Por Renildo Rodrigues, diretor auxiliar e produtor/Set Ufam
“Enquanto houver de 4 a 5 diretores cujos filmes você aguarda todo ano, as coisas vão bem na Dinamarca”. Quentin Tarantino fez essa declaração à revista BRAVO! em 2003, por ocasião do lançamento do primeiro volume de Kill Bill no Brasil. A máxima do diretor se presta bem à minha intenção neste post, que é tentar explicar por que eu acho que o cinema continua bem das pernas.
Bons filmes. Enquanto estes continuarem a ser produzidos, o mundo está a salvo. Ou, pelo menos, o cinema está. A todos aqueles críticos que, com um escárnio que não disfarça a estreiteza de seus argumentos, vivem a proclamar que o cinema está com os dias contados, eu suplico que abram os olhos e tentem ver o seguinte:
- Histórias em quadrinhos podem, sim, ser fonte de bons roteiros. Vários filmes que, nos últimos tempos, foram aclamados pela argúcia com que retratam a época atual e seus problemas (ou benesses) saíram, vejam só, dos suspeitíssimos quadrinhos: “Marcas da Violência”, “Kick-Ass: Quebrando Tudo”, “Watchmen”, “O Cavaleiro das Trevas”... sim, um filme do Batman é melhor do que quase todos os filmes lançados nesta década (e em todas as outras). E competidores supostamente menos nobres, como “Homem-Aranha”, “X-Men” ou “Homem de Ferro”, foram fundamentais para a renovação recente por que passaram os filmes de ação.
“Enquanto houver de 4 a 5 diretores cujos filmes você aguarda todo ano, as coisas vão bem na Dinamarca”. Quentin Tarantino fez essa declaração à revista BRAVO! em 2003, por ocasião do lançamento do primeiro volume de Kill Bill no Brasil. A máxima do diretor se presta bem à minha intenção neste post, que é tentar explicar por que eu acho que o cinema continua bem das pernas.
Bons filmes. Enquanto estes continuarem a ser produzidos, o mundo está a salvo. Ou, pelo menos, o cinema está. A todos aqueles críticos que, com um escárnio que não disfarça a estreiteza de seus argumentos, vivem a proclamar que o cinema está com os dias contados, eu suplico que abram os olhos e tentem ver o seguinte:
- Histórias em quadrinhos podem, sim, ser fonte de bons roteiros. Vários filmes que, nos últimos tempos, foram aclamados pela argúcia com que retratam a época atual e seus problemas (ou benesses) saíram, vejam só, dos suspeitíssimos quadrinhos: “Marcas da Violência”, “Kick-Ass: Quebrando Tudo”, “Watchmen”, “O Cavaleiro das Trevas”... sim, um filme do Batman é melhor do que quase todos os filmes lançados nesta década (e em todas as outras). E competidores supostamente menos nobres, como “Homem-Aranha”, “X-Men” ou “Homem de Ferro”, foram fundamentais para a renovação recente por que passaram os filmes de ação.
- Eles mesmos, os filmes de ação. Da série “Bourne” pra cá, o gênero vem se tornando uma espécie de alívio para os cinéfilos cansados. Eu mesmo, quando saio frustrado de uma comédia romântica ou um filme de terror (a primeira, essa sim, vem sofrendo uma avassaladora decadência), ao entrar numa sessão de “Distrito 9” ou “A Origem”, renovo a convicção de que ainda existe inteligência em Hollywood.
- E, para todos os que se queixaram do excesso de franquias famosas em 2010, imagino que possa haver, sim, uma espécie de “retranca” nos grandes estúdios. Mas, com base no sucesso de público de várias produções menores nos últimos três ou quatro anos, prefiro acreditar que ainda há espaço para filmes que sejam simplesmente bons e emocionantes: “O Pequeno Nicolau”, “Quem Quer Ser um Milionário?”, “Juno”, “Pequena Miss Sunshine”, os sucessos recentes de Judd Apatow e “Se Beber, Não Case”, entre outros, me dão essa certeza.
Dito isso, é um prazer constatar que o cinema brasileiro está melhor do que nunca, que o cinema argentino alça voos cada vez mais altos (com direito a um Oscar), e que, em Manaus, a produção audiovisual se consolida, com o fortalecimento de produtoras independentes e filmes ganhando espaço nos festivais e circuitos exibidores locais (e de outros estados, como os prêmios dados a “Cachoeira”, de Sérgio Andrade, em Brasília). E que, apesar dos problemas que sem dúvida existem em Hollywood, sempre temos, como disse Quentin Tarantino no início deste texto, pelo menos quatro ou cinco diretores de quem aguardamos ansiosos os filmes: Christopher Nolan, Paul Greengrass, Darren Aronofsky, Paul Thomas Anderson, os irmãos Coen, Pedro Almodóvar, Clint Eastwood, Woody Allen, o próprio Tarantino... com certeza, vocês poderiam citar fácil uns quinze outros nomes que eu deixei de lado.
Resta torcer pra que o Brasil continue a evoluir em seu cinema, e que Hollywood não esqueça, nunca, de que boas histórias valem mais do que qualquer efeito. Um feliz 2011 a todos os cinéfilos de Manaus e do Brasil. Nos encontramos em breve!
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