quinta-feira, 31 de março de 2011

Estreias da Semana nos Cinemas de Manaus - 1º de Abril

Filme: 127 Horas
Direção: Danny Boyle
Elenco: James Franco, Lizzy Caplan, Kate Mara
Sinopse: Cinebiografia de Aron Ralston (James Franco), alpinista que, ao se aventurar pelas montanhas de Utah, ficou preso por 127 horas - cinco dias - com uma pedra em cima de seu braço. Não aguentando mais a dor e sem ninguém que pudesse ajudá-lo, Ralston decidiu amputar o membro superior com uma faca que levava consigo. Sem o braço, o alpinista escalou cerca de 20 metros.
ONDE: Cinemark, Cinemais e Playarte

Filme: As Mães de Chico Xavier
Direção: Glauber Filho, Halder Gomes
Elenco: Via Negromonte, Vanessa Gerbelli, Gabriel Pontes, Tainá Müller, Nelson Xavier
Sinopse: Três mães enfrentam problemas: o filho de Ruth (Via Negromonte) está envolvido com drogas; Elisa (Vanessa Gerbelli) tenta dar o máximo de atenção ao seu filho pequeno para suprir a falta do pai; Lara (Tainá Müller) é uma professora surpreendida por uma gravidez não planejada. Com a vida turbulenta, essas três mulheres buscam conforto na doutrina espírita de Chico Xavier (Nelson Xavier).
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro


Filme: Fúria Sobre Rodas
Direção: Patrick Lussier
Elenco: William Fichtner, Nicolas Cage, Billy Burke
Sinopse: Nicolas Cage quer vingança. Ele interpreta Milton, um homem que dirige por quilômetros numa busca pelas pessoas que mataram sua filha e sequestraram seu bebê. A caçada chega a um ponto em que ele se vê obrigado a matar inocentes pelo caminho.
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro

quarta-feira, 30 de março de 2011

Crítica: Sucker Punch - Mundo Surreal

Por César Nogueira


 Nas adaptações de Zack Snyder dos quadrinhos 300 de Esparta, de Frank Miller, e Watchmen, de Allan Moore, se destacam o apuro visual, as sequências de ação e a trilha-sonora, onde há basicamente rock. Há tudo isso em Sucker Punch – Mundo Surreal (2011), seu novo filme. Agora, Snyder se inspira fortemente no Japão e sua cultura pop para contar uma história visualmente interessante e cheia de mulheres bonitas, mas, infelizmente, raso como muitas das produções de onde o diretor buscou inspiração.


Baby Doll (Emily Browning), é uma órfã que, depois da morte da mãe, é mandada a um sanatório pelo padrasto, ganancioso pela fortuna que a mulher deixou. Em cinco dias, Baby Doll passará por uma lobotomia, para ela não lutar pelo dinheiro da falecida. Assim, para aliviar essa realidade cruel, a garota cria um mundo onde é dançarina de um bordel-prisão. Além disso, para escapar de dentro desse nível de imaginação (ou delírio) que lembra Moulin Rouge, ela criou um mundo onde tem habilidades sobrehumanas e, com a ajuda de quatro amigas, deve conseguir cinco objetos para escapar da prisão.


Sucker Punch tem uma bela direção de arte, que usa a estética noir para ambientar o filme ao tempo da história e externalizar a tristeza da vida de Baby Doll. A trilha-sonora vai de Björk a Pixies, passando por Queen e The Stooges. Zack Snyder também mostra com mundos fantásticos e cenas de luta por que conquistou o seu espaço em Hollywood. Dois destaques são o mundo medieval, inspirado em Senhor dos Anéis, e o futurista, onde o diretor usa as suas conhecidas sequências em slow-motion. Além disso, ele se inspira às vezes descaradamente na cultura japonesa. Por exemplo, Baby Doll entende o que deverá fazer no segundo nível de imaginação, num templo xintoísta, com a explicação de um mestre Zen (Scott Glenn, que faz o papel de mentor em várias outras cenas no decorrer da história, sempre disposto a proferir uma frase de auto-ajuda). Depois, terá que lutar com samurais inúmeras vezes maiores que ela usando uma kataná. Mas são nas sutilezas onde o filme mostra as suas maiores influências japonesas.


Detalhes como planos-gerais típicos de filmes de samurais, usados na parte do templo, dão “caldo” à estética. Também contribuem as lutas emulando confrontos vistos em animes como Yu Yu Hakusho e Dragon Ball, em que os golpes são capazes de destruir cenários e mandar os adversários a metros de distância. Snyder também se apropriou de conceitos de narrativa muito japoneses. O primeiro é a noção de grupo atrelada ao autosacrifício. Baby Doll só conseguirá alcançar o seu objetivo com a ajuda das amigas dançarinas-guerreiras e se não se deixar levar por desejos individualistas. O segundo conceito, associado àquele por causa do enredo do filme, é o de “garotas gostosas com armas”. Assim como Burst Angel e Ghost In The Shell, todas as garotas de Sucker Punch vestem trajes mínimos (e fetichistas: a roupa de Baby Doll é de colegial japonesa) e usam equipamentos de alta tecnologia, como robôs gigantes. Há até Fan Services, expedientes recorrentes em animes destinados a rapazes. Esses conceitos foram usados com a maior fidelidade possível em Sucker Punch. Inclusive com as suas possibilidades de erro e superficialidade.


As guerreiras lideradas por Baby Doll - e ela própria - têm personalidade e conflitos em quantidades mínimas. Como acontece em Final Fantasy: Advent Children, há personagens que só ganham razão de existir na hora dos combates, para ajudar a protagonista. É o caso de Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung), que não apresentam conflitos internos satisfatórios e entram no grupo do nada, ouvindo por cima a conversa de Baby Doll com as irmãs Sweet Pea (Abbie Cornish) e Rocket (Jena Malone). As duas são assassinadas: esse acontecimento é capaz antes de dispertar a indiferença ao espectador do que raiva de ter lido algum possível spoiler. Não bastando isso, o vilão, Blue (Oscar Isaac), é estereotipado e maniqueísta. A única personagem com um mínimo de humanidade e capacidade de surpreender é Dra. Gorski (Carla Gugino), que revela ser o que não aparenta. Quanto aos Fan Services, eles podem ser agradáveis num primeiro momento, graças à atenção generosa aos seios e bundas. Por causa da falta de vivacidade das personagens, eles acabam se destacando no filme. Isso pode ser muito bom se você for um adolescente no auge dos banhos demorados.



Filmes, digamos, borgeanos, onde mundos imaginários existem dentro de outros mundos imaginários, vêm ganhando espaço aos poucos. O melhor exemplo dessa forma de narrativa em audiovisual talvez seja A Origem. Além disso, o cinema está se apropriando da estética dos quadrinhos, videogames e animes. O Cavaleiro das Trevas, Scott Pilgrim e a produção de Akira demonstram essa aproximação. Zack Snyder tentou juntar as duas ideias, mas, infelizmente, aparenta ter se preocupado mais com a técnica e o visual do que com a história. Para piorar, ele pegou de suas influências até os erros. Se compararmos Sucker Punch a uma mulher, o filme é aquela garota linda e estonteante que perde toda a graça quando começa a falar. Desculpem a canhestrice e o machismo. Aliás, este é menor do que o apresentado pelo filme.


NOTA: 6,0

terça-feira, 29 de março de 2011

Novos Clássicos: Curtindo a Vida Adoidado

por Gabriel Oliveira

Na premiação do Oscar do ano passado, um dos únicos momentos decentes da cerimônia foi a homenagem ao diretor e roteirista John Hughes, falecido em agosto de 2009. Hughes era o responsável por filmes como O Clube dos Cinco e Gatinhas & Gatões, mas era lembrado, principalmente, por ter realizado uma das comédias mais cultuadas do cinema: Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off).

O filme de 1986 conta a estória (e eu ainda preciso dizer?) de Ferris Bueller (um Matthew Broderick bem novinho), o garoto que já acumulou nove faltas em apenas um mês, e em suas escapadas da sala de aula, arrasta consigo sua namorada Sloane (Mia Sara) e seu melhor amigo, Cameron (Alan Ruck). Especialista em forjar doenças e armar esquemas sofisticados que enganam os pais e comovem professores, colegas e metade da cidade, a ponto de fazê-los promover a campanha “Salve Ferris!”, para lhe comprar um novo rim, ele acha muito mais interessante passear pelas ruas de Chicago do que aturar horas ouvindo sobre a economia na Grande Depressão (“Bueller…?”, pergunta o professor durante a chamada, numa cena engraçadíssima). Enquanto isso, correm em seu encalço o diretor Ed Rooney (Jeffrey Jones, de Beetlejuice), determinado a capturar o aluno fujão – e que nessa perseguição também protagoniza alguns dos momentos mais engraçados do filme –, e sua irmã invejosa Jeanie (Jennifer Grey, Dirty Dancing), amargurada por saber que não importa o que aconteça, Ferris é sortudo o suficiente para nunca ser pego.

Curtindo a Vida Adoidado é um belo exemplo da característica que marcou os filmes de John Hughes: a adolescência, compreendida em toda a sua efervescência. Apesar das soluções simplistas para os conflitos do filmes, o que o tornou alvo de críticas negativas, o diretor mostra compreender a juventude como mais do que meros “aborrecentes” (e nesse ponto, O Clube dos Cinco também é ótimo): Ferris, o garoto cheio de ousadia, que quer viver cada dia como se fosse o último, em contraponto ao amigo Cameron, extremamente neurótico e com dificuldades de relação com o pai, que ama mais sua Ferrari do que a própria esposa. O diretor Rooney, por sua vez, é a figura do adulto totalitário e que parece não enxergar mais nada além do trabalho. Aliás, a identificação do filme com o espectador jovem é tanta que Ferris conversa com seu público, e exerce o papel de um quase guru não só para Cameron, mas para todos nós. “A vida passa tão rápido, que se você não parar e olhar ao redor, você pode perdê-la”, diz ele em uma de suas pílulas de sabedoria.

Justamente por conta das neuroses de Cameron, Ferris decide fazer deste um dia especial, que marque a vida do amigo e o faça ganhar um pouco mais de amor-próprio. E assim, depois dos três visitarem juntos alguns pontos turísticos, jantarem num restaurante chique e enganar o maitrê esnobe, presenciamos a cena mais antológica do filme – que só me lembra minhas tardes de infância regadas a Sessão da Tarde –: o momento em que Ferris invade um desfile, sobe num carro e dubla “Twist and Shout”, dos Beatles, fazendo todo mundo dançar. Uma cena de fazer os olhos brilharem.

O filme pode até ser visto como puramente simples e comercial, mas o fato é que Curtindo a Vida Adoidado, graças a seu status de filme favorito da juventude dos anos 80, e suas falas e cenas memoráveis, tornou-se um clássico do cinema, que faz você se sentir bem quando assiste. Pra mim, é a cura pra depressão. Além disso, é a prova de que se pode fazer uma comédia hilária e inesquecível sem ter que recorrer ao escracho, como cada vez mais se faz hoje em dia. Afinal, quem nunca quis, por apenas um momento, ser Ferris Bueller?

Inauguração do Cineclube Canoa




Manaus ganha mais um cineclube na noite desta terça, 29 de março, com a inauguração do Cineclube Canoa, organizado pela Associação de Cinema e Vídeo do Amazonas (ACVA).

As sessões vão acontecer toda terça-feira, a partir das 18:30mins, no Espaço Cultural “Arte e Fato”, localizado na rua 10 de Julho, ao lado da Casa Ivete Ibiapina, no Centro da cidade.

O primeiro filme a ser exibido é “A Classe Operária vai ao Paraíso”, de Elio Petri. O longa de 1971 mostra a vida de um operário-padrão italiano dividido entre os sonhos de consumo da classe média e os movimentos de protesto de sua categoria.

Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, o filme é um dos principais representantes do cinema político italiano dos anos 60 e 70. Censurado durante o período da ditadura militar por apresentar temas voltados ao comunismo, “A Classe Operária vai ao Paraíso” só foi exibido no Brasil na década de 80.

Além da exibição do filme de Elio Petri, o Cineclube Canoa ainda homenageia o professor Narciso Lobo, um dos maiores pesquisadores sobre o cinema amazonense e autor dos livros A tônica da descontinuidade. Cinema e política na década de 60” (1994) e “Hoje tem Guarany” (1983), este último em co-parceria com a professora Selda Vale da Costa, a qual irá representar o Lobo, morto em 2009.

O Cineclube Canoa junta-se ao Cine Vídeo Tarumã do Departamento de Comunicação Social da UFAM, ao Clube do DVD, ao Cineclube Baré da Livraria Valer e ao “Tudo Muda Após o Play” do Coletivo Difusão como mais um espaço para a discussão cinematográfica em Manaus.

Não Perca!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Novos Clássicos - O Segredo dos Seus Olhos

 O cinema argentino é dos melhores do mundo.

Basta assistir filmes como “O Filho da Noiva”, “Leonera”, “Nove Rainhas” e “Lugares Comum” para comprovar a qualidade de uma cinematografia forte em diversos gêneros, com roteiristas ousados, com grande conhecimento da linguagem de cinema e atores e diretores excelentes.

“O Segredo dos Seus Olhos” é o mais completo exemplar dessa safra.

O diretor e roteirista Juan José Campanella nos conduz a uma trama que mescla romance e suspense, acompanhando o personagem de Ricardo Darín (um dos melhores atores da atualidade) em jornada de 30 anos para desvendar um crime e conseguir declarar sua paixão por Irene Menéndez Hastings, interpretada magistralmente por Soledad Villamil.

 Não bastasse a riqueza do roteiro com questionamentos profundos sobre justiça, solidão e amor, Campanella nos brinda com a cena mais inesquecível de 2010: o plano-sequência no Estádio do Racing.
Se você não ficar maravilhado com esse momento, desista!

Você não gosta de cinema!

domingo, 27 de março de 2011

Cine Vídeo Tarumã - 28 de Março a 1 de Abril

O tema da semana no Cine Vídeo Tarumã será "Filmes Sobre Ditadura".

As sessões acontecem sempre a partir de 12:30hrs no auditório Rio Negro, no Instituto de Ciências Humas e Letras da UFAM, no Campus Universitário.

O Cine Vídeo Tarumã é um projeto de extensão do Departamento de Comunicação Social da UFAM e coordenado pelo professor Tom Zé.


Confira a programação da semana:


Filme: Ação Entre Amigos
Direção: Beto Brant
Elenco: Leonardo Villar, Zecarlos Machado, Cacá Amaral
Sinopse: História de quatro amigos que participaram da oposição armada ao regime militar e foram presos e torturados. O filme mostra o que é feito de cada um deles. Dos quatro, Miguel (Leonardo Villar) é o único que se manteve politizado e, um dia, pensa ter identificado em fotos feitas durante um comício o rosto do homem que torturou a ele e seus amigos, há 25 anos. Miguel convida seus três companheiros para uma pescaria na cidade onde o torturador estaria morando e, no trajeto, revela aos colegas sua descoberta. O filme mostra flash-backs das ações dos quatro amigos durante os anos de chumbo da história recente do Brasil. Eles prosseguem a viagem e passam a procurar pelo homem visto nas fotos.
Exibição: Segunda-Feira (28/03)

Filme: Tempo de Resistência
Direção: André Ristum
Elenco: Entrevistas com Franklin Martins, Carlos Russo, José Dirceu, Aloysio Nunes
Sinopse: A produção de 2003 mostra a luta contra a ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970 a partir de depoimentos dos próprios integrantes da resistência armada.
Exibição: Quarta-Feira (30/03)

Filme: Hercules 56
Direção: Silvio Da-Rin
Sinopse: Este outro documentário, de 2007, mostra os acontecimentos reais do seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick na semana da independência em 1969 e a troca dele por 15 presos políticos, tudo isso através de entrevistas feitas nos dias de hoje com os participantes e sobreviventes. Naquela época, foram banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56.
Exibição: Sexta-Feira (01/04)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Estreias da Semana nos Cinemas de Manaus - 25 de Março

 
Filme: U2 3D
Direção: Catherine Owens, Mark Pellington
Elenco: Bono Vox, The Edge, Larry Mullen JR, Adam Clayton
Sinopse: O documentário acompanha a banda de rock-and-roll U2 em sua turnê mundial Vertigo, que, inclusive, passou pelo Brasil. A idéia é levar ao espectador a experiência em três dimensões de estar no show, de concepção multimídia, da banda irlandesa.
ONDE: Playarte

Filme: Vips
Direção: Toniko Melo
Elenco: Wagner Moura, Gisele Fróes, Juliano Cazarré
Sinopse: Marcelo (Wagner Moura) não consegue conviver com a própria identidade, o que faz com que assuma a dos outros. Isto faz com que passe a ter diversos nomes, nos mais variados meios, onde aplica seguidos golpes. Um dos mais conhecidos é quando finge ser Henrique Constantino, filho do dono de uma empresa de aviação, durante um Carnaval em Recife.
ONDE: Cinemark, Cinemais e Playarte 

Filme: Sucker Punch – Mundo Surreal
Direção: Zack Snyder
Elenco: Jena Malone, Jamie Chung, Abbie Cornish
Sinopse: Esta fantasia épica de ação traz a garota Baby Doll (Emily Browning), que é internada em uma instituição mental por seu perverso padrasto, na qual passará por uma lobotomia em cinco dias. Enquanto o dia não chega, a garota cria um mundo alternativo, onde precisa roubar cinco objetos para fugir de um homem que pretende estuprá-la.
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro
  
Filme: Sem Limites
Direção: Neil Burger
Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish
Sinopse: Carl Van Loon (Bradley Cooper) é um jovem escritor em início de carreira que entra em contato com nova droga que aumenta sua capacidade cerebral de forma exponencial. Conhecida como NZT, as pílulas tecnológicas são controladas por computador para liberar substâncias no corpo na hora marcada. Com o cérebro turbinado, ele toma Wall Street de assalto e obtém rápido sucesso financeiro e social. O revés acontece quando percebe os perigosos efeitos colaterais que surgem.
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro
 
Filme: Atividade Paranormal em Tóquio
Direção: Toshikazu Nagae
Elenco: Aoi Nakamura, Noriko Aoyama
Sinopse: Em uma visita a San Diego, EUA, para intercâmbio, um estudante encarna a presença sobrenatural e acaba levando o terror para Tóquio. Na capital japonesa, depois de um acidente de carro que abalou sua família e colocou um dos seus irmãos na cadeira de rodas, o jovem estudante é acusado de ter mudado a posição das acomodações do irmão. Ele, então, sugere a instalação de câmeras para provar sua inocência. Ao assistir ao vídeo gravado, o choque dos acontecimentos abala a família.
ONDE: Cinemark, Cinemais e Playarte

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor morre aos 79 anos

 Uma das maiores atrizes de todos os tempos do cinema norte-americano, Elizabeth Taylor, morreu na manhã desta quarta, 23 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos aos 79 anos em decorrência de insuficiência cardíaca.

Elizabeth Taylor era uma “gigante” no campo da atuação, além de ser uma das atrizes mais belas a já terem aparecido nas telonas.


Suas atuações em clássicos como “Assim Caminha a Humanidade” (1956), “Gata em Teto de Zinco Quente” (1958), “Disque Butterfield” (1960) e “Cleópatra” (1963) a tornaram um ícone do cinema.

Porém, a melhor atuação da atriz aconteceu em “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, na qual Taylor se entrega completamente ao personagem, destacando-se em um elenco espetacular.

Elizabeth Taylor venceu duas vezes o OSCAR de melhor atriz nas cerimônias de 1960 e 1963, além de um prêmio honorário em 1993.


Como toda estrela de Hollywood, Elizabeth Taylor teve uma vida recheada de polêmicas, se casando oito vezes. O mais comentado deles foi com o ator Richard Burton, caso envolvido em muita confusão com alcoolismo e brigas nos sets de filmagens.


Acima de tudo, Elizabeth Taylor será lembrada como um ícone do cinema!

Uma das maiores atrizes de todos os tempos!

Elizabeth “Liz” Rosemond Taylor (27/02/1932 – 23/03/2011)

O Rock Que o Brasil Não Viu pode passar em canal a cabo

Por César Nogueira.

O Rock Que o Brasil Não Viu, o melhor curta-metragem - Amazonas na categoria júri-popular do VII Amazonas Film Festival, pode passar no Canal Brasil. O documentário fala sobre a cena rockeira da Manaus dos anos 90, com as suas bandas, festivais e por que ela não decolou como deveria decolar. O diretor do filme, Bosco Leão, recebeu a proposta da equipe do Canal e agora está registrando o filme de acordo com a Lei do Audiovisual, da Ancine. “A Ancine precisa liberar a licença para eu mandar para o Canal Brasil. A possibilidade do filme passar lá é muito grande. Isso é um dos meus sonhos. Assim, todo mundo fica vendo ele”, disse, lembrando que o documentário depende também da disponibilidade de horários do canal.


Clóvis Rodrigues (esq.), co-diretor de "O Rock", e Bosco Leão.

Bosco Leão também trabalha no documentário sobre a Chá de Flores, a sua banda, presente no cenário local há quinze anos. Segundo ele, a produção anda devagar, porque está juntando imagens de arquivo e dinheiro. “Já tenho imagens em VHS, de 1991, antes de ter a 'Chá'. Vai ser um documentário só com a minha banda, à la o do Titãs. Já fiz a minha parte com o 'Rock', pus todo mundo em evidência", diz.


Bosco Leão e Emir Fadul, da Rádio Vertical

À longo prazo, o músico e cineasta pretende adaptar para as telas o livro "O homem com a abertura na testa", de Márcio Santana. É um projeto que não daria para ele fazer agora, porque precisaria de muito dinheiro e uma equipe muito grande. "É o meu interesse. Quero fazer algo legal. Com o Rock Que O Brasil Não Viu, abocanhei o prêmio no Film Festival, o que me deu energia. Vou inovar mais a partir de agora", conclui.


terça-feira, 22 de março de 2011

Ashton Kutcher - O Mala de Hollywood

POR CAIO PIMENTA
Diretor-Geral do SET UFAM

Pode um ator não se desenvolver nem um pouco ao longo de 12 anos de carreira e apostar tudo sobre sua beleza e carisma para manter o sucesso?
Asthon Kutcher é a prova viva que sim!

A estreia de “Sexo Sem Compromisso”, novo (?) filme do astro hollywoodiano é mais uma confirmação de que o marido de Demi Moore é o caso mais triste das grandes estrelas do cinema americano.
Ashton volta a fazer o papel da vida dele: um rapaz de bom coração, docinho do coco, “guti-guti de mamãe”, um adulto com alma de criança, sabendo se impor quando necessário, extremamente romântico (ele dá flores, chocolates, abre a porta do carro toda vez que a dama sai...), sempre bem-humorado, com um carro “fofoleto” e uma casinha simples, mas confortável, com tempo disponível de sobra, pois o trabalho dele é SUPER, ULTRA, MEGA, ESPETACULARMENTE diferente e não convencional, disposto a fazer todos os sacrifícios pelo amor.
Ou seja, o protótipo do homem idealizado por boa parte do público feminino.

Aí, quando acontece da menina (no caso, a belíssima e grande atriz Natalie Portman) dar o fora nele, o tadinho faz aquelas caras de coitadinho e engole o choro, arrancando os suspiros das mulherada.

Depois de várias confusões, tudo dá certo e antes do beijo que sela a paz do casal, ele faz aquela piadinha e FIM.
Agora, vejamos: há algo diferente em relação ao que ele fez em “Recém-Casados” (2003), “A Filha do Chefe” (2003), “A Família da Noiva” (2005), “De Repente é Amor” (2005), “Jogo de Amor em Las Vegas” (2008), “Por Amor” (2009), “Jogando com Prazer” (2009), “Idas e Vindas do Amor” (2010) e “Par Perfeito” (2010)?

A única atuação decente de Ashton Kutcher foi em “Efeito Borboleta” (2004).
Pior de tudo é perceber que o mais famoso twitteiro do planeta tem 33 anos, o que acende um sinal amarelo, pois essa cara de adolescente que faz o público cair em seu jeitinho descrito no quarto parágrafo vai sumir com o passar do tempo.

Acredito que Ashton tem talento e possa se desenvolver como ator.
Ele já provou uma vez que pode.

Caso consiga, será impossível saber até que ponto pode chegar, já que fará uma combinação rara de se ver nos dias de hoje: aliar talento, beleza e carisma.

Se preferir continuar do jeito que se encontra, Ashton Kutcher será a maior mala de Hollywood!
Posto que assumiu há um bom tempo!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cult Movies - Eraserhead


 POR RENILDO RODRIGUES

Se há um filme que merece a definição de cult, é esse. Pode até ser perigoso recomendá-lo ao público de ocasião, tamanha a radicalidade da obra. Mas cinéfilos mais calejados não podem deixar de assistir a Eraserhead (1977), do diretor americano David Lynch.

Primeiro trabalho de um dos criadores mais interessantes do cinema, o filme é um delírio em preto-e-branco sobre – entre outras coisas – um homem solitário e seu bebê monstruoso e deformado. Atraente, não? Mas, por estranho que pareça, Eraserhead não é um filme de terror. Nem de drama. Nem de qualquer outro gênero estabelecido, imutável, fechado. Eraserhead é um exercício criativo e profundamente pessoal de um artista sob tensão.

Não é brincadeira. Para se ter uma ideia, o filme levou cinco anos para ser produzido, período em que Lynch teve de fazer “bicos” (como entregador de jornais e operário) para poder sustentar a família e concluir a obra. Mas tanto esforço valeu a pena. O filme chamou a atenção imediatamente, ainda que mais pela aparência bizarra do que por suas qualidades cinematográficas. Felizmente, alguns observadores atentos não deixaram que estas passassem batido.
 Um dos que o aclamaram no ato foi ninguém menos que Stanley Kubrick. Famoso por 2001: Uma Odisséia no Espaço e Laranja Mecânica (ver post abaixo), Kubrick usou-o como referência para a produção de O Iluminado (1980). George Lucas também foi fisgado. O autor de Guerra nas Estrelas pediu a Lynch que dirigisse o terceiro capítulo da trilogia original (hoje Episódio VI – O Retorno de Jedi), no que, infelizmente, foi recusado (quem sabe no que teria dado a versão de Lynch para a história? Será que os chatíssimos ewoks chegariam vivos ao final?). Quem levou o passe foi Mel Brooks, ator, produtor e dramaturgo, que o escalou para dirigir O Homem Elefante (por sinal, um filme belíssimo, sobre o qual pretendo escrever em breve).

 Mas, voltando a Eraserhead, ressalto: o filme não se parece em nada com o que estamos acostumados a assistir. A rigor, não existe uma trama: a obra reúne episódios desconexos da vida de Henry (o protagonista, vivido por Jack Nance) relacionados ao bebê. Lynch não economiza em sangue, fluidos e deformações diversas (uma prévia: o aquecedor de Henry abriga uma mulher misteriosa, com bochechas grotescamente aumentadas, que apresenta números musicais enquanto monstros despencam do teto). Se, ainda assim, você se dispuser a enfrentá-lo, sairá recompensado: Lynch é um cineasta corajoso, que investe nas próprias visões para comentar o mundo atual. Se for possível compará-lo a criadores de outras artes, o próprio diretor deu a pista: seus artistas favoritos são o escritor Franz Kafka e o pintor Francis Bacon, que espelham a mesma perplexidade com o lado escuro da vida. Para quem não se contenta com comédias românticas ou filmes de ação, o remédio é David Lynch e seu Eraserhead.

sábado, 19 de março de 2011

É hora de ficar feliz?

Por Mariana Lima.
Tenho o costume de tomar café de manhã lendo o jornal. É coisa de velho, mas é um costume. Diferentemente do que leio todos os dias hoje, em um jornal impresso de Manaus, havia uma notícia sobre um cineasta brasileiro em uma coluna onde normalmente é feito comentários sobre políticos e ativistas. Lia-se "José Padilha será o novo diretor do Robocop" e havia um indicativo de positivo naquela informação "sobe".
Não sou cinéfila, habitualmente assisto a filmes no fim de semana, não decoro nome de diretores nem de atores, não ligo nomes a pessoas. Quem me conhece sabe que há 4 motivos fundamentais para ser da equipe do SET UFAM: Aborda um tema que acho agradável, é um laboratório legal, tenho amigos fantásticos e namoro o Caio (diretor/editor) do SET. Definitivamente esses temas não me fazem uma EXPERT em cinema, nem sei se tenho o "direito" de comentar algo. Digamos que sou leitora dos principais jornais, assisto a alguns filmes e converso com maníacos por cinema e é entorno disso que vou sustentar minhas ideias hoje.
Quando li a nota sobre o José Padilha tive um flashback de emoções semelhantes as que senti em 2003 quando o Rodrigo Santoro estreou em "As Panteiras 2". Eu e a metade dos brasileiros vibramos exageradamente porque finalmente tiramos um bom ator de novelas e colocamos em um grande filme  Norte Americano. Fomos ao cinema e esperamos pelos minutos em que ele aparece, como o figurante gostosão do filme, sem camisa e balbuciava alguma coisa. Todos gritamos e saímos de lá com orgulho.




Lembrei ainda de ter lido que o Wagner Moura também foi convidado pelos gringos a participar de Elysium  o novo filme do diretor de Distrito 9.
Mas a questão é, até que ponto deveremos ficar felizes e cheios de orgulho?
Deveremos ficar entusiasmados por eles "terem uma oportunidade melhor" e ir para Hollywood ou deveríamos sentir vergonha por o cinema brasileiro não ser "bom o bastante"? Será que ele não é bom o bastante mesmo?
Canso de ver "cinéfilos" e "pessoas comuns" reclamarem da produção nacional. São os traillers mal feitos, os créditos inicias que passam 5... 10 minutos mostrando os colaboradores/patrocinadores, atores de novela "arriscando serem atores de verdade" e etc. O filme brasileiro só é bom quando uma pessoa de fora o assiste e diz que é o máximo, ou quando um crítico importante dar o seu parecer sobre e então as pessoas começam a reproduzir os mesmos comentários, os mesmos critérios em discurso para leigos ou em conversas com quem "entende do assunto".
Sinto vergonha disso também.
Não adianta reclamarmos que as produções não tem apoio ($$) do governo e entidades públicas se ao estrear preferimos assistir ao Panteras 2, porque tem uma breve aparição do Rodrigo Santoro sem camisa ,do que um filme em que o elenco todo é todo composto por brasileiros.
Essa é uma questão sócio-cultural muito importante e grave que não deve ser debatido apenas em rodas de botecos ou sessões de cinema em casa de amigos, mas principalmente pensado por nós mesmos. Precisamos criar o nosso discurso não em cima do que Diretor X disse, ou no comentário da Cameron sobre a atuação do Santoro, ou no que os sites de críticos, mas nas nossas experiências, sentimentos ou ainda, nas nossas dificuldades.
Como inicialmente disse sou uma leiga em cinema, mas se você concorda ou discorda de mim o espaço de comentários abaixo está pronto para quem quiser começar o seu próprio discurso.