Avatar: O primeiro filme a viabilizar o 3-D em larga escala; o primeiro filme de James Cameron desde Titanic, e já a segunda maior bilheteria da história do cinema. Afinal, esse filme tão comentado é mesmo tudo isso?
Na minha humilde opinião, é, sim. James Cameron responde aos anseios de cinéfilos que há dez anos esperam a nova revolução de um dos diretores mais ambiciosos e visionários que Hollywood já teve. Avatar é de encher os olhos.
(Para os poucos humanos que por um motivo ou outro não puderam assistir Avatar) Cameron e sua equipe criaram todo um novo mundo, chamado Pandora, com plantas e animais, habitado pelos na’vi, aliens azuis que se assemelham a gatos. É entre eles que Jake Sully (Sam Worthington, bem melhor aqui do que em T4 – A Salvação) vai tentar se infiltrar, por meio de um Avatar – um na’vi criado em laboratório, conectado ao cérebro de Jake, que responde a todos os seus comandos. A princípio, ele aprende os segredos dos na’vi para entrega-los a uma companhia de mineração, que planeja invadir o lugar onde eles moram para extrair o raro unobtanium, um combustível muito valioso na Terra. Mas Jake se apaixona pela princesa Neytiri (Zoe Saldana, do recente Star Trek), e se dá conta do erro que está cometendo.
Por mais convencional que seja a história, com seus personagens bons e maus, a previsível trama de romance entre Jake e Neytiri, Cameron entrega um filme dosado nas medidas certas, sem parecer piegas, tolo ou servir apenas de “escada” para os efeitos especiais. E, falando neles, dificilmente a tal “revolução 3-D” vai entregar um filme melhor do que este, com toda a densidade das ambientações, as criaturas enormes que “saltam” da tela, a variedade de cores e movimento do planeta criado pelo diretor.
Junto com Guerra ao Terror, Avatar lidera o páreo do Oscar, com nove indicações (Melhor Filme, Diretor, Direção de Arte, Fotografia, Montagem, Trilha Sonora Original, Edição de Som, Mixagem de Som e Efeitos Especiais). Ainda que não seja o melhor trabalho de James Cameron (O Exterminador do Futuro 2 permanece intocado lá em cima, com Titanic em segundo), Avatar reafirma a posição do cineasta entre os maiores da história do cinema. Já é alguma coisa, não?
Nota: 9/10
Renildo Rodrigues, diretor auxiliar e produtor/Set Ufam
Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana)
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