Quentin Tarantino. O nome mais reconhecido do cinema ocidental, referência absoluta para quase todo filme de sucesso lançado nos últimos quinze anos. Está também nas séries de TV, em livros e até mesmo em desenhos animados (lembra Space Jam – O Jogo do Século?). Toda essa influência se deve a dois filmes, que, como aconteceu raríssimas vezes, mudaram os rumos do cinema. Cães de Aluguel (1992) e Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994) eram debochados, violentos, ágeis e traziam diálogos verdadeiramente geniais. Tarantino foi alçado ao topo. Como acontece com todo mundo que chega lá, surgem as perguntas: como manter a qualidade? Como se livrar das pressões? Como inovar sem ir longe demais e permanecer fiel sem ser cópia de si mesmo?
Tarantino mostrou como se faz. Jackie Brown (1997) era um filme menor, sem pretensões, uma divertida homenagem ao cinema de ação dos anos 70; Kill Bill (2004), um brilhante épico que mistura westerns com filmes de artes marciais; Prova de Morte (2007), outro exercício de simplicidade, desta vez referenciando o terror trash.
E Bastardos Inglórios, o seu novo filme, é a resposta definitiva a todas essas dúvidas. Tarantino apurou sua técnica até o limite nesse trabalho. A sequência de abertura, que introduz dois dos personagens principais, o coronel Hans Landa (Cristoph Waltz, perfeito, e muito bem cotado para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) e Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent), é maravilhosa, exemplo de virtuosismo na composição dos planos, do timing, dos diálogos. Isso é o começo. O restante do filme é uma coleção de cenas primorosas, ajustadas numa trama original e divertida, ambientada na 2ª Guerra Mundial. Acompanhamos a trajetória paralela de Shosanna, que teve sua família exterminada pelos nazistas, e dos Bastardos Inglórios do título, um batalhão de judeus norte-americanos, liderado por Aldo Raine (Brad Pitt), que quer rechaçar o inimigo da forma mais sádica. No encalço de ambos está o cel. Landa, um dos vilões mais memoráveis dos últimos tempos.
Tarantino mostrou como se faz. Jackie Brown (1997) era um filme menor, sem pretensões, uma divertida homenagem ao cinema de ação dos anos 70; Kill Bill (2004), um brilhante épico que mistura westerns com filmes de artes marciais; Prova de Morte (2007), outro exercício de simplicidade, desta vez referenciando o terror trash.
E Bastardos Inglórios, o seu novo filme, é a resposta definitiva a todas essas dúvidas. Tarantino apurou sua técnica até o limite nesse trabalho. A sequência de abertura, que introduz dois dos personagens principais, o coronel Hans Landa (Cristoph Waltz, perfeito, e muito bem cotado para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) e Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent), é maravilhosa, exemplo de virtuosismo na composição dos planos, do timing, dos diálogos. Isso é o começo. O restante do filme é uma coleção de cenas primorosas, ajustadas numa trama original e divertida, ambientada na 2ª Guerra Mundial. Acompanhamos a trajetória paralela de Shosanna, que teve sua família exterminada pelos nazistas, e dos Bastardos Inglórios do título, um batalhão de judeus norte-americanos, liderado por Aldo Raine (Brad Pitt), que quer rechaçar o inimigo da forma mais sádica. No encalço de ambos está o cel. Landa, um dos vilões mais memoráveis dos últimos tempos.
Cristoph Waltz, indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, como o coronel Hans Landa
Bastardos Inglórios prova ao mundo que não só o cinema de seu diretor permanece no mais alto nível, como também que valores como criatividade, originalidade e apelo comercial podem andar juntos, uma premissa cada vez mais contestada no cinema atual. O filme recebeu oito indicações ao Oscar (Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Fotografia, Montagem, Edição de Som e Mixagem de Som). As chances do filme na premiação estão com Ator Coadjuvante, Roteiro Original e Montagem. Junto a Distrito 9, Up – Altas Aventuras, Avatar e Star Trek, está entre os meus filmes favoritos de 2009.
Nota: 9.5/10
Renildo Rodrigues, diretor auxiliar e produtor/Set Ufam
"E aí? Vai perder o Set Ufam?"
Na minha opinião, a questão não é saber se Waltz vai ganhar um Oscar. É saber quanto tempo vai durar o discurso dele, ou se ele vai falar alguma piadinha, ou se ele vai criticar alguém, ou se ele vai falar em alemão...
ResponderExcluirCésar Nogueira
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