Eis
que finalmente uma estreia conseguiu derrubar “Os Vingadores”, nos
Estados Unidos. MIB: Homens de Preto 3 arrecadou US$ 18 milhões,
deixando a comitiva de super-heróis da Marvel em segundo lugar, com US$
9.7 milhões.
O primeiro filme da série, que ganhou as telonas em 1997, foi um sucesso estrondoso de crítica e público, que marcou o século XX e ainda permanece vivo como uma ótima referência.
Dirigido novamente por Barry Sonnenfeld e escrito por Etan Cohen, com base nos quadrinhos de Lowell Cunningham, “Homens de Preto 3” nos envolve em uma atmosfera de boas lembranças, risadas, ação e efeitos especiais.
O blockbuster acerta ao, de modo proposital, parecer desatualizado tecnologicamente, criando alienígenas retrô comum a aparência risível da década de 60.
Como
um Frankenstein sobre viagens no tempo, os agentes da MIB retornam ao
dia no qual a nave espacial Apollo 11 foi enviada à Lua, em 1969, a
partir do Cabo Canaveral, na Flórida. Yaz (Jemaine Clement) decide voltar
no tempo para matar Kay (Tommy Lee Jones), o que acaba por trazer à
tona uma série de acontecimentos que podem levar ao fim do mundo. Jay
(Smith) precisa, então, ir atrás de Yaz para salvar seu companheiro e o
destino da humanidade.
Para isso, ele
embarca na viagem e se deparacom segredos inimagináveis.Aaventura é
marcada por bons momentos – como o encontro de Will com Andy Warhol
(Bill Hader) e a engraçada versão jovem de Tommy Lee, recriada por Josh
Brolin.
Em projeção 3D, a fita também traz o mesmo senso de humor dos primeiros filmes e a consagrada química entre o premiado Tommy Lee Jones e o comediante Will Smith, além de se mostrar incisiva na maquiagem e no figurino, com uma impecável trilha sonora e direção de arte.
Boris
(o neozelandês Jemaine Clement) é um alien do mal, que é resgatado da
prisão na Lua, em uma das exploradas cenas de contorcer o estômago.
Responsável
por protagonizar as cenas mais bizarras, seu personagem tem uma
inspiração assustadoramente animal.É contra essa figura nada simpática,
que os agentes da MIB vão ter de perseguir durante os momentos
seguintes. A ajudinha, no entanto, será de Griffin (Michael Stuhlbarg,
de “A Invenção de Hugo Cabret, 2011”).
Da agência, ainda está a agente O (Emma Thompson, de “Mais Estranho que a Ficção, 2006” e “Simplesmente Amor, 2003”), que se utiliza de charme e senso de humor para dar vida à sua personagem.
Piadas
e referência à cultura pop – LadyGaga, Andy Warhol e Mick Jagger
quebram o gelo que se formou nos 10 anos que se seguiram, entre a
segunda continuação e a terceira.
Os roteiristas também não abrem mão da
comicidade, ao questionarem a viagem no tempo e brincarem com a
metalinguagem dela mesma.
A confusão
entre passado, passado recente, presente e futuro aparece a cada minuto
e, até o espectador organizar tudo numa lógica temporal, MIB vai se
divertindo com sua própria situação desconcertante.
Esta
é uma das produções mais caras da atual temporada, orçada em quase 400
milhões de dólares - com US$ 250 milhões para a produção, mais US$ 125
milhões em marketing e distribuição, para ser mais exata.Mas, apesar do
orçamento exorbitante, a Sony Pictures está confiante.
Pesquisas de interesse realizadas com o público revelam que o filme têm grandes chances de dobrar estes números, mundialmente.
O primeiro “Homens de Preto” arrecadou, em 1997, US$ 250 milhões no mercado americano e mais de US$ 587 milhões mundialmente. A sequência, realizada em 2002, faturou US$ 190 milhões nos EUA e US$ 440 milhões ao redor do mundo.
E quanto ao terceiro da série, você tem algum palpite?
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