A partir de agora, sempre que possível, você verá aqui críticas sobre os lançamentos nos cinemas de Manaus.
Peço que nessas primeiras críticas vocês sejam legais e deem um crédito, afinal de contas, o aprimoramento dos textos veem com o tempo.
Mas, fiquem a vontade, para discordarem ou concordarem do que for escrito aqui. Ou mesmo, para não fazerem comentário nenhum.
Agora a crítica de Invictus, de Clint Eastwood:
Peço que nessas primeiras críticas vocês sejam legais e deem um crédito, afinal de contas, o aprimoramento dos textos veem com o tempo.
Mas, fiquem a vontade, para discordarem ou concordarem do que for escrito aqui. Ou mesmo, para não fazerem comentário nenhum.
Agora a crítica de Invictus, de Clint Eastwood:
Clint Eastwood consegue a cada filme mostrar o quanto se faz necessário para o cinema americano. Nos últimos anos, ele vem realizando obras marcantes: Sobre Meninos e Lobos, A Troca, Cartas de Iwo Jima, Gran Torino e o seu clássico, Menina de Ouro.
Em todos eles, percebe-se um diretor cada vez mais seguro, capaz de arrancar as melhores atuações de seus atores, abordar assuntos espinhosos com sensibilidade e inteligência, não se permitindo cair em sentimentalismo baratos ou em uma banal luta entre o bem e o mal,tão comuns ao cinema feito em Hollywood.
Em todos eles, percebe-se um diretor cada vez mais seguro, capaz de arrancar as melhores atuações de seus atores, abordar assuntos espinhosos com sensibilidade e inteligência, não se permitindo cair em sentimentalismo baratos ou em uma banal luta entre o bem e o mal,tão comuns ao cinema feito em Hollywood.
Invictus, novo filme de Eastwood, continua na mesma linha dos filmes citados acima. O longa mostra a luta de Nelson Mandela para unir negros e brancos na África do Sul após o fim do apartheid social naquele país. Para isso, Mandela aposta no rúgbi, esporte popular do país, como uma forma promover a aproximação entre as duas partes.
A escalação de Morgan Freeman para interpretar Mandela pode até ser bastante óbvia, mas é difícil imaginar outro ator para interpretar o líder africano. Um dos maiores e mais carismáticos atores hollywoodianos, Freeman usa toda sua experiência para compor o personagem: desde o tom de voz até pequenos gestos durante a comemoração de uma vitória do time de rúgbi, o astro de Um Sonho de Liberdade transmite a grandeza e inteligência que o papel requer.
Já Matt Damon pouco pode fazer, pois seu personagem, além de não ter tanto carisma, transmite muita insegurança para alguém que deve ser o líder de uma equipe vencedora, adotando discursos batidos para apoiar seus companheiros.
Já Matt Damon pouco pode fazer, pois seu personagem, além de não ter tanto carisma, transmite muita insegurança para alguém que deve ser o líder de uma equipe vencedora, adotando discursos batidos para apoiar seus companheiros.
O ponto forte de Invictus está em momentos que poderiam ser considerados banais, mas que transmitem toda uma complexidade ao filme: a cena em que os atletas vão até a favela ensinar técnicas do rúgbi para garotos do local serve para mostrar o quanto o esporte pode melhorar a vida de um povo e unir “inimigos”; outra cena interessante é quando François Piennar (Damon) cumprimenta a secretária do presidente em um dialeto usado somente pela população branca da África do Sul, tudo isso na frente de Mandela. Mas nada se compara a relação entre os seguranças da guarda presidencial: formada por brancos e negros que um dia já foram inimigos, cada conversa é uma forma deles se “alfinetarem”, o olhar de ódio dos negros e de desprezo dos brancos é uma amostra de quanto rancor e mágoa aquelas pessoas guardam de todo o tempo de injustiça pela qual a África do Sul foi assolada.
Invictus é um filme simples, mas que consegue nos conduzir para dentro de sua história de tal forma que mal percebemos os 134 minutos de duração da fita.
Invictus é um filme simples, mas que consegue nos conduzir para dentro de sua história de tal forma que mal percebemos os 134 minutos de duração da fita.
Assim é o cinema de Clint Eastwood: discreto, envolvente, lúcido, inteligente.
Em uma época que Martin Scorsese, Steven Spielberg, Francis Ford Coppola e outros diretores da velha guarda do cinema americano parecem não estarem dispostos a ousar,entregando bons trabalhos nada memoráveis, Clint, a cada filme, produz obras interessantes, capazes de ficar em nossas cabeças por um bom tempo.
NOTA:9,0
Por Caio Pimenta
Diretor-Geral do SET UFAM
Em uma época que Martin Scorsese, Steven Spielberg, Francis Ford Coppola e outros diretores da velha guarda do cinema americano parecem não estarem dispostos a ousar,entregando bons trabalhos nada memoráveis, Clint, a cada filme, produz obras interessantes, capazes de ficar em nossas cabeças por um bom tempo.
NOTA:9,0
Por Caio Pimenta
Diretor-Geral do SET UFAM
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