Por César Nogueira, produtor do SET UFAM.
O trunfo de A Origem está na inventividade do roteiro, e A Rede Social se baseia no desenvolvimento dos personagens e nos diálogos. O psicologismo ganhou da inventidade no Globo de Ouro deste ano.
A Rede Social se baseia em uma história verídica, contada antes no livro "Bilionários por Acaso", de Ben Mezrich. O trunfo do livro, e respeitado pelo filme, é o de mostrar Mark Zuckerberg como uma figura retraída e sem nenhum talento social, mas genial. Essa mistura deixou Jesse Eisenberg compor um papel que, por ser totalmente inepto, podemos esperar tudo dele.
Um amigo criticou o esquema de flashbacks do filme. Segundo ele, o artifício deveria levar o filme para frente, em vez de servir para explicar o roteiro. O argumento dele é totalmente coerente, mas acho que o recurso como foi usado não diminui A Rede Social, principalmente por causa dos diálogos e de como os personagens são desenvolvidos. Criar as falas de um personagem tão sem-graça como Eduardo Saverin requer muito talento na criação de roteiros.
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