por Jéssica Santos
Piaf (La Môme) é a biografia de uma mulher extraordinariamente talentosa, contada de forma tocante e bonita. Sua história é tão cheia de tragédias, que poderia ser enredo para vários filmes! Este mostra a vida da cantora Edith Piaf, apresentando os momentos mais importantes e cruciais de sua difícil vida, além de trazer à tela uma mulher cheia de personalidade e apaixonada pela música.
Filha de uma cantora de rua e um acrobata de circo, Piaf foi abandonada pelos pais. Na infância, ficou temporariamente cega. Nessa época vivia num bordel com sua avó, onde foi deixada pelo pai, e uma das prostitutas a adotou, até que seu pai voltou, e a levou para trabalhar para ele num circo. Aprendeu muitas canções ouvindo sua mãe e a prostituta, e um dia, quando o público pediu que a criança fizesse algum número artístico, seu pai ordenou-lhe: ― Faça algo! E a menina cantou "La Marselha”. Assim surgiu a brilhante cantora, Edith Piaf.
A vida da cantora foi marcada pelo seu talento e sucesso, mas também pelas várias tragédias pessoais com as quais teve que lidar. Não vou enumerá-las, se ainda não assistiu, veja o filme! O que vale a pena ressaltar é a atuação de Marion Cotillard, que ganhou o Oscar® pelo seu desempenho, e com merecimento!
A atriz ficou idêntica à cantora, não apenas pela maquiagem impecável (também vencedora do Oscar®), mas pela sensibilidade que a atriz conseguiu transmitir ao público, mostrando fielmente Piaf, nos seus momentos mais difíceis, e também nos momentos de alegria. Marion Cotillard manifestou seu valor ao conseguir transmitir a essência da cantora, através de seus gestos e tons de voz fortes, expressões marcantes, enfim, com sua atuação brilhante e memorável.
A atriz ficou idêntica à cantora, não apenas pela maquiagem impecável (também vencedora do Oscar®), mas pela sensibilidade que a atriz conseguiu transmitir ao público, mostrando fielmente Piaf, nos seus momentos mais difíceis, e também nos momentos de alegria. Marion Cotillard manifestou seu valor ao conseguir transmitir a essência da cantora, através de seus gestos e tons de voz fortes, expressões marcantes, enfim, com sua atuação brilhante e memorável.
Pode-se comparar a vida de Piaf à da grande atriz Judy Garland, que também sofreu bastante. Garland viveu para a lisonja do público, e Piaf viveu para cantar. Uma artista de voz tão alta e clara, tão grande para uma pequenina mulher.
A vida de Piaf não é contada no tempo linear em que se deu. Dahan e sua co-escritora, Isabelle Sobelman tiveram a acertada ideia de levar a ação para trás e para frente, e isso deu ao filme, um ritmo e um resultado muito interessante. Numa cena, uma menininha que precisa aprender a lidar com as dificuldades da vida; noutra, a moléstia final a suportar. Numa tomada, as aclamações do público; em outra, a desesperança total. Assim, sua vida é contada, da alegria até o coração destruído ― pela notícia da morte de seu grande amor, Marcel (Jean-Pierre Martins), numa das melhores cenas do filme.
Apesar de alguns criticarem o estilo biografia-mosaico que foi usado no filme, alegando ofuscar alguns pontos e detalhes de sua vida, é inegável que o longa consegue mostrar tudo que de mais importante aconteceu na vida de Edith Piaf. Sabemos não dos números, mas dos sentimentos e elementos que a acompanharam em sua trajetória.
Apesar da narrativa não-linear, não há dúvida, em nenhuma cena, de que momento da vida da cantora está sendo mostrado. O excelente trabalho de maquiagem de Didier Lavergne e jan Archibald tem sua contribuição nesse ponto, também. Marion Cotillard, que é belíssima, está quase irreconhecível no filme, graças à produção que a fez ficar com o rosto de Piaf; ora muito bonita e jovem, ora bastante envelhecida, aos 47 anos, apenas, como Piaf ficou.
Além de toda a excelente produção, fotografia, atuação, há as músicas! O filme é sonorizado com as belas músicas de Edith Piaf, como "La vie en rose", "Hymne à l'amour" e "Milord"; muitas cantadas pela própria, outras cantadas por outras cantoras e pequenos trechos, por Marion Cotillard! Outro ótimo motivo para assistir a esse grande filme! A brilhante e magoada Piaf, apresentada através da grande visão do diretor Oliver Dahan, é um programa imperdível. Mas quando ela cantar: Non, je ne regrette rien, você entenderá que para ela tudo valeu a pena, e não, ela não se arrepende de nada.
FILME LINDO, MARAVILHOSO, ESPETACULAR, EM TODA A SUA ESSÊNCIA!! jÁ VI UMAS 5 VEZES, E SEMPRE ME EMOCIONO! A TRILHA SONORA É SEM COMENTÁRIOS!!!!!
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