domingo, 6 de novembro de 2011

O "muso"

Por Mariana Lima

O Amazonas Film Festival começou há apenas quatro dias, houve alguns tapetes vermelhos, algumas exibições de filmes, algumas conversas com diretores e produtores famosos e muita, muita gritaria.
Ir ao Teatro Amazonas, local onde acontece o festival, a noite é ter certeza que irá encontrar pelo menos um ou dois grupos de garotas gritando, chorando e implorando por uma foto. Ao contrário dos outros anos que particularmente estive lá (este é o meu terceiro) nunca vi tanto choro e desespero por alguém quanto tenho visto pelo mexicano Alfonso Herrera.
Para dizer a verdade eu não conheço o trabalho dele, tão pouco sabia da existência do jovem ator, mas os jornais falavam tanto sobre a chegada do Poncho e do delírio das fãs que uma ponta de curiosidade apareceu na noite de abertura.
Elas estavam lá no primeiro dia. Ao lado do tapete vermelho havia aquelas que choravam desde o meio-dia, que não comeram e que haviam perdido aula e o sono. Todas desejando uma foto com ele, falar com ele, todas queriam o Herrera.
Confesso que achava que a empolgação era a comum do primeiro dia, em que não somos acostumados ver pessoas de fora. Mas nos outros elas estavam lá também, às vezes em maior número, mostrando cartazes ou algo que indique que são fãs de carteirinha e de fã-clube.
Percebe-se que o rapaz fica constrangido. Saí do teatro antes das luzes serem ligadas novamente, acompanhado de seguranças e rumo a "passagens secretas". Mas não tem jeito, há sempre dezenas de adolescentes e mulheres já feitas correndo em direção ao rapaz que atende uma ou outra com um sorriso frouxo.
Como disse antes, eu não o conhecia, mas pelo bem do jornalismo fui entrevista-lo. Apesar de não estar muito afim de falar com a imprensa, em meio a confusão Poncho respondeu à única pergunta que lhe foi feita com um ar considerado por alguns como arrogante. Quando o questionaram se ele imaginava se a recepção seria assim "calorosa", Herrera não pensou duas vezes e soltou um "Sim, sabia" e continuou em direção ao Teatro.
O que para muitos fora uma grosseria, para outras fora charme. Tanto ao ponto de o considerarem o "muso" do Amazonas Film Festival 2011 com apenas quatro dias de festival.
Se bem que pra quem tem o Igor Cotrim, (aquele que fica apenas os 10 minutos de homenagem dentro do Teatro, bebe e fuma o dinheiro do governo - e nosso, só fez aquele filme mais ou menos) não é difícil conquistar o tal cargo.

Refrescando a memória

O "muso"
Continua sem saber quem é? Dá uma lida aqui (parece que foi uma das garotas fanáticas que escreveu, mas tá valendo)


Cotrim, o Boca de Sandy & Jr

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