Por César Nogueira
A Montanha Sagrada não é para ser entendido, e sim para ser sentido. Mas, antes de tudo, ele é uma grande piada.
Seu diretor, o chileno Alejandro Jodorowsky, juntou imagens oníricas que remetem a Luis Buñuel, tarologia e uma boa dose de sacanagem em algo que se parece com um roteiro. Um grupo tem que chegar à montanha do título. O percurso até lá inclui ruínas astecas, fábricas que lembram as de Tempos Modernos e cortiços.
A fotografia merece destaque graças às referências às formas e cores presentes nas cartas de tarô.
Como em filmes de Buñuel, chega uma hora em que o espectador para de querer achar sentido profundo naquilo tudo e simplesmente assiste ao filme. Mas, se você procura um sentido em A Montanha Sagrada, o próprio Jodorowsky "quebra a quarta parede" e o cospe na sua cara no fim dessa viagem.
Gostando ou não do filme, temos de concordar que Jodorowsky é um homem com senso de humor.
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