Este elemento do imaginário
coletivo, considerado o maior filme de amor de todos os tempos está completando
70 anos!
Nem parece, pois “Casablanca” ainda nos toca de forma profunda, e nos
mostra um amor atemporal.
O filme de Michael Curtiz trata
sobre um assunto muito delicado: um romance em tempos de guerra. Daí o principal
motivo de ele ser tão aplaudido pelo público. Mas além de ser venerado pelos cinéfilos,
“Casablanca” tornou-se referência para inúmeros cineastas, incluindo Woody Allen
e Sidney Pollack.
Hoje temos os idolatrados filmes baseados nos
livros de Nicolas Sparks que, por vezes mostram amores idealizados que têm que
enfrentar situações difíceis (incluindo guerras) e outras grandes dificuldades.
Mas essas histórias açucaradas se distanciam do enfeitiçado Casablanca porque se
limitaram a fazer o papel de melodramas cheios de clichês, sem trazer profundidade,
personagens inesquecíveis, ou novidades para a telona.
Em “Casablanca”, Rick Blane,
interpretado por Humphrey Bogart, é um cara durão, honesto e apaixonado por
Ilsa (Ingrid Bergman). O casal ajudou o filme a se tornar tão aclamado, pois
ambos tornaram-se mitos, com interpretações brilhantes. Ao observá-los juntos,
o espectador de fato acredita no amor deles e torce para que fiquem juntos, de
qualquer maneira.
No enredo, llsa apaixona-se por
Rick, em plena Segunda Guerra Mundial. Enquanto cidades são invadidas
pelos alemães, eles conseguem viver um romance intenso e inesquecível em Paris. Mas,
em vez de fugir com ele de Paris, manda-lhe um bilhete de despedida na estação
de trem. Ele parte sem entender o que havia acontecido. Tudo isso é contado em
flashback.
Anos depois já em Casablanca, na Marrocos francesa, ela aparece com seu marido, o herói Victor Laszlo, interpretado pelo ator Paul Henreid, justamente no Rick's Bar, do qual o personagem de Bogart é dono. Eles estão à procura de um meio de fugir para a América. O sofrimento de Rick ao vê-la é inevitável e ela, por sua vez, fica dividida entre seus dois amores.
As Time goes by torna-se uma música proibida naquele bar, pois faz
Rick lembrar-se de seu amor perdido. Mas o reencontro dos dois traz a canção de
volta. Ela tornou-se um ícone da cultura ocidental graças ao filme.
Outro momento musical marcante do filme se dá quando, numa comunhão atípica para aquele bar onde várias culturas e interesses se encontram, todos cantam a Marselhesa, hino da França, país ocupado pelos nazistas naquela época. Diz-se que o filme de Curtiz também ajudou a levantar o moral dos aliados para combater os inimigos.
A tensão entre o casal do filme,
bem como a vontade contida que eles têm de ficar juntos é percebida durante
todo o longa. E apesar das inúmeras dificuldades de se fazer esse filme (atores
escolhidos ao acaso, cenas escritas em cima da hora, diretor com sotaque
difícil (húngaro), desavenças), o resultado final valeu muito a pena.
Ao assisti-lo, note o início espetacular que apresenta a história de forma frenética. Veja também a força de uma direção bem feita (que criou o casal com a maior química de todos os tempos) e um roteiro que supera qualquer outra qualidade, com sua inteligência e ousadia.
Ao assisti-lo, note o início espetacular que apresenta a história de forma frenética. Veja também a força de uma direção bem feita (que criou o casal com a maior química de todos os tempos) e um roteiro que supera qualquer outra qualidade, com sua inteligência e ousadia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário