POR CAIO PIMENTA
Diretor-Geral do SET UFAM
Uma tendência em voga muito utilizada por cinéfilos ou por pessoas que gostam de ver filmes tem sido fazer downloadas em sites que disponibilizam essas obras, incluindo até legendas com ótima tradução.
Razôes não faltam para os consumidores do serviço:
1) o preço elevado dos ingresso de cinema, chegando a custar até R$ 24 nas sessões de fim-de-semana;
2) as poucas opções de filmes nas salas locais, restrita, quase sempre, aos principais blockbusters hollywoodianos;
3) em uma cidade caótica e estressante como Manaus, enfrentar o trânsito e a má educação de alguns espectadores desanima muitas pessoas de irem ao cinema;
4) o simples desejo de se manter "antenado" com o que acontece no mundo do cinema ou, em alguns casos, somente para dizer que viu antes mesmo.
Na maioria das vezes, os filmes "baixados" são lançamentos das salas de exibição ou futuras estreias que já estão em cartaz nos cinemas americanos ou, no caso das pessoas de Manaus, de longas que já estão passando no eixo Rio-São Paulo e que custam a chegar na cidade.
Dessa maneira, um público potencial de cinema vai deixando de frequentar as salas de exibição da cidade, preferindo assistir filmes em casa.
Sou contrário a essa prática de baixar filmes que vão passar nas salas de cinema.
Na minha visão, a atmosfera do cinema é única! Não há lugar no mundo onde é mais impactante de se assistir um filme do que em uma sala de projeção cinematográfica.
Quando um diretor talentoso como Christopher Nolan, Quentin Tarantino, David Fincher, Michael Haneke, Paul Thomas Anderson, Joel e Ethan Coen (só para ficar entre os melhores desses últimos anos) fazem suas obras, eles pretendem que o público possa desfrutá-la no cinema com todo o som e imagem que a telona pode mostrar.
Além da óbvia perda na qualidade de exibição, a capacidade que um cinema tem de nos fazer mergulhar no filme é clara.
Quando estamos em casa, podemos clicar no "stop" e ir tomar uma água ou ir no banheiro ou atender um telefone. Depois de um tempo, voltamos e assistimos até o fim (ou simplesmente podemos parar o filme e tchau!).
Já no cinema não!
O filme é quem comanda, levando-nos em sua viagem.
A telona é o centro de nossas atenções e nada mais.
Se vamos gostar ou não é outra história.
Outro ponto a favor é a reação do público a cada cena.
Não falo daqueles comentários imbecis feitos por pessoas pseudo-engraçadas que enchem os cinemas.
Lembro é dos "OOOOHHHHHHS!" e "NÃO ACREDITO" que bons filmes trazem em seus momentos chaves ou dos risos em uma boa comédia ou mesmo da cara de espanto e indignação de espectadores com a atitude de personagens da trama.
Para aqueles que assistiram "Cisne Negro", "A Rede Social", "Bravura Indômita", "Toy Story 3", "A Origem" e tantos outros filmes na tela de seus computadores ou na televisão de suas casas em vez de esperar um pouco e assisti-los nas salas de exibição de Manaus. lamento, pois tenho certeza que o impacto dessas obras seria bem maior nos cinemas!
PS: não entro no mérito da legalidade de baixar filmes. Não sou hipócrita de vir aqui dizer para não o fazerem. Todos sabem que é errado perante a lei, da mesma maneira que comprar DVDS piratas. Porém, o fato citado no post existe e discuto sobre ele pelo ponto de vista cinematográfico.
Diretor-Geral do SET UFAM
Uma tendência em voga muito utilizada por cinéfilos ou por pessoas que gostam de ver filmes tem sido fazer downloadas em sites que disponibilizam essas obras, incluindo até legendas com ótima tradução.
Razôes não faltam para os consumidores do serviço:
1) o preço elevado dos ingresso de cinema, chegando a custar até R$ 24 nas sessões de fim-de-semana;
2) as poucas opções de filmes nas salas locais, restrita, quase sempre, aos principais blockbusters hollywoodianos;
3) em uma cidade caótica e estressante como Manaus, enfrentar o trânsito e a má educação de alguns espectadores desanima muitas pessoas de irem ao cinema;
4) o simples desejo de se manter "antenado" com o que acontece no mundo do cinema ou, em alguns casos, somente para dizer que viu antes mesmo.
Na maioria das vezes, os filmes "baixados" são lançamentos das salas de exibição ou futuras estreias que já estão em cartaz nos cinemas americanos ou, no caso das pessoas de Manaus, de longas que já estão passando no eixo Rio-São Paulo e que custam a chegar na cidade.
Dessa maneira, um público potencial de cinema vai deixando de frequentar as salas de exibição da cidade, preferindo assistir filmes em casa.
Sou contrário a essa prática de baixar filmes que vão passar nas salas de cinema.
Na minha visão, a atmosfera do cinema é única! Não há lugar no mundo onde é mais impactante de se assistir um filme do que em uma sala de projeção cinematográfica.
Quando um diretor talentoso como Christopher Nolan, Quentin Tarantino, David Fincher, Michael Haneke, Paul Thomas Anderson, Joel e Ethan Coen (só para ficar entre os melhores desses últimos anos) fazem suas obras, eles pretendem que o público possa desfrutá-la no cinema com todo o som e imagem que a telona pode mostrar.
Além da óbvia perda na qualidade de exibição, a capacidade que um cinema tem de nos fazer mergulhar no filme é clara.
Quando estamos em casa, podemos clicar no "stop" e ir tomar uma água ou ir no banheiro ou atender um telefone. Depois de um tempo, voltamos e assistimos até o fim (ou simplesmente podemos parar o filme e tchau!).
Já no cinema não!
O filme é quem comanda, levando-nos em sua viagem.
A telona é o centro de nossas atenções e nada mais.
Se vamos gostar ou não é outra história.
Outro ponto a favor é a reação do público a cada cena.
Não falo daqueles comentários imbecis feitos por pessoas pseudo-engraçadas que enchem os cinemas.
Lembro é dos "OOOOHHHHHHS!" e "NÃO ACREDITO" que bons filmes trazem em seus momentos chaves ou dos risos em uma boa comédia ou mesmo da cara de espanto e indignação de espectadores com a atitude de personagens da trama.
Para aqueles que assistiram "Cisne Negro", "A Rede Social", "Bravura Indômita", "Toy Story 3", "A Origem" e tantos outros filmes na tela de seus computadores ou na televisão de suas casas em vez de esperar um pouco e assisti-los nas salas de exibição de Manaus. lamento, pois tenho certeza que o impacto dessas obras seria bem maior nos cinemas!
PS: não entro no mérito da legalidade de baixar filmes. Não sou hipócrita de vir aqui dizer para não o fazerem. Todos sabem que é errado perante a lei, da mesma maneira que comprar DVDS piratas. Porém, o fato citado no post existe e discuto sobre ele pelo ponto de vista cinematográfico.
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