de Ridley Scott

Por Renildo Rodrigues

 
Mexer com clássicos não é tarefa das mais agradáveis. Ridley Scott deveria saber disso – sua tentativa de reviver o antológico papel de Anthony Hopkins como o psicopata Hannibal Lecter em Hannibal (2001) deixou muito a desejar. Mesmo assim, munido de ambição e voltando a um material que era seu em primeiro lugar – a franquia Alien, que teve seu primeiro e espetacular lance em Alien – O Oitavo Passageiro (1979), de Scott –, ele imagina as origens para a monstruosa criatura que dá nome à saga.

 
Prometheus instilou nos fãs uma expectativa similar à dos fãs da saga Star Wars, quando George Lucas, o criador da série, anunciou a produção de uma nova trilogia, bem no início da década passada. Tal qual Lucas, Scott infelizmente não conseguiu chegar nem perto do original.
O título do filme explica muita coisa. Prometeu, no mito grego, é o titã que criou a humanidade, mas que, ao roubar dos deuses o segredo do fogo, a fim de presenteá-lo aos humanos, acaba sendo punido por Zeus: é acorrentado a uma rocha, onde uma águia vem todos os dias devorar seu fígado, até o fim dos tempos.

 
Singelo, não? Brincadeiras à parte, o tema da criação da humanidade, que há muito inspira a ficção científica, é o ponto de partida de Prometheus, bem como as noções de sacrifício e punição do mito original.
Elizabeth Shaw (Noomi Rapace, que foi Lisbeth Salander na versão sueca de Os Homens que Não Amavam as Mulheres) toma o lugar que já foi de Ellen Ripley (Sigourney Weaver) como protagonista da história. Ela e o androide David (Michael Fassbender, de longe a melhor coisa do filme) descobrem indícios de uma super-raça, anterior à humana, e que pode ter sido a sua criadora. Como não podia deixar de ser, eles partem para o planeta dos tais seres, e lá, descobrem que eles deixaram não apenas as sementes da criação, como também as da destruição.

 
Esse resumo poético, modéstia à parte, na verdade é mais elaborado do que o roteiro em si. É inacreditável como Scott, diante dos diálogos densos e perturbadores de Blade Runner – O Caçador de Androides (1982), ou mesmo da ironia ferina de O Gângster (2007), tenha se contentado com certas falas e situações de Prometheus. Tanto pior quando sabemos que parte delas foi escrita por Damon Lindelof, um dos redatores de Lost, a série mais original e intrigante vista na TV em muito tempo.
A estrutura de Prometheus também desaponta, seguindo bem de perto a do Alien original: a tripulação da nave que dá nome ao filme chega ao planeta, descobre assustadoras ruínas subterrâneas, desperta algo lá embaixo e esse algo vai acabar, um a um, com os personagens do filme. Até o desfecho você já conhece. Esse seria um defeito menor se o recheio do filme fosse mais interessante, com diálogos mais envolventes ou uma ideia nova por trás do conjunto batido. Não é o que acontece.

 
As situações apenas ecoam outras já vistas em outros filmes da série. Mesmo David, o único elemento original da receita, pega elementos do HAL-9000 de 2001 – Uma Odisseia no Espaço e dos androides existencialistas de Blade Runner. Mesmo assim, empresta vigor ao filme, graças à força da atuação de Fassbender, que compôs um David melífluo, entre o frágil e o ameaçador. Mais um gol para o ator, que vem dando um show em 2012.
Com todos esses defeitos, Prometheus ao menos dá e sobra no virtuosismo da composição visual. Os cenários, bonecos e efeitos especiais desenvolvidos para o filme são impecáveis, explorando com fidelidade a concepção original do ilustrador suíço H. R. Giger. Noomi Rapace também está ótima: ainda que sem o carisma (e a mística) de Weaver, ela defende com garra o papel de Elizabeth, mostrando que pode ter uma bela carreira em Hollywood se continuar com essa disposição. E há sequências que despertam aflição genuína, como a do parto forçado vivido por Elizabeth a uma certa altura da trama.

 
Mesmo assim, o saldo final de Prometheus é o de um filme apenas competente, risível se comparado ao do clássico que lhe deu origem. Resta a piadinha infame: prometeu, mas não cumpriu.

 
Nota: 7,0

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Estreias da Semana nos Cinemas de Manaus - 22 de Junho

 
Filme: E Aí, Comeu?
Direção: Felipe Joffily
Elenco: Marcos Palmeira, Bruno Mazzeo, Emilio Orciollo Netto
Sinopse: Fernando, Honório e Fonsinho são três amigos de infância que, diante da "nova mulher", tentam entender o papel do homem no mundo atual. Fernando (Bruno Mazzeo) é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória (Tainá Muller). Ainda tentando entender os motivos da separação, conhece a linda adolescente Gabi (Laura Neiva), inteligente, bem resolvida e madura. Honório (Marcos Palmeira), jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a bela e independente Leila (Dira Paes), ele suspeita que está sendo traído. Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) é um escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana (Juliana Schalch), por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, eles tentam resolver seus dilemas.
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro

 
Filme: Sombras da Noite
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer
Sinopse: No ano de 1752, o casal Joshua (Ivan Kaye) e Naomi Collins (Susanna Cappellaro) e seu jovem filho Barnabas deixam Liverpool, na Inglaterra, para começar vida nova na América. Mas, mesmo com um oceano de distância, isso não foi suficiente para escapar de uma maldição que atormenta a família. Duas décadas depois, Barnabas Collins (Johnny Depp) é um rico, poderoso e inveterado playboy, que reina absoluto na cidade de Collinsport, no Maine, até magoar o coração de Angelique Bouchard (Eva Green), uma bruxa que o transforma em vampiro e o enterra vivo. Dois séculos se passam e Barnabas é libertado de seu túmulo para encontrar seu patrimônio e remanescentes de sua família em ruínas.
ONDE: Cinemark, Cinemais e Severiano Ribeiro

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ranking - Melhor (e o pior) do Cinema de Ficção Científica

Por Renildo Rodrigues

 
Um dos eventos cinematográficos de 2012 é a estreia de Prometheus, nova incursão do diretor Ridley Scott pelo gênero que o consagrou: a ficção científica.
Responsável por alguns dos clássicos do gênero, como Alien – O Oitavo Passageiro (1979) e Blade Runner – o Caçador de Androides (1982 – saiba mais abaixo), Scott, com Prometheus, vem alimentando expectativas por uma revolução comparável à desses dois filmes.
Embora remeta a cenários futuristas, explosões e efeitos especiais elaborados, a ficção científica é um gênero tão antigo quanto o próprio cinema.

 
Um dos primeiros filmes, aliás, a empregar técnicas de edição e efeitos especiais foi Viagem à Lua (1902), de Georges Méliès, trabalho seminal recentemente homenageado no filme A Invenção de Hugo Cabret (2011), de Martin Scorsese.
O auge do gênero se deu entre as décadas de 50 e 60, inspirado pela corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Desde então, entre altos (poucos) e baixos (muitos), a ficção científica continua a produzir algumas das genuínas manifestações de criatividade de uma indústria tão afeita à repetição.

Veja:

 
5. Metrópolis (1927)
Se Viagem à Lua foi um salto para uma arte ainda em seus primórdios, Metrópolis marca o auge do período mudo do cinema. A obra-prima de Fritz Lang (M – O Vampiro de Düsseldorf) imagina um futuro decadente, em que a elite vive literalmente no céu (os efeitos de naves voando são surpreendentes para um filme tão antigo) e a ralé, mais literalmente ainda, no chão.
Quando Freder (Gustav Fröhlich), filho do homem mais poderoso da cidade, se apaixona pela proletária Maria (Brigitte Helm), tem início uma revolução que irá abalar de forma irreversível o sistema de classes de Metrópolis.
Com um texto engajado e um visual delirante, o filme ainda encanta os espectadores, mais de 80 anos depois de seu lançamento.

 
4. Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004)
Nossa quarta posição estava reservada originalmente para Matrix (1999), mas a obra dos irmãos Wachowski (V de Vingança) já é um marco mais do que estabelecido no gênero. Esta aqui, não.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, do até então conhecido diretor de videoclipes Michel Gondry no cinema, é ficção científica da melhor safra. Joel (Jim Carrey) contrata uma firma para apagar de sua memória as lembranças do relacionamento com Clementine (Kate Winslet, em outra grande atuação). O problema começa quando Joel simplesmente não quer esquecer que um dia amou a ex-namorada.
Inteligente, ousado e, sobretudo, emocionante, Brilho Eterno... foi a melhor ficção científica lançada na década passada, derrotando rivais de respeito, como Filhos da Esperança (2006), Wall-E (2008) e Serenity – A Luta pelo Amanhã (2005).

 
3. Blade Runner – O Caçador de Androides (1982)
Ridley Scott é objeto de culto para os fãs de ficção científica. Seu segundo filme, Alien – O Oitavo Passageiro, é um clássico do gênero, e inspirou várias sequências, algumas tão boas quanto o original. Mas a sua obra-prima é mesmo Blade Runner – O Caçador de Androides.
Denso, melancólico, sombrio, Blade Runner une o suspense a reflexões filosóficas na história de Deckard (Harrison Ford), um caçador de androides que é chamado, contra a sua vontade, a realizar uma última missão.
O visual marcante do filme, aliado a um roteiro que revisita de forma inteligente a tradição do cinema noir, fizeram de Blade Runner um dos maiores clássicos do gênero.

 
2. Guerra nas Estrelas, Ep. 4 – Uma Nova Esperança (1977)
O início da saga mais popular do cinema pode ser considerado como o filme que gravou a ficção científica no imaginário do público.
As aventuras de Luke Skywalker, Leia e Han Solo são vibrantes, os efeitos especiais, inovadores, e o vilão mais famoso do cinema – Darth Vader, um jovem cavaleiro transformado em um ser monstruoso e cruel – formam o cardápio para um sucesso sem precedentes na história do gênero.
Imperdível!

 
1. 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968)
Steven Spielberg, fiel praticante do estilo e que infelizmente ficou de fora desta lista (é o responsável por clássicos como Contatos Imediatos do Terceiro Grau e E.T. – O Extraterrestre), chama este filme de “eventualidade científica”, não de ficção.
Este é o impacto que causa, até hoje, a experiência de se assistir a 2001 – Uma Odisseia no Espaço. A obra máxima da ficção científica, 2001 é tão ousado que, mesmo hoje em dia, parece estar à frente dos demais filmes do gênero. Culpa do trabalho obsessivo e brilhante de Stanley Kubrick, diretor americano que, durante três anos, trabalhou em segredo junto aos melhores técnicos para criar as imagens de assombroso realismo do filme.
São diversos pontos altos: a abertura, com a música grandiosa de Richard Strauss; o salto entre a pré-história e o futuro da humanidade, numa cena simples e genial; o balé das naves espaciais; a aparição marcante de HAL-9000, supercomputador que entrou para a galeria dos grandes vilões cinematográficos; e o final, uma incrível viagem de cores e sons que, mesmo na era dos efeitos especiais computadorizados, ainda é capaz de mesmerizar o espectador.
Tanta inovação, contudo, tornou difícil a digestão pelo grande público. O filme só foi salvo do fracasso graças à comunidade hippie, que ia para as sessões munida de LSD e ficava doidona com a sequência final, que tem mesmo o seu quê de psicodélica.

 
Fato é que, aos poucos, crítica e público acordaram para as (inúmeras) outras qualidades do filme, e sua influência sobre o gênero nos anos posteriores – técnicos que trabalharam em 2001 criaram os efeitos de Star Wars, Blade Runner e Contatos Imediatos..., só para começar – é incalculável.

Fuja!:
 
A Reconquista (2000)

Acreditem, escolher um filme ruim de ficção científica é tarefa complicada – porque os candidatos são muitos!
Se o gênero, em seu melhor, foi responsável por alargar as fronteiras do cinema, disseminando inovações técnicas e narrativas, por outro lado, ele se perde muito facilmente entre pretensões (Guerra dos Mundos – o de 2005, não o original), excesso de efeitos (O Dia Depois de Amanhã) ou mesmo mediocridade pura e simples (qualquer Alien Vs. Predador da vida).
A Reconquista, desastre encabeçado por John Travolta, reúne num conjunto singular tudo o que há de ruim com o gênero. O roteiro é espantoso, de tão ruim; as atuações, idem; os efeitos, nem se fala.

 
O filme foi muito malhado em seu lançamento, com justiça, mas a verdade é que ele é apenas simbólico entre tantos exemplares dessas mesmas fraquezas.

Defeitos à parte, é importante frisar o enunciado lá de cima: numa indústria tão carente de ideias como a do cinema atual, é da ficção científica que vêm alguns dos filmes mais memoráveis do cinema recente: Lunar (2009), Distrito 9 (2009) e A Origem (2010) que o digam.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Com minha voz, digo não aos filmes dublados

Por Diego Bauer

E se eu quiser ver um filme legendado. Tenho essa opção?

Hoje é difícil responder essa pergunta sem adotar um tom pessimista. Pensando de uma forma realista e tendo como base a experiência de uma pessoa que vai (ou pelo menos tenta ir) ao cinema regularmente, a tendência é que, a cada dia que passe, assistir a um filme legendado seja cada vez mais difícil.

E é uma pena pensar que o responsável por isso é o próprio público, seja por se mostrar submisso às imposições das distribuidoras de cinema, que ditam a maneira que o telespectador irá assistir ao filme, ou por preferirem assistir aos filmes assim, seja por preguiça de ler a legenda, ou por alegarem que ela dificulta o entendimento do que está sendo visto/ouvido ou apenas por estarem acostumadas a verem filmes dessa forma, pois assim foram adestradas pela televisão.

E quem paga o preço são os apreciadores do cinema, que acabam tendo que assistir a versões mutiladas dos filmes que desejam, pelo fato da maioria das pessoas não se importar, ou preferir ver filmes dublados.

E não pense que exagero quando digo que considero que assistir a um filme dublado é como vê-lo mutilado, pois a dublagem possui um papel decisivo na maneira como a obra é apreciada.

Quando vemos um filme dublado, não vemos a obra original. O que vemos é outra coisa. Pode ser o que for, mas é algo completamente diferente.

Não há como você analisar coerentemente o trabalho dos atores vendo um filme dublado. É impossível.

Digo isso categoricamente por ser ator.

Quando o ator está criando a personagem, há um processo que começa bem antes do filme. Ensaios, laboratórios, leituras dramatizadas, jogos psicológicos, etc.. Toda essa preparação existe para que o ator compreenda a psicologia da sua personagem, como ela pensa, como ela age, por que ela toma determinadas atitudes. Além, é claro, de definir como é o corpo dessa personagem, e: como é a sua voz.

Há todo um processo criativo, que às vezes demora meses para ser concluído, e que faz com que o ator se torne capaz de compreender essa nova personalidade, e trabalhe com uma infinidade de detalhes. E a voz dessa personagem possui um papel excepcionalmente complexo nisso.

Então, como é possível você substituir esse trabalho minucioso do ator, pela voz de um dublador, que leu o texto em alguns minutos, e sem nenhum tipo de preparo especial, vai dar a sua voz a determinada personagem?

E perceba que não é necessário, nem adequado, entrar no mérito da qualidade ou não do dublador. Por melhor que ele seja, é humanamente impossível que ele transmita milimetricamente a mesma emoção passada pelo ator, pois a maneira que o ator faz o seu papel é única, e o papel do dublador é de passar a atuação da forma mais fiel possível a do ator original. O máximo que o dublador pode fazer é uma boa imitação disso, mas nunca será igual.
Ledger, Penn e Waltz: trabalhos prejudicados pela dublagem

Por melhor que seja o dublador, é impossível ele fazer com tamanha desenvoltura as diferenças de tom, passando do mais carinhoso, a um tom de credibilidade, tudo isso somado a uma feminilidade extremamente estudada que o Sean Penn pesquisou, ao fazer Milk – A Voz Da Igualdade. Não vai conseguir passar da mesma forma a insanidade do Heath Ledger como o Coringa em O Cavaleiro das Trevas. Não vai transmitir toda a sutileza, que vai do galante ao cruel, do Christoph Waltz com o seu Coronel Hanz Landa em Bastardos Inglórios. Se você vir esses filmes citados dublados, com certeza o que viu foi um esboço, um rascunho dessas interpretações.

Então, se você não possui um entendimento fiel das interpretações dos atores, com todas as suas nuances e profundidade, como você pode analisar o filme?

Tudo isso sem contar que a dublagem deturpa o texto dito pelos atores. Chega a ser constrangedor ver que enquanto o roteiro dizia que o personagem falava: Fuck you, motherfucker! Ouvimos: Vá se danar, seu filho da mãe! Isso pode interferir na maneira como acompanhamos e compreendemos o filme, na forma como a personalidade dos personagens é apresentada. Se lá dizia que o cara mandava o outro se f..., isso tem que ser deixado, pois faz parte da história, faz parte do estilo e da construção escolhida pelo diretor.

Não pode vir o cara da Herbert Richers e mudar isso.

E isso também se aplica às animações.

Por se tratarem de desenhos, há uma espécie de tolerância maior das pessoas em assistir a esse tipo de filme dublado, por sempre os terem visto dessa forma.

Mas o fato é que a situação não muda muito em relação aos outros filmes. Com todo o dinheiro que as animações arrecadam hoje em dia, elas possuem grandes nomes no elenco, além do fato de que os responsáveis pelo filme têm um trabalho infernal para sincronizar a boca das personagens com o que é dito pelos atores, e com a dublagem, esse trabalho minucioso é jogado fora.

O último argumento dos defensores da dublagem é um perfeito mistério pra mim. Eles dizem que preferem ver os filmes de forma dublada, pois sem a legenda eles conseguem analisar melhor o que é colocado na tela.

?

Como? Como a legenda pode impedir, ou atrapalhar o entendimento do que é visto?

Falando por mim, ela nunca me atrapalhou em nada, e quando vejo filmes com meus amigos, sempre os vemos legendados, e mesmo assim percebemos perfeitamente elementos como fotografia, movimentos de câmera, direção de arte, figurinos, a interpretação dos atores, pistas secretas dadas pelo diretor, e claro: sem perder o que está sendo dito.

E não se trata do fato de sermos mais ou menos inteligentes, com um conhecimento grande ou pequeno de linguagem cinematográfica. Trata-se apenas do fato de estarmos prestando atenção no filme, e por não nos importamos em lermos a legenda.

Que me perdoem os defensores da dublagem, mas isso me parece mais como uma espécie de preferência de que tudo esteja o mais fácil e palpável possível, para que o telespectador tenha o mínimo de trabalho, e tudo venha em direção a ele, sem que ele precise se esforçar. Nem que o “esforço” seja apenas ler as legendas.

Apesar de tudo, não sou xiita a ponto de querer a extinção dos filmes dublados. É claro que não.

Ninguém é obrigado a ter o cinema como paixão, e tê-lo como uma ferramenta de apreciação de obras de arte. Não posso, nem quero, ditar o que as pessoas tem que assistir, nem de que forma. Se um número de pessoas gosta de ver filmes dublados no cinema, não se importa com isso, e até prefere assim, e quer apenas esquecer um pouco os seus problemas, e apenas se divertir por duas horas, não vejo mal algum nisso, pois vivemos numa democracia.

O que não considero justo é que quem queira ver filmes legendados não tenha essa opção. Não me importo que existam salas de filmes dublados. O que me incomoda é querer ver um filme, no cinema, e ser obrigado a vê-lo dublado por não ter uma opção legendada. Se algumas pessoas podem ver um filme dublado, gostaria de também poder vê-lo legendado.

E se você acha que a situação não é tão grave assim, dá uma olhada na programação dos cinemas, e compare o espaço dado aos filmes dublados comparados aos legendados.

Preocupante, não?

E infelizmente a tendência é piorar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Notícias de Cinema

 

Essa história ganha contornos cada vez mais possíveis.
Primeiro foi o novo intérprete de aracnídeo, o ator Andrew Garfield, falar que adoraria a ideia de se juntar a turma de Homem-de-Ferro, Hulk, Capitão América e Thor.
Agora, o presidente da Marvel Studios, Avi Arad, diz que vê a possibilidade de um acordo entre Sony e seu estúdio para a realização do filme.
O certo é que a segunda parte de "Os Vingadores" virá com um novo herói para se juntar a turma do primeiro. Se for o Aranha, será uma ameaça séria a "Avatar" e "Titanic" no topo das bilheterias mundiais.
E isso é motivo de sobra para a união ser feita...
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Não chega a ser a notícia mais inusitada nem bombástica dos últimos tempos, porém, um novo filme de Pedro Almodóvar é sempre importante.
Essa será a quarta vez que Penélope Cruz vai trabalhar com o principal cineasta espanhol. As anteriores foram "Carne Trêmula", "Tudo Sobre Minha Mãe" e "Volver".
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Daqui a pouco vão fazer a segunda parte de "Uma Linda Mulher" sem  Julia Roberts ou "Piratas do Caribe" sem Johnny Deep ou "Máquina Mortífera" sem Mel Gibson ou "Exterminador do Futuro" sem Arnold Schwarzenegger...
Ok, este último já fizeram.
Mas, alguém lembra?
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Semana trágica para o cinema com a morte de dois grandes diretores.
O brasileiro Reichenbach foi um dos nomes fortes do cinema autoral brasileiro e de movimentos conhecidos como cinema marginal e Boca de Lixo Paulista.
Entre seus principais filmes estão "Império do Desejo", "As Garotas do ABC" e "Falsa Loura".
Faleceu na quinta-feira dia 14 de junho em São Paulo.

 
Já Giuseppe era irmão de Bernardo Bertolucci ("O Último Imperador"), sendo um de seus principais parceiros em filmes como "1900" e "La Luna".
Segundo o site Cineclick, dirigiu 26 filmes italianos, entre eles "L’ingegner Gadda va Allá guerra" realizado neste ano.
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É isso mesmo!
O clássico de Martin Scorsese vai ganhar uma refilmagem com variados atores desconhecidos (William Forsythe, Mojean Aria, Joe Mantegna) e será dirigido por Martin Guigui ("Além da Escuridão").
No minímo, será curioso...
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Depois de tantas caras e bocas em seus clipes, Adam Levine conseguiu: vai fazer um filme.
Para melhorar ainda mais a situação, terá como par romântico a bela estrela de "Piratas do Caribe".
Tomara que "Can a Song Save Your Life?" seja diferente do Maroon 5 e consiga ser mais do que apenas "legalzinho".
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Chegou a prova dos nove para o atual vencedor do Oscar de Melhor Ator.
Após uma atuação fantástica em "O Artista", chegou a hora de Dujardin se firmar no cinema americano. Nada melhor do que começar ao lado de uma dupla excelente como Scorsese-DiCaprio.
"The Wolf of Wall Street" ainda conta com a presença de Johan Hill (o gordinho de "Superbad).
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Notícia: Mostra em Manaus traz filmes com temática gay

Entre os dias 26 e 29 de junho acontece no 'Casarão de Ideias`, localizado na Rua Monsenhor Coutinho, no Centro de Manaus, a Mostra Diversidade de Cinema LGBT.
Serão exibidos quatro filmes que mostram os tabus e barreiras da homossexualidade na sociedade atual. Após as exibições, haverá debates sobre as obras apresentadas.
A entrada é gratuita e as sessões começam a partir das 18hrs.

Programação:
26/06 - "Dzi Croquettes", de Raphael Alvarez e Tatiana Issa;
27/06 - "Os Rapazes da Banda", de William Friedkin
28/06 - "Pecados da Carne", de Haim Tabakman
29/06 - "Sommersturm", de Marco Kreuzpainter
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Quem é cinéfilo ou, pelo menos, sabe apreciar uma boa história inteligente, com certeza, deve já ter se encantado com "Antes do Amanhecer" e "Antes do Por-do-Sol".
Filmes sobre duas pessoas comuns, com suas alegrias, planos, sonhos, problemas e frustrações,  que se cruzam em cidades europeias e, a partir daí, vivem horas que valem por décadas, é um dos maiores exemplos que uma obra romântica não precisa ser melosa.
Previsto para ser lançado em 2013, o filme é, sem dúvida, um dos mais esperados desde já por cinéfilos do mundo todo.