domingo, 29 de novembro de 2009

Atualização do Flickr!

Fotos do Amazoans Film Festival 2009!

Eu sei, eu sei.. Tá pra ter outro Amazonas Film Festival e só agora postamos as fotos! Mas se eu fosse você parava de ficar aí reclamando e corria pro flick do set que já estão lá as fotos dos bastidores do 6 AFF!!

(Equipe no Palacete com Roberto Sadovisk )


(Juliana Andrade com Mônica do CQC!)

(Camila Baranda, Maria Fernanda Cândido e Thiago Guedes)


Aproveita que hoje o SET UFAM saiu pelo segundo domingo consecutivo na A Crítica e comemore curtindo as fotos do festival! http://www.flickr.com/setufam

Filme de aluno de jornalismo da UFAM é destaque no Curta 4.5

O filme "O Terrorista" roubou a cena no Curta 4.5. A história adaptada, produzida, dirigida e co-protagonizada por Antônio Carlos Junior, aluno de jornalismo da UFAM, ganhou quatro das dez categorias principais da quinta edição do festival para filmes até de quatro minutos, realizada entre 21 e 28 de novembro. O drama, que em síntese narra a interação de dois homens com temperamentos opostos, também ficou com o prêmio de melhor filme segundo a escolha do júri.

Júnior Rodrigues, organizador do evento, acredita que os jurados optaram pelo melhor filme da mostra, que contou com produções de Manaus, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Parintins e Itacoatiara. Ele observa também que a qualidade dos competidores em geral melhorou muito desde a primeira edição do Curta 4. "As pessoas estão mais preocupadas com fotografia, edição, roteiro, interpretação para cinema", analisa.



A novidade do Curta 4 deste ano ficou com a mostra Cinema Além da Imagem, adaptada para pessoas cegas ou com deficiências visuais graves. Para o ano que vem Júnior Rodrigues promete novidades. Além da continuação da áudio-descrição dos curtas por atores profissionais, os deficientes auditivos vão ter as produções explicadas em linguagem de libras. O Festival do Minuto, para curtas que não ultrapassam os 60 segundos, vai ser realizado em maio. E a partir das 10h10 do dia dez de outubro vão ser exibidas dez horas de filmes locais em comemoração aos dez anos de cinema digital no Amazonas.

Sem dor, sem ganho



Antônio Carlos, que ganhou em 2007 um concurso nacional de jornalismo de cultura, afirma que a conquista faz parte de um processo contínuo de estudo. "'O Terrorista' é resultado de tudo o que aprendi em oficinas, palestras, cursos e viagens. Claro que tenho muito a aprender. Ele é minha visão do que é Cinema e do que pensava sobre como deveriam ser feitos filmes no Amazonas", explica. "Isso é só o início".

Já Artur Maurílio, o "terrorista" do curta, não esperava tantos louros para a produção. "Não estava muito confiante", admite.

A curto prazo, Antônio Carlos pensa em extender para seis ou oito minutos o "O Terrorista", intensificando a dramaticidade da narrativa. Também para o estudante a qualidade das produções locais aumentou. "Os enquadramentos estão criativos, as ideias estão boas. Eu sabia que o 'Buenos Dias' ia ganhar Fotografia. Tava muito bom".

Busão com música andina

A diretora de "Buenos Dias", Dheik Praia, teve a ajuda de amigos, restaurantes, empresas de gruas e até de companhias de ônibus para contar a história de músicos peruanos e itinerantes trabalhando em um coletivo. "O meu namorado viu no ônibus um grupo tocando música andina. Daí ele teve a ideia de fazer um filme sobre eles. A gente entrou em contato com o grupo que ele viu, mas já estavam em Belém. Eles indicaram outro grupo, que estava em Manaus", conta a diretora do curta filmado durante todo o último Dia dos Finados.


***




"Fazer filmes digitais é muito mais barato. As histórias agora são contadas. Todos os grandes diretores, como o Spielberg, experimentaram em um tempo em que o equipamento era caro e de difícil acesso. Agora tem muito mais gente podendo inovar e mostrar o seu trabalho para o mundo todo em sites como o YouTube", Júnior Rodrigues, sobre a democratização da imagem na Era Digital.




A atriz Di Castro (de colar) protagonizou "O Vestido Encantado", misto de documentário e ficção. O curta é homenagem da roteirista e produtora, Ladilce Pontes (de preto), à artista de 83 anos.




O casal Michelle Oliveira e Frederico Vital foram conhecer o Parque Jefferson Peres, local do encerramento do Curta 4.5, com o filhão, Gustavo. Apesar de não terem sabido do evento com antecedência, gostaram muito da iniciativa e da qualidade dos curtas.

Texto e fotos: César Nogueira

sábado, 28 de novembro de 2009

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL - ENCERRAMENTO



Assista agora o final da nossa cobertura do Amazonas Film Festival.

Veja quais foram as pessoas que contribuíram para fazer esse programa especial.

A música de fundo e "Open Your Eyes" - Snow Patrol.

Divirta-se!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL - IMPRENSA


Juliana Andrade mostra o trabalho da imprensa no Amazonas Film Festival!

Entre os entrevistados estão: Roberto Sadovski (editor-chefe da revista SET), Patrícia Pahl (repórter da HBO) e Mônica Lozzi do CQC!

A produção é de Mariana Lima!

Divirta-se!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SET UFAM ESPECIAL - SET UFAMA - ELENA ANAYA


Para encerrar, Mariana,DiegoVil e César Wilker comentam a roupa de Elena Anaya!

Divirta-se com o SET UFAMA!

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL - ENTREVISTA


Alisson Castro entrevista dois cineastas locais: Anderson Mendes ("Picolé do Aranha") e Aldemar Matias ("A Profecia de Elizon").
Em debate, a real contribuição do Amazonas Film Festival para o cinema local.

A produção é de César Nogueira.

Divirta-se!

SET UFAMA ESPECIAL - VICTOR FASANO


Confira um "SET UFAMA" ESPECIAL do tapete vermelho!
Mariana Kalil recebe DiegoVil e César Wilker para analisar as roupas dos famosos!

A "vítima" agora é Victor Fasano!

Divirta-se!

SET UFAMA ESPECIAL - RITA CADILLAC


Confira um "SET UFAMA"ESPECIAL do tapete vermelho!
Mariana Kalil recebe DiegoVil e César Wilker para analisar as roupas dos famosos!

A primeira "vítima" é Rita Cadillac!

Divirta-se!

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL


Saiba tudo o que aconteceu no VI Amazonas Film Festival!
Quem foram os vencedores,os homenageados,quem chamou a atenção do público, as atividades acadêmicas...

A matéria é de Flávia Rezende com produção de Maurivane Souza!

Divirta-se!

domingo, 22 de novembro de 2009

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL - VIDA DE CINÉFILO


Agora você confere Camila Baranda entrevistando os famosos no quadro "Vida de Cinéfilo".

Malu Mader,Maria Fernanda Cândido,Elena Anaya,Natália Timberg,Max Fercondini,Beto Brant,Lúcia Murat estão entre os entrevistados..

A produção é de João Artur.

Divirta-se!

Qualidade dos vídeos

Por enquanto, a qualidade dos vídeos serão estas que estão no blog.
Estamos tentando arranjar um jeio que faça a qualidade ficar melhor.

Muito obrigado pela compreensão!

SET UFAM ESPECIAL - A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR



Thiago Guedes vai até o Largo de São Sebastião e faz mais um quadro "A Pergunta que não quer calar".

Divirta-se!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL

Hoje tem SET UFAM ESPECIAL - AMAZONAS FILM FESTIVAL!














ONDE: TV UFAM (NET DIGITAL - CANAL 27 / NET ANALÓGICO - CANAL 7)
QUANDO: A PARTIR DE 21:30 hrs















Você vai saber tudo o que aconteceu no VI Amazonas Film Festival!

Entrevistas com:
Malu Mader, Maria Fernanda Cândido, Elena Anaya, Natália Timberg,
Milton Gonçalves, Mônica Lozzi (CQC), Max Fercondini,
Roberto Sadovski (editor-chefe da revista SET), Beto Brant,
Lúcia Murat, Rita Cadillac e muito mais!















Não perca! É HOJE, 21:30hrs!

Reprises:
Sábado (16hrs)
Domingo (12hrs)
Segunda-feira (18hrs)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SET UFAM NO CQC!


Hoje (16/11), o CQC (Rede Bandeirantes) exibe a matéria sobre o Amazonas Film Festival 2009.

E como nós disputamos a atenção de muitos famosos com eles, é possível que vocês vejam uma parte do rosto ou da mão ou do pé ou do cabelo ou da roupa ........... dos nossos integrantes.

É isso! Não percam o CQC hoje!

E quinta-feira: você assiste as entrevistas de Malu Mader,Maria Fernanda Cândido,Natalia Timberg, Max Fercondini,Beto Brant, Roberto Sadovski e Mônica Lozzi (CQC) em um SET UFAM ESPECIAL AMAZONAS FILM FESTIVAL!

sábado, 7 de novembro de 2009

Set Ufam recomenda - “Michael Jackson’s This Is It”, de Kenny Ortega


Para os fãs do Rei do Pop, que não terão a oportunidade de assistir à incrível turnê “This Is It” – que teria início esse ano e foi cancelada com a morte do astro –, ficou a bela homenagem prestada pela equipe dos shows e o diretor Kenny Ortega. “Michael Jackson’s This Is It” tenta recriar, a partir dos ensaios do cantor, o que seria o concerto apresentado em 13 de julho, na O2 Arena de Londres, e que marcaria o seu retorno aos palcos.
Criado a partir de centenas de horas de filmagens dos ensaios e preparativos para a turnê, “This Is It” tem como ponto de partida os depoimentos de músicos, dançarinos e equipe técnica, que falam sobre a experiência de ter trabalhado com Jackson. Sem que isso aborreça o espectador, o filme parte logo para a construção das performances, com a elaboração da cenografia, dos filmes decorativos (a inserção de Michael Jackson no clássico “Gilda”, durante “Smooth Criminal”, é muito divertida), dos números de dança e dos arranjos (atente para a performance matadora da guitarrista Orianthi Panagaris). O resultado é uma bela amostra da energia dos shows, com muitos dos momentos informais só registrados em ensaios (como a conversa estranha entre Michael e o diretor Ortega, que também é coreógrafo da turnê, sobre os movimentos das aeromoças). Michael, que surge tanto como o artista talentoso de sempre quanto como o esquisitão dos últimos tempos, está em boa forma física e vocal, apesar do corpo muito magro e de já ter 50 anos. Qual é! Também não dá pra exigir os passos complexos e os vocais em falsete dos tempos áureos.
“Michael Jackson’s This Is It” é um produto feito para os fãs do cantor, e não disfarça essa intenção. Se você não gosta das suas músicas, passe longe. Se gosta, então curta as duas horas de diversão, emoção e clássicos perenes do pop, como “Billie Jean”, “Black or White” e “I’ll Be There”.

“Set Ufam – This is it!”

Set Ufam recomenda - “Distrito 9”, de Neill Blomkamp


Mais um sério candidato a melhor filme do ano, “Distrito 9” não pára um instante sequer. Só que, ao invés de se tornar cansativo, o filme cresce em ritmo, suspense e impacto. Em forma de documentário, “Distrito” narra um presente alternativo, em que uma espaçonave enorme chegou à África do Sul há 20 anos, e seus habitantes, chamados pejorativamente de “camarões” pela população, cresceram e se espalharam pela maior favela da capital, Joanesburgo. Agora, cabe ao burocrata Wikus (Sharlto Copley) mover os hóspedes indesejados a um novo alojamento, longe de tudo e em condições ainda piores. Só que, claro, os resultados da missão vão ser bem diferentes do esperado... só não da forma como estamos acostumados a ver!
Dirigido pelo estreante Neill Blomkamp e produzido por Peter Jackson, de “O Senhor dos Anéis”, “Distrito 9” é ficção científica e Cinema do melhor tipo e, em sua crítica vigorosa da intolerância, não economiza na violência e na mensagem contundente. Mas não espere discursos políticos: o drama de Wikus e dos “camarões” é íntimo, e fala assim ao espectador.
Não perca a oportunidade de assistir a esse filme brilhante e, algo ainda mais raro hoje em dia, original.

Set Ufam recomenda - “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino


Esse filme é um dos poucos lançados em 2009 que pode ser chamado de “imperdível”. São duas horas e meia de pura diversão, com diálogos afiados, atuações de primeira, roteiro impecável e... isso já está virando papo de fã!
“Bastardos Inglórios” é uma história passada na 2ª Guerra Mundial, que narra em paralelo as trajetórias de Shosanna (Mélanie Laurent), uma jovem que sobreviveu ao massacre de sua família pelos nazistas, e dos Bastardos do título, uma tropa de soldados judeus que quer espalhar o pânico pelo exército de Hitler, liderada pelo tenente Aldo Raine (Brad Pitt).
O filme faz uso do arsenal do diretor de “Pulp Fiction” e “Kill Bill”, com o domínio absoluto da câmera, dos diálogos, da música... mas tem algo a mais: Tarantino investe cada vez mais nas nuances emocionais de seus personagens, produzindo cenas de um lirismo incomum em sua obra até aqui. Essa, entre tantas virtudes, é uma forte razão para se assistir (e se emocionar com) “Bastardos Inglórios”.

E preste atenção na atuação sobrenatural do (ainda) desconhecido Cristoph Waltz, como o coronel Hans Landa, o vilão do filme. É de arrepiar :)

“Se você perder o próximo Set Ufam...”

Soundtracks (#4)


Da mesma forma que Across the Universe, Não Estou Lá é a reflexão de um diretor (Todd Haynes) sobre um ícone dos anos 60 e do rock (no caso, Bob Dylan). Mas a semelhança acaba aí. Across the Universe é um musical, uma história inspirada pela música dos Beatles e criada em função de suas canções. Já Não Estou Lá é um filme... único.
A definição capenga é a única que cabe nessa obra, um verdadeiro mosaico de verdades, lendas e interpretações sobre o cantor americano. Antes que isso pareça complicado demais, lá vai: Não Estou Lá tenta mostrar os diferentes aspectos da vida e da música de Dylan, dividindo os períodos de sua carreira em personagens. Assim, a fase rock fica com Cate Blanchett (perfeita), a de protesto e a religiosa com Christian Bale, a country com Richard Gere, a romântica com Heath Ledger, a poética com Ben Whishaw, e a folk com o garoto (e revelação) Marcus Carl Franklin.
Mais do que isso, e aí está uma bela sacada do diretor Haynes, cada faceta recebe um tratamento cinematográfico diferente, remetendo a um grande diretor do passado. A parte de Blanchett é puro Fellini; a de Ledger, Godard; a de Gere, Sam Peckimpah, e por aí vai. O filme é cabeça, mais voltado a cinéfilos e fãs do cantor, mas, se você estiver disposto a arriscar, eu garanto que será uma experiência intensa e original.
A trilha de Não Estou Lá traz apenas uma gravação de Bob Dylan, uma música inédita das lendárias “Basement Tapes” (gravações feitas com a The Band durante a reclusão do cantor, no fim dos anos 60, enquanto se recuperava de um grave acidente de moto), chamada, isso mesmo, “I’m Not There (o nome original do filme), e muito boa. A ideia de Haynes foi reunir uma série de nomes do rock atual, ao lado de alguns mais antigos, para regravar canções dos períodos retratados no filme. O resultado, na minha opinião, é um dos melhores discos-tributo já feitos.
A escolha dos artistas e a produção das faixas ficaram a cargo de Lee Ranaldo, guitarrista do Sonic Youth, um dos grandes nomes da história do rock alternativo. E é a sua banda que inicia os trabalhos, com uma versão de “I’m Not There”, bem no estilo do grupo. As surpresas vêm a cada faixa: Eddie Vedder grita em “All Along the Watchtower”; a brilhante versão do punk (é!!!) John Doe para a gospel (é!!!) “Pressing On”; “Dark Eyes”, numa linda gravação de Iron & Wine (descubra essa banda) e Calexico; a criativa versão de “Ring Them Bells” por Sufjan Stevens; a rascante “Maggie’s Farm” de Stephen Malkmus e os Million Dollar Bashers; a suingada “Mama You’ve Been on My Mind”, por Jack Johnson, com trechos de “Last Thoughts on Woody Guthrie”; “When the Ship Comes in”, cristalina na voz de Marcus Carl Franklin.
A trilha sonora de “Não Estou Lá” é dupla, e não se encontra nas lojas do Brasil, exceto em versões importadas (como a maior parte da discografia de Dylan, o que é lamentável). Ela serve como uma boa introdução à obra de um dos maiores compositores americanos. Só não deixe de ir atrás dos maravilhosos álbuns originais das músicas.
Internet, mãos à obra!

Os seis Bob Dylans do filme

Soundtracks (#3)

E o Soundtracks está de volta! Alguns problemas me impediram de postar o texto no dia da exibição do último programa (22/10), então estou atualizando a coluna hoje, com o texto sobre Across the Universe, mostrado no Set Ufam anterior, e sobre Não Estou Lá, outra grande trilha formada por versões da música de um ícone do rock (Bob Dylan).


A trilha sonora de Across the Universe, como o futebol, é mesmo uma caixinha de surpresas... desculpem o jargão, mas é que eu pus as mãos na edição especial dupla que circula na internet... são 31 faixas, quase tudo o que toca no filme (só ficou de fora a versão instrumental de “A Day in the Life”, com a lenda Jeff Beck na guitarra) e, fora do contexto do filme, podemos descobrir outras nuances, novas camadas, novos detalhes que dão ainda mais charme a essas versões.
Uma preferida particular, que apareceu no programa, é a versão de “Because”, cantada a cinco vozes por Dana Fuchs, Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson e Martin Luther McCoy (é, é esse mesmo o nome do cara). Tenho um grande apreço pela original, clássico do álbum Abbey Road (de 1969), com o coral mágico de John, Paul e George e suas vozes duplicadas, mas a versão do filme é tão boa quanto, e ainda deixa de fora o sintetizador Moog do solo, que soa bastante datado hoje. Os cinco atores fazem um trabalho muito competente, e o acompanhamento instrumental delicado ajuda a iluminar a faixa.
A atriz Dana Fuchs é o destaque em duas canções: “Helter Skelter”, em que ela mostra o vozeirão rascante, a la Jonis Joplin, e “Oh! Darling”, dueto com Luther McCoy. A voz de Evan Rachel Wood é o oposto da colega: pequeninha, mas esbanja charme em interpretações mais intimistas, como “If I Fell” e “Blackbird”.
Dois cantores famosos fazem uma ponta na trama. Bono canta bem (como sempre) as suas duas faixas, “I Am the Walrus” e “Lucy in the Sky with Diamonds”, mas elas se ressentem de mais criatividade, de uma pegada mais ousada sobre as versões originais. Problema que não se aplica ao arranjo intrigante de “Come Together”, muito bem transformada pela voz roufenha e peculiar de Joe Cocker, ícone dos anos 60 que já gravou uma versão antológica de “With a Little Help from My Friends” no festival de Woodstock (cujo filme e trilha a respeito vou comentar futuramente). É nessa gravação, aliás, que se baseia a versão do filme, que ganhou várias vozes e um arranjo que emula os musicais da Broadway, e ficou bastante empolgante.
As faixas entregues aos atores são menos memoráveis. Jim Sturgess, em particular, tropeça em várias delas, com um sotaque carregado e um vocal sem muita expressão. Mas ele ainda produz boas versões, como a canção título e “Strawberry Fields Forever”, ao lado de Joe Anderson. Luther McCoy, por sua vez, tem uma versão sem atrativos de “While My Guitar Gently Weeps”
Por fim, ficamos com as duas instrumentais da trilha. “Flying” e “Blue Jay Way”, ambas lançadas no album Magical Mystery Tour (1967), são reinventadas pelo grupo Secret Machines, e soam melhores do que as originais. Baixe e confira as sacadas da banda, que atualiza os sons psicodélicos da época com efeitos eletrônicos e guitarras tensas.
O disco à venda nas lojas brasileiras tem apenas 16 faixas, deixando de lado boa parte das músicas que eu comentei aqui (as instrumentais, “Because”, “If I Fell”, “While My Guitar Gently Weeps”). Existem duas edições de luxo, lançadas apenas na internet, uma com 29 faixas e a outra com 31. Ambas são facilmente encontráveis nos BitTorrent e 4Shared da vida.
Até o próximo Soundtracks!

Cena da canção "Because"