Por Renildo Rodrigues
Hoje, eu e a equipe do Set Ufam vamos inaugurar aqui um espaço para recordar todas as histórias do programa na TV – que, nesses últimos três anos, nos rendeu uma trabalheira desgraçada, mas também muitos momentos de prazer. A gente ainda aproveita pra mostrar coisas que fizemos antes da criação do blog, um período grande (acho que temos um ano de material), com muitos quadros que vale a pena rever.
Uma das coisas de que me lembro é a verdadeira dor de cabeça que foi a gravação do segundo programa. O piloto e o primeiro programa já não haviam sido fáceis, mas o segundo...
Do alto da nossa inexperiência, já tínhamos descoberto algumas coisas: que formato o programa teria em definitivo, o que funciona em texto de TV, como fazer locução, edição... coisas que aprendemos na marra, pois o tempo corria e precisávamos multiplicar as atividades. Tínhamos uma equipe com seis pessoas – eu, o Caio, o Rafael Ramos, o César Nogueira, o Thiago Guedes e a Flávia Rezende (que apresentavam), sendo que a maior parte do trabalho ficava com o Rafael, o Caio e eu. Era nossa a parte de bolar os textos e as chamadas (eu e o Caio), filmar (o Rafael, o Caio e eu) e editar tudo (os três, de novo). O programa, então, era mensal, o que nos dava um prazo de três semanas para aprontar o Set. Parecia razoável – e é –, mas seria insuficiente para tudo o que deu errado.
Não lembro de todas as matérias que fizemos (já são três anos, galera), mas sei que havia uma sobre o Titanic (acho que era aniversário do filme) e uma biografia da Kate Winslet. Naquele período, havia poucas reportagens e muito material com locução, o que nos permitia ter tudo gravado com uma semana de trabalho. A verdadeira quimera era a chamada pós-produção: juntar a bagunça toda e dar-lhe algum sentido.
Nós nos dividíamos em três computadores pra ganhar tempo. Ao menos, tentávamos. Às vezes algum familiar do Rafael precisava do computador; às vezes faltava um mouse para um de nós; e, às vezes, era a pilha do mouse que acabava. Saíamos todo dia direto da faculdade para a casa do Rafael, chegando sempre por volta do meio-dia. Nenhum de nós tinha emprego, o que nos obrigou a ter que dispensar o almoço algumas vezes (aliás, obrigado a todos que me ajudaram a pagar o almoço nesse período, especialmente ao Caio e ao Rafael :). Eu, por causa disso, vivia gripado. Era dar sexta-feira e o que para alguns significaria balada pra mim era dor de garganta e febre.
Mas foi entregue, e, ainda que tenha saído meio tosco por causa desse aperto todo, me orgulho em lembrar do quanto nos esforçamos para cumprir nossa parte com a TV Ufam e, principalmente, com o nosso público. Depois dessa, tínhamos que melhorar um pouco, né?
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