segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oscar 2012: "O Artista" ganha Melhor FIlme

Por Jéssica Santos e César Nogueira

Os encantados por "Árvore da Vida" queriam ver seu artístico e tocante filme levar a estatueta. Já os defensores do feijão-com-arroz de qualidade queriam que "Os Descendentes" vencesse. Já os apaixonados por cinema clássico sentiram-se divididos entre "Hugo" e "O Artista". Mas hoje era mesmo a noite de "O Artista".



O filme conta o auge, a decadência e a ressureição do ator do cinema mudo George Valentin. O roteiro não tem nenhum voo temático e estrutural maior. Porém, a história é muito bem contada. Além disso, as atuações, a proposta, a parte técnica e a homenagem ao cinema mudo se destacam.

Desde "Se O Meu Apartamento Falasse", um filme totalmente em preto e branco não ganhava o prêmio. O Oscar para o "O Artista" já era esperado, mas o filme inovou e a Academia o aceitou muito bem, já que ganhou cinco prêmios. A invenção de Hugo Cabret também saiu como um filme vitorioso, já que também levou cinco prêmios Oscar, mas ganhou nas categorias ditas 'técnicas', enquanto "O Artista" conquistou vários dos prêmios considerados 'principais'.

Os Últimos Cinco Premiados com o Oscar de Melhor Filme:
2007 - "Os Infiltrados"
2008 - "Onde os Fracos Não Têm Vez"
2009 - "Quem quer Ser Um Milionário"
2010 - "Guerra ao Terror"
2011 - "O Discurso do Rei"
2012 - "O Artista"

Oscar 2012: Meryl Streep, de“A Dama de Ferro” vence na categoria de Melhor atriz.

A categoria mais (bem) disputada do Oscar consagrou Meryl Streep como a grande vencedora. Streep é considerada uma das maiores atrizes de todos os tempos, mas há 29 anos a Academia premia outras performances. Não por ela não ter merecido o prêmio antes, mas pela admirável atriz parecer Our concur.


Não neste ano. O Oscar foi merecidamente para a atriz, que basicamente incorporou a ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher.


Meryl Streep não é Our Concur, mas é sensacional. "As demais" também mostraram-se muito competentes. Viola Davis mereceria o prêmio também, sem problemas, mas era o ano de Meryl.

Streep havia ganhado apenas duas vezes, das 17 em que concorreu. Em Kramer VS Kramer, comoveu o público mesmo não estando na tela por metade do filme. Seu segundo Oscar foi por Sophie's choice (1982), em que interpretou brilhantemente uma sobrevivente dos campos de concentração que precisa superar seus fantasmas.


Em 2007, outra grande atriz venceu o Oscar interpretando uma líder. Helen Mirren deu um show como a Rainha Elizabeth, em "A Rainha".


Vencedoras dos últimos cinco anos na categoria de Melhor Atriz:
2008: Marion Cotillard - "Piaf - Um hino ao amor"
2009: Kate Winslet - "O Leitor" 
2010: Sandra Bullock - "Um Sonho Possível"
2011: Natalie Portman - "Cisne Negro"

2012 - Meryl Streep - "A Dama de Ferro"

Oscar 2012: Jean Dujardin ganha Melhor Ator

Por César Nogueira

Jean Dujardin é o primeiro francês na história a ganhar um Oscar de melhor ator. Seu George Valentin, o protagonista de "O Artista", exala carisma. Além disso, seu trabalho técnico, principalmente por causa das suas expressões facial e corporal e as variações de suas emoções com o auge e a queda do astro de Hollywood.

Dujardin, que começou há não muito tempo no cinema, participou apenas de filmes franceses. Com esse prêmio, é provável que receba convites de realizadores americanos.

Essa é a segunda vez consecutiva que um ator europeu a ganhar na categoria. Em 2011, o britânico Colin Firth venceu por "O Discurso do Rei".

Os Últimos Vencedores do Oscar na categoria de Melhor Ator:
2007 - Forest Whitaker, por "O Último Rei da Escócia"
2008 - Daniel Day-Lewis, por "Sangue Negro"
2009 - Sean Penn, por "Milk".
2010 - Jeff Bridges, por "Coração Louco"
2011 - Colin Firth, por "O Discurso do Rei"
2012 - Jean Dujardin, por "O Artista"

Oscar 2012: Michel Hazanavicius vence na categoria de Melhor Direção


Por Diego Bauer

E deu a lógica na categoria de melhor direção, venceu Michel Hazanavicius, por O Artista. Com o decorrer da cerimônia, e com Hugo vencendo tantos prêmios técnicos, começou a pintar uma dúvida se Martin Scorsese poderia surpreender, mas o francês levou a melhor.

E esse prêmio traz um importante fato: é a primeira vez que um diretor francês vence a categoria! E o prêmio para Hazanavicius ganha ainda mais valor, pois concorreu com grandes nomes como Martin Scorsese, Woody Allen e Terrence Malick.

É louvável que a Academia premie uma tentativa de resgatar o cinema mudo, que utilizado por gênios como Chaplin, Keaton e Murnau foi fundamental para que conheçamos o cinema como uma forma de arte.
Com o prêmio na categoria, O Artista se mostra ainda mais favorito para o prêmio de melhor filme.

Os últimos cinco vencedores do Oscar na categoria de melhor direção
2007 – Martin Scorsese – “Os Infiltrados”
2008 - Ethan e Joel Coen – “Onde os Fracos Não Tem Vez”
2009 – Danny Boyle – “Quem Quer Ser um Milionário?”
2010 – Kathryn Bigelow – “Guerra ao Terror”
2011 – Tom Hooper – “O Discurso do Rei”

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Oscar 2012: "Os Descendentes" e "Meia-Noite em Paris" vencem nas categorias de Roteiro

 Por Renildo Rodrigues

 


Em ambos os vencedores da categoria Melhor Roteiro (Adaptado e Original), os premiados foram a inteligência da trama e dos diálogos: tanto Os Descendentes quanto Meia-Noite em Paris valorizam essas qualidades, tão desprezadas no cinema comercial da atualidade.

Em Os Descendentes (Melhor Roteiro Adaptado), o diretor do filme, Alexander Payne, junto com Nat Faxon e Jim Rash, optou pela sensibilidade na adaptação do romance de Kaui Hart Hemmings. A história de um pai de família (George Clooney) às voltas com as transformações trazidas pelo acidente da esposa virou uma bela reflexão sobre os relacionamentos familiares.

Os Últimos Cinco Vencedores do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado:
2007 – William Monahan - "Os Infiltrados"
2008 – Ethan e Joel Coen - "Onde os Fracos Não Têm Vez"
2009 – Simon Beaufoy - "Quem Quer Ser um Milionário?"
2010 – Geoffrey Fletcher - "Preciosa – Uma História de Esperança"
2011 – Aaron Sorkin - "A Rede Social"




Meia-Noite em Paris (Melhor Roteiro Original) traz um Woody Allen revitalizado, na esteira de sucessos como Vicky Cristina Barcelona (2008) e Tudo Pode Dar Certo (2009). A nostálgica aventura do escritor Gil Pender (Owen Wilson) pela Paris de seus ídolos literários diverte, comove e faz o espectador pensar.  Mais um gol na carreira do veterano diretor, e seu primeiro Oscar desde Hannah e Suas Irmãs (1986).
 

Os Últimos Cinco Vencedores do Oscar de Melhor Roteiro Original:
2007 – Michael Arndt - "Pequena Miss Sunshine"
2008 – Diablo Cody - "Juno"
2009 – Dustin Lance Black - "Milk – A Voz da Igualdade"
2010 – Mark Boal - "Guerra ao Terror"
2011 – David Seidler - "O Discurso do Rei"

Oscar 2012: Christopher Plummer vence Melhor Ator Coadjuvante

Por Caio Pimenta
Está lá escondido na locadora uma obra deliciosa chamada "Toda Forma de Amor", comédia-romântica saborosa e muito bem dirigida por Mike Mills.

O filme, porém, revela-se um verdadeiro tesouro devido à intensidade com que Christopher Plummer entrega a seu personagem: um viuvo de 75 anos que descobre estar com câncer e resolve assumir sua homossexualidade.

Uma atuação sensível que rendeu o Oscar que coroa a carreira fantástica de um homem que tem no currículo grandes filmes como "A Noviça Rebelde" e "O Informante".


Os Últimos Cinco Vencedores do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante:

2007 - Alan Arkin - "Pequena Miss Sunshine"
2008 - Javier Bardem - "Onde os Fracos Não Têm Vez"
2009 - Heath Ledger - "Batman - O Cavaleiro das Trevas"
2010 - Christoph Waltz - "Bastardos Inglórios"
2011 - Christian Bale - "O Vencedor"
2012 - Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor"

Oscar 2012: "Rango" vence Melhor Animação

Por Caio Pimenta


Em um ano que a Pixar resolveu quebrar a receita de um clássico anual e a Academia resolveu cometer dois erros em uma cajada só, com a exclusão de "Rio" e "Tintim", "Rango" venceu merecidamente.

O filme é repleto de citações aos antigos faroestes que desfilavam figuras icônicas do cinema norte-americano como Clint Eastwood e John Wayne. Com ação e bom humor, "Rango" diverte durante suas quase duas horas de duração.

Comparado, porém, aos últimos cinco vencedores, há uma retrocesso e tanto na qualidade do vencedor.

Os Últimos Cinco Vencedores do Oscar de Melhor Animação:

2007 - "Happy Feet - O Pinguim"
2008 - "Ratattouile"
2009 - "Wall-E"
2010 - "Up - Altas Aventuras"
2011 - "Toy Story 3"
2012 - "Rango"

Oscar 2012: Octavia Spencer vence como Melhor Atriz Coadjuvante

Por Caio Pimenta



Bastaram quatro filmes para Octavia Spencer ganhar um Oscar. Na carreira da agora dona da estatueta de atriz coadjuvante, estão obras esquecíveis como "O Sexto Homem"(1997), "Número 7" (2007) e "Assalto a Dose Dupla" (2011), além de Histórias Cruzadas.

Difícil dizer que se foi justo ou não a vitória de Octavia, pois Manaus não faz parte do principal circuito cinematográfico do país (creio que nem do secundário também), o que fez com que um dos candidatos mais fortes do Oscar 2012 ficasse de fora dos cinemas da cidade. E tenho como uma regra minha não baixar filmes que corram a mínima possibilidade de chegar aos cinemas ou que possa assisti-los em algum outro local.


Últimas cinco vencedoras

2007 - Jennifer Hudson - "Dreamgirls - Em Busca de Um Sonho"
2008 - Tilda Swinton - "Conduta de Risco"
2009 - Penélope Cruz - "Vicky Cristina Barcelona"
2010 - Mo'Nique - "Preciosa"
2011 - Melissa Leo - "O Vencedor"
2012 - Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"  

Oscar 2012: A Separação vence Melhor Filme Estrangeiro

Por César Nogueira

As expectativas se concretizaram. Sim, "A Separação" venceu o prêmio de melhor filme estrangeiro. O prêmio é justo, porque Asghar Farhadi criou um drama humano que retrata os seus personagens como gente, passível de erro e desvios morais. Além disso, o roteiro é muito bem desenvolvido a partir de mentiras e histórias mal-contadas, mais ou menos como o clássico Rashomon o fez.

Há também um peso político, apesar de simbólico, na premiação. Isso porque a Academia foi sábia ao não considerar as tensões entre EUA e Irã e premiar o bom Cinema. 

Em 2010, "O Segredo dos Seus Olhos", da Argentina, ganhou o prêmio. Neste ano, "Tropa de Elite 2" foi o nosso candidato, mas, infelizmente, não passou da primeira fase. Penso que nós temos mais chances nessa categoria daqui pra frente por causa do desenvolvimento e amadurecimento do cinema brasileiro desde a retomada. É uma questão de tempo.

Os Últimos Cinco Vencedores do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro:

2007 - "A Vida dos Outros" - Alemanha
2008 - "Os Falsários" - Áustria
2009 - "A Partida" - Japão
2010 - "O Segredo dos Seus Olhos" - Argentina
2011 - "Em um Mundo Melhor" - Dinamarca
2012 - "A Separação" - Irã

Tapete Vermelho - Oscar 2012

Por Mariana Lima

A noite de premiação do Oscar começou, mas antes do início da distribuição das estatuetas outra competição ocorre do lado de fora do teatro: O tapete vermelho.
Famosas desfilam vestidos caríssimos enviados por estilistas conhecidos pelo mundo inteiro.
Infelizmente, nem todas as estrelas acertam e acabam chocando os demais convidados e telespectadores do Oscar.
Confira a lista dos que acertaram e os que tentaram no Tapete Vermelho do Oscar 2012:

O casal mais bonito



Dificilmente os homens ficam feios no Tapete Vermelho. Simples: É difícil ficar feio com a tradicional roupa de gala. Os homens que mais se destacam, no entanto, são os mais simpáticos e neste quesito o George Clooney está garantido.
Para completar, a companheira de Clooney está lindíssima neste vestido metálico com uma flor em detalhe e por isso este foi considerado o casal mais bonito/bem vestido da noite.

Medrosa



Quando uma atriz está com medo de errar no vestido, mas não quer deixar isso claro, abusa do tecido claro e da cauda diferente. E esta foi a escolha da experiente em red carpet, Cameron Diaz. Que peninha, esperávamos mais de você, Cameron!

A gostosona



Há pessoas que insistem em aparecer. Quando não estão concorrendo em nenhuma categoria então a chance de aparecer é usando uma roupa provocante.
Bingo Jennifer Lopez! Roupa colada, um tanto transparente e mostrando suas curvas... Afinal, de que outra maneira ela chamaria atenção nesta noite?


O bom senso



A maioria dos famosos vai ao red carpet para “lançar tendência” ou “chocar” e acaba perdendo o bom senso. Graças a Deus há pessoas no mundo que conseguem conciliar conforto, beleza e estilo.
Ponto para Melissa McCartney!


Bizarrice – 1



Que tentativa foi essa, Shailene? Sério, não me envergonhe! A única coisa que passa pela minha cabeça é que disseram à moça que no teatro fazia muito frio e que era para ela ir bem agasalhada.
Querida, não foi dessa vez que se vestir de Princesa Leia era uma boa escolha.

Bizarrice – 2




Baron Coen tenta sempre chocar, e isso todo mundo sabe. E de fato hoje ele chocou! Só que ao contrário da polêmica que quis causar, o jovem ator conquistou a bizarrice e vergonha alheia mesmo. Try again next year!

Mas nem só de desgraça vive o Oscar. Há sempre pessoas fofinhas que acertam no guarda roupa e arrasam no tapete vermelho. 

Confira os quatro looks mais fofinhos:

1. Milla Jovovich



Vestido branco, com tecido lindo e detalhe chique no ombro. Sem mais, arrasou!


2. Natalie Portman




Mostrando ao mundo que não são necessárias várias plumas (tapa na cara da Cameron) nem uma roupa colada no corpo (Sorry J.LO), para ficar linda.



3. Emma Stone



Arriscou, abusou do lação e da cor e... Acertou! Ficou fashion e linda.


4. Octavia Spencer






Simples, no tecido perfeito, no corte ideal. Ficou charmosa, sem ser vulgar nem cafona. Ponto para Octavia!



Eu sei, eu sei.. Há muitos mais modelitos para serem comentados, mas a noite é muito mais do Cinema do que da Moda.

Continue acompanhando o Oscar 2012 aqui no SET UFAM!

Indicados ao Framboesa de Ouro 2012

Por Caio Pimenta 

A disputa pelo Framboesa de Ouro 2012 será intensa. Afinal de contas, não é todo ano que se reúne na categoria mais importante da premiação um humorista sem graça como Adam Sandler em seu pior filme (e olha que para ser chamado de pior filme de Sandler é que precisa ser terrível mesmo), Michael Bay e seu arremedo de filme chamado "Transformers", responsável por destruir toda e qualquer reputação do cinema de ação, e, claro, a saga "Crepúsculo".

Além disso, o Framboesa de Ouro fez justiça com Nicolas Cage. Já que este não se dá respeito com a própria carreira, por que não ser avacalhado logo?

Triste, porém, é ver excelentes nomes como Nicole Kidman e Al Pacino, além do segundo filme da série "Se Beber, Não Case", incluídos de maneira merecida na lista. Quem sabe aprendam alguma coisa (na verdade, duvido muito que isso aconteça).

Vamos à lista completa dos indicados ao Framboesa de Ouro 2012:

Pior Filme
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I“
“Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”
“Bucky Larson: Dotado Para Brilhar”
“Noite de Ano Novo”
“Transformers – O Lado Oculto da Lua”

Pior Diretor
Bill Condon, por “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I“
Dennis Dugan, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece” e “Esposa de Mentirinha“
Garry Marshall, por “Noite de Ano Novo”
Michael Bay, por “Transformers – O Lado Oculto da Lua”
Tom Brady, por “Dotado Para Brilhar”

Pior Ator
Adam Sandler, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece” e “Esposa de Mentirinha“
Nick Swardson, por “Dotado Para Brilhar”
Nicolas Cage, por “Caça às Bruxas“, “Fúria Sobre Rodas” e “Reféns“
Russell Brand, por “Arthur – O Milionário Irresistível”
Taylor Lautner, por “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I” e “Sem Saída“

Pior Atriz
Adam Sandler, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece” (como Jill)
Kristen Stewart, por “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I“
Martin Lawrence, por “Vovó… Zona 3 – Tão Pai, Tal Filho” (como Momma)
Sarah Jessica Parker, por “Não Sei Como Ela Consegue” e “Noite de Ano Novo”
Sarah Palin, por “Sarah Palin – The Undefeated”

Pior Ator Coadjuvante
Al Pacino, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”
James Franco, por “Sua Alteza?”
Ken Jeong, por “O Zelador Animal”, “Se Beber, Não Case! – Parte 2″, “Transformers – O Lado Oculto da Lua” e “Vovó… Zona 3 – Tão Pai, Tal Filho”
Nick Swardson, por “Dotado Para Brilhar” e “Esposa de Mentirinha“
Patrick Dempsey, por “Transformers – O Lado Oculto da Lua”

Pior Atriz Coadjuvante
Brandon T. Jackson, por “Vovó… Zona 3 – Tão Pai, Tal Filho” (como Charmaine)
David Spade, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece” (como Monica)
Katie Holmes, por “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”
Nicole Kidman, por “Esposa de Mentirinha“
Rosie Huntington-Whiteley, por “Transformers – O Lado Oculto da Lua”

Pior Roteiro
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I“
“Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”
“Dotado Para Brilhar”
“Noite de Ano Novo”
“Transformers – O Lado Oculto da Lua”

Pior Remake, Prequel, Rip-Off ou Sequência

“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I“
“Cada Um Tem a Gêmea Que Merece” (remake/rip-off de “Glen ou Glenda?”
“Dotado Para Brilhar” (rip-off de “Boogie Nights – Prazer Sem Limites” e “Nasce Uma Estrela”)
“Se Beber, Não Case! – Parte 2″ (sequência “e” remake)

Pior Conjunto na Tela

Todo o elenco de “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1“
Todo o elenco de “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”
Todo o elenco de “Dotado Para Brilhar”
Todo o elenco de “Noite de Ano Novo”
Todo o elenco de “Transformers – O Lado Oculto da Lua”

Pior Dupla

Adam Sandler & Jennifer Aniston ou Brooklyn Decker (“Esposa de Mentirinha“)
Adam Sandler & Katie Holmes ou Al Pacino ou Adam Sandler (“Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”)
Kristen Stewart & Taylor Lautner ou Robert Pattinson (“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1“)
Nicolas Cage & Qualquer pessoa com quem ele tenha contracenado em qualquer um de seus três filmes em 2011 (“Caça às Bruxas“, “Fúria Sobre Rodas” e “Reféns“)
Shia LeBeouf & Rosie Huntington-Whiteley (“Transformers – O Lado Oculto da Lua”)

Seis previsões para o Oscar 2012

Finalmente, chegou o dia!

Será a noite de consagração de "O Artista", filme francês, mudo e em preto-e-branco que vem arrebatando prêmios ao redor do planeta?

Ou será o momento de consagrar mais uma vez a genialidade de Martin Scorsese com sua homenagem ao cinema chamada "A Invenção de Hugo Cabret"?

Alguma zebraça de última hora? "Os Descendentes"? Ou talvez "Histórias Cruzadas"?

Dujardin ganha o duelo contra os astros Pitt e Clooney? E Viola Davis? Será que ela vai ousar tirar o prêmio de Meryl Streep?

O Brasil sai com a estatueta de melhor canção com Sérgio Mendes e Carlinhos Brown?

Para tentar servir de guia (ou embaralhar ainda mais as coisas), os seis integrantes do Cine Set fazem aqui suas previsões para a maior festa do cinema mundial, apostando nos vencedores e em quem gostariam que vencessem.

CAIO PIMENTA

Teremos nesta noite um dos Oscars mais interessantes dos últimos anos.

Esta afirmação se deve muito mais a incerteza dos vencedores do que propriamente a qualidade inquestionável dos filmes em disputa.

Claro que o favoritismo está do lado de "O Artista". Porém, será a Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood capaz de entregar seu principal prêmio a um longa-metragem francês?

Se esse medo se  abater nos votantes da Academia, abrem-se as portas para "Hugo" e "Histórias Cruzadas" (lembrando que este último, foi um sucesso de bilheteria nos EUA, é querido pelo público de lá, foi vencedor do SAG de melhor elenco desbancando "O Artista", traz uma história de superação - tema adorado por quem vota no Oscar ).

Sinto cheiro de uma repetição de 2006, quando "Crash" tirou o Oscar no último suspiro de "O Segredo de Brokeback Mountain).

Direção, ator e atriz também são imprevisíveis. Hazanavicius x Scorsese. Dujardin x Clooney, Pitt. Viola X Meryl.

O jogo está aberto, prometendo tornar esta cerimônia um pouco mais interessante que a de 2011.

Melhor Filme
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "Meia-Noite em Paris" (apesar de achar "A Árvore da Vida" melhor, seria uma ode à inteligência, elemento tão em falta no cinema atual) este filme de Woody Allen vencer

Melhor Direção
Quem deve vencer: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"
Quem gostaria que vencesse: Terrence Malick, por "A Árvore da Vida"

Melhor Ator
Quem deve vencer: Jean Dujardin, por "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: George Clooney, por "Os Descendentes"

Melhor Atriz
Quem deve vencer: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"
Quem gostaria que vencesse: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"

Melhor Ator Coadjuvante
Quem deve vencer: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor"
Quem gostaria que vencesse: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor"

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: Jessica Chaistain, por "A Árvore da Vida" (OI? Ah, ela foi indicada por "Histórias Cruzadas"? Então, deixa para lá...)

Melhor Roteiro Original
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "Meia-Noite em Paris"

Melhor Roteiro Adaptado
Quem deve vencer: "Os Descendentes"
Quem gostaria que vencesse: "Os Descendentes"

Melhor Filme Estrangeiro
Quem deve vencer: "A Separação"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Animação
Quem deve vencer: "Rango"

Quem gostaria que vencesse: ninguém, principalmente após a exclusão de "Rio" e "Tintim" da lista final.

CÉSAR NOGUEIRA
Melhor Filme
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "O Artista"

"O Artista" homenageia o cinema mudo. O filme merece ganhar o prêmio porque sua execução é feita com maestria do roteiro à montagem. Vencedor do Globo de Ouro, tudo indica que ele também será consagrado. "Hugo", de Scorsese, também está no páreo. Mas acredito que suas chances são menores.

Melhor Diretor


Quem deve vencer: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"
Quem gostaria que vencesse: Michel Hazanavicius, por "O Artista"

Hazanavicius acertou nas suas escolhas em "O Artista". Até detalhes como duração e tipo de planos remetem aos filmes dos anos 1920. Mas penso que Scorsese vai ganhar para compensar o prêmio de melhor filme e, também, para recompensar o seu trabalho em "Hugo", homenagem sincera à George Méliès, pioneiro do cinema.

Melhor Ator

Quem deve vencer: Jean Dujardin, por "O Artista"

Quem gostaria que vencesse: Jean Dujardin, por "O Artista"

Dujardin esbanja carisma e transmite as inúmeras nuances de George Valentin, de  "O Artista". Tem expressão corporal admirável e dança muito bem. Só não se pode falar de sua dicção no filme por motivos óbvios. George Clooney mereceria o Oscar por sustentar grande parte de "Os Descendentes".

Melhor Atriz

Quem deve vencer: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"
Quem gostaria que vencesse: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"

Meryl Streep está na mesma condição de Natalie Portman no ano passado. Ela fez um trabalho estupendo em "A Dama de Ferro". Seu favoritismo é indiscutível. Rooney Mara fez uma hacker de humor negro que também merece destaque. Mas penso que sua hora de ser premiada vai ser daqui a alguns anos.

Melhor Ator Coadjuvante: abstenho-me


Melhor Atriz Coadjuvante

Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: Shailene Woodley, por "Os Descendentes"

Spencer é mais cotada por conta de sua atuação em "Histórias Cruzadas". Gostaria que Woodley ganhasse porque sustentou, com Clooney, "Os Descendentes".


Melhor Roteiro Original

Quem deve vencer: "Meia-Noite em Paris"
Quem gostaria que vencesse:: "O Artista"

Meia-Noite em Paris ganhou o Globo de Ouro. Penso que isso e a importância de Woody Allen contarão muito amanhã. Gostaria que "O Artista" ganhasse por causa da sua simplicidade e do seu compromisso em contar uma ótima história.


Melhor Roteiro Adaptado

Quem deve vencer: "Os Descendentes"

Quem gostaria que vencesse: "Tudo Pelo Poder"

Na minha opinião, os Descendentes vai ganhar esse prêmio para compensar Alexander Payne, que dificilmente ganha a Direção. "Tudo Pelo Poder" mereceria ganhar por conta do seu retrato honesto e longe de maniqueísmos da política.


Melhor Filme Estrangeiro

Quem deve vencer: "A Separação"

Quem gostaria que vencesse: "A Separação"

"A Separação" é uma história contada a partir de versões mal-contadas, distorcidas, de um fato. Ninguém é vilão, ninguém é mocinho, todos têm coerência nos seus atos. É um filme muito superior aos conflitos entre Estados Unidos e Irã, seu país de origem. Premiá-lo é um compromisso com o Cinema.


Melhor Animação

Quem deve vencer: "Rango"

Quem gostaria que vencesse: "As Aventuras de Tintim"

Rango pode ter suas qualidades. Mesmo assim, engrosso o coro de que a ausência do jornalista aventureiro foi uma injustiça da Academia.



DIEGO BAUER

Um filme francês. Mudo. Ser o favorito ao Oscar? Pois é, por incrível que pareça, esse é o cenário do Oscar 2012. É claro que o filme francês é uma homenagem ao cinema americano, e isso, digamos, ameniza a sua situação, mas não deixa de ser surpreendente o cenário montado para a premiação deste domingo.

Acredito que O Artista deva dominar as principais categorias, e sair como o grande vencedor da noite, apesar de Histórias Cruzadas ser bastante popular pelos Estados Unidos, e ter forte apelo para Oscar.

Seria bem legal se A Árvore da vida tivesse chances de vencer, mas aí...
Michel Hazanavicius é o favorito ao prêmio de direção, e deve vencer, assim como Jean Dujardin também deve levar por O Artista, embora tenha a forte concorrência de George Clooney e Brad Pitt.

Meryl Streep ou Viola Davis. Difícil. Streep é um monstro, maravilhosa atriz, e está indicada ao prêmio pela décima sétima vez! Mas Davis também é ótima atriz, e tem boas chances. Hummm. Acho que dá Viola Davis.

Nas categorias de atores coadjuvantes, Christopher Plummer e Octavia Spencer só estão esperando o momento da premiação para receber a estatueta. Assim como Ashgar Farhadi, por A Separação na categoria de melhor filme estrangeiro.

Enfim, parece que novamente a cerimônia será previsível, mas, utilizando um belo clichê, tudo pode acontecer até a abertura dos envelopes.

Melhor Filme
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "A Árvore da Vida"

Melhor Diretor
Quem deve vencer: Michel Hazanavicius, por "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: Terrence Malick, por "A Árvore da Vida"

Melhor Ator
Quem deve vencer: Jean Dujardin, por "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Atriz
Quem deve vencer: Viola Davis, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Ator Coadjuvante
Quem deve vencer: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Roteiro Original
Quem deve vencer: "Meia-Noite em Paris"
Quem gostaria que vencesse: -

Melhor Roteiro Adaptado
Quem deve vencer: "Os Descendentes"
Quem gostaria que vencesse: "Tudo Pelo Poder"

Melhor Filme Estrangeiro:
Quem deve vencer: "A Separação"
Quem gostaria que vencesse: "A Separação"

Melhor Animação:
Quem deve vencer: "Rango"
Quem gostaria que vencesse: "Rango"



EMANUELLE CANAVARRO

Eis um fato: o meu sexto sentido não é apurado para previsões do Oscar. Confesso que, ao longo desses anos, muitas decepções acompanharam minhas suspeitas sobre a corrida pela estatueta mais cobiçada do universo cinematográfico. Dúvidas, conspirações e revoltas acontecem em todas as edições, como se fizessem parte de uma irremediável lei da física. Hipóteses de suborno entre os votantes também são frequentes.

Tudo para explicar os motivos escusos que levam um filme, que não despertou o entusiasmo do público e ainda por cima recebeu uma avalanche de críticas negativas da imprensa especializada, a ganhar indicação ou dar um tão importante passo rumo à premiação.

“O Espião que Sabia Demais” e “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, por exemplo, ficaram de fora – o que é uma pena! Mais ainda, por terem cedido lugar à adaptação “Tão Forte e Tão Perto”, o que comprova o caso de amor que a Academia tem com Stephen Daldry.

Ou seria porque ele simplesmente aprendeu a desenvolver suas produções sob os moldes do Oscar? Uma suposição plausível – afinal, é fácil perceber que histórias dramáticas, baseadas em memórias verossímeis, cheias de perseverança, superação de barreiras e aliadas a boas performances, figuram entre os ingredientes da fórmula que rende indicações e prêmios.

Gostaria de ter assistido a todos os filmes, mas infelizmente a maioria sequer chegou ao Brasil. Abaixo, os meus palpites.

Melhor Filme
Quem deve vencer: "A Invenção de Hugo Cabret"
Quem gostaria que vencesse: "A Árvore da Vida"

Melhor Diretor
Quem deve vencer: Michel Hazanavicius, por "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: Terrence Malick, por "A Árvore da Vida"

Melhor Ator
Quem deve vencer: George Clooney, por "Os Descendentes"
Quem gostaria que vencesse: Gary Oldman, por "O Espião que Sabia Demais"

Melhor Atriz
Quem deve vencer: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"
Quem gostaria que vencesse: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"

Melhor Ator Coadjuvante
Quem deve vencer: Max von Sydow, por "Tão Perto e Tão Forte"
Quem gostaria que vencesse: Jonah Hill, por "O Homem que Mudou o Jogo"

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"

Melhor Roteiro Original
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "Meia-Noite em Paris"

Melhor Roteiro Adaptado
Quem deve vencer: "O Espião que Sabia Demais"
Quem gostaria que vencesse: "O Homem que Mudou o Jogo"

Melhor Filme Estrangeiro
Quem deve vencer: "A Separação"
Quem gostaria que vencesse: "A Separação"

Melhor Animação
Quem deve vencer: "Rango"
Quem gostaria que vencesse: "Rango"

JÉSSICA SANTOS
Acredito que “O Artista” leva o principal prêmio da noite, por já ter ganhado os principais do cinema este ano. O melhor filme é, quase sempre, dirigido pelo melhor diretor. Assim, acredito que Michel Hazanavicius levará o prêmio, até porque seu principal concorrente, Martin Scorsese, ganhou há não muito tempo, com “Infiltrados”, e é difícil que ganhe de novo agora, apesar de merecer.

A briga pela maioria dos prêmios será entre “O Artista” e “A invenção de Hugo Cabret” mesmo. Apesar disso, estou quase certa de que os vencedores de melhor ator, atriz, e coadjuvantes, saírão de outros filmes.

“Hugo” provavelmente levará muitos prêmios técnicos; e também vale destacar a possibilidade de “Rio” vencer na categoria “Canção original”, e vamos torcer, mas “Os muppets” é favorito.

Melhor filme
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "A Invenção de Hugo Cabret"

Melhor Direção
Quem deve vencer: Michel Hazanavicius, por "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"

Melhor Ator
Quem deve vencer: George Clooney, por "Os Descendentes"
Quem gostaria que vencesse: Gary Oldman, por "O Espião que Sabia Demais"

Melhor Atriz
Quem deve vencer: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"
Quem gostaria que vencesse: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"

Melhor Ator Coadjuvante
Quem deve vencer: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor"
Quem gostaria que vencesse: Christopher Plummer, por "Toda Forma de Amor"

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: Jessica Chastain, por "Histórias Cruzadas"

Melhor Roteiro Original
Quem deve vencer: "Meia-Noite em Paris"
Quem gostaria que vencesse: "A Separação"

Melhor Roteiro adaptado
Quem deve vencer: "Os Descendentes"
Quem gostaria que vencesse: "A Invenção de Hugo Cabret"

Melhor Filme Estrangeiro:
Quem deve vencer: "A Separação"
Quem gostaria que vencesse: "A Separação"

Melhor Animação:
Quem deve vencer: "Rango"
Quem gostaria que vencesse: "Rango"

RENILDO RODRIGUES
O Oscar 2012 chega, mais uma vez, com a difícil missão de conciliar prestígio e popularidade, dois departamentos em que vem perdendo terreno. Não apenas pelo distanciamento do público em relação aos indicados (todo o burburinho em torno de A Árvore da Vida não o livrou de uma bilheteria pífia), mas também pela desconfiança, sempre presente, acerca dos critérios usados pela Academia – desta vez, não tivemos nenhum filme sobre a 2ª Guerra, mas o 11 de setembro e seus traumas retornam no superestimado Tão Forte e Tão Perto.

O anúncio de Billy Crystal como apresentador (pela NONA vez) desaponta aqueles que ansiavam por Eddie Murphy na função, e joga pra escanteio, mais uma vez, os planos de renovação da cerimônia.
Entre os indicados, algumas injustiças, inevitáveis (como deixar de lado o desempenho de Ryan Gosling em Tudo pelo Poder), mas um saldo final melhor que o do ano passado, que teve de se contentar com filmes bons, mas nem tanto, a exemplo de O Discurso do Rei e Cisne Negro.

Já entre as surpresas, destacam-se as indicações do mudo (e em preto-e-branco!) O Artista e do denso e filosófico A Árvore da Vida, além do retorno do veterano Woody Allen aos prêmios principais (Melhor Filme e Diretor pela comédia Meia-Noite em Paris).

Melhor Filme
Quem deve vencer: "O Artista"
Quem gostaria que vencesse: "A Invenção de Hugo Cabret"
(Apesar do meu fraco por Woody Allen, Hugo realmente está com tudo, batendo fácil Meia-Noite em Paris, mas tropeçando diante do brilhante O Artista).

Melhor Diretor
Quem deve vencer: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"
Quem gostaria que vencesse: Martin Scorsese, por "A Invenção de Hugo Cabret"

Melhor Ator
Quem deve vencer: Gary Oldman, por "O Espião que Sabia Demais"
Quem gostaria que vencesse: Gary Oldman, por "O Espião que Sabia Demais" (mais em reconhecimento ao grande ator do que pela performance em "O Espião que Sabia Demais").

Melhor Atriz
Quem deve vencer: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"
Quem gostaria que vencesse: Meryl Streep, por "A Dama de Ferro"

Barbada!

Melhor Ator Coadjuvante
Quem deve vencer: Nick Nolte, por "Guerreiro"
Quem gostaria que vencesse: Nick Nolte, por "Guerreiro"

Melhor Atriz Coadjuvante
Quem deve vencer: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"
Quem gostaria que vencesse: Octavia Spencer, por "Histórias Cruzadas"

Melhor Roteiro Original
Quem deve vencer: "Meia-Noite em Paris"
Quem gostaria que vencesse: "Meia-Noite em Paris"

Melhor Roteiro Adaptado
Quem deve vencer: "A Invenção de Hugo Cabret"
Quem gostaria que vencesse: "A Invenção de Hugo Cabret"

Melhor Filme Estrangeiro
Quem deve vencer: "A Separação"
Quem gostaria que vencesse:  -

Melhor Animação
Quem deve vencer: "Rango"
Quem gostaria que vencesse: -

Eleja também seus favoritos e comente aqui.
A cobertura completa do Cine SET do OSCAR 2012 você vai poder acompanhar em http://setufam.blogspot.com/

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Crítica: A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese

Por Diego Bauer

 Recordo-me de um clipe bem legal dos Smashing Punpkins, chamado Tonight, Tonight em 1996. Apresentando bastante criatividade contando a história através de um filme mudo, o clipe é uma homenagem declarada ao filme Viagem à Lua (1902) de Georges Méliès. Mais do que fez o vídeo da banda americana, A invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, se mostra como uma homenagem não apenas ao cineasta francês, mas também à origem do cinema.

Hugo (Asa Butterfield) é um garoto que vive numa estação de trem juntando peças para reconstruir um autômato depois da morte de seu pai (Jude Law), além de tomar conta dos relógios do local. Passando por dificuldades, ele se vê obrigado a realizar pequenos furtos para sobreviver, mas certo dia é flagrado em uma loja de brinquedos, e acaba sendo forçado a trabalhar para o dono da loja para não ser entregue ao implacável guarda do lugar (Sacha Baron Cohen). No local, ele acaba se tornando amigo de Isabelle (Chloe Moretz), filha adotiva do comerciante, que é nada menos que Georges Méliès (Ben Kingsley), pioneiro cineasta que passou por uma grande decepção em sua vida, e nem quer mais ouvir falar em cinema. Juntos eles tentam descobrir o que aconteceu com Méliès para que ele tentasse esquecer de todas as formas o seu passado como cineasta.

Sendo contada pelo ponto de vista do garoto, o filme propositalmente adota um olhar inocente, doce, mas sofrido sobre os acontecimentos que passam pela vida de Hugo, meio que mostrando todas essas emoções de uma forma bastante intensa, como uma criança veria.

E é com esse olhar que Scorsese mostra todo o seu carinho e admiração pela sua profissão, e por aqueles que a ajudaram a se tornar o que ela é hoje. Além disso, o filme é, ao mesmo tempo, uma aula e uma homenagem ao cinema. Começando pelos irmãos Lumière e seu “show de mágica” com A chegada do trem na estação (1896) que apavorava o público, causando a ilusão de que o trem iria na direção da plateia. Passando por um delicioso momento de O Homem mosca (1923), além de O Garoto (1921), A General (1927) e outros.

Fica claro como Scorsese respeita e admira esses filmes, por suas qualidades e importância. Note a maneira entusiasmada com que as crianças assistem ao filme no cinema, e como Hugo e Méliès se referem de maneira apaixonada ao cinema, chegando a compará-lo a sonhos.

Mas A invenção de Hugo Cabret também traz a clara mensagem de que o tempo é implacável, mesmo para aqueles que fizeram história, e tiveram grande destaque no que realizaram. Mostra o quanto a fama é descartável, perecível e ingrata, e como acontecimentos da vida (no caso do filme, a guerra) podem fazer com que todo um árduo trabalho feito com dedicação e amor seja esquecido facilmente pelas pessoas.

Ao mesmo tempo, mostra a necessidade de valorizar os grandes nomes do passado, e destacar o seu valor e sua importância para a arte como ela é hoje. Como na cena em que um admirador de Méliès vai à casa dele e diz à sua mulher como o seu marido havia sido importante para ele na sua infância, e vemos o olhar emocionado dela, apresentando sincera gratidão por um agradecimento cada vez mais raro em dias como aqueles, tantos anos depois dos seus momentos de glória.

Mas a melhor cena da história é a que mostra como Méliès fazia os seus filmes, semelhante a um teatro filmado. Scorsese acerta em cheio nesta sequência. Note que ela é bastante longa, como se o diretor fizesse questão de mostrar como o trabalho de Méliès era apaixonado e revolucionário para a época. Em seus filmes ele trabalhava como diretor, roteirista, ator, produtor, cenógrafo, figurinista e fotógrafo.

Além disso, este momento mostra para os mais novos, como o cinema de antigamente era feito, de uma maneira bastante artesanal, com um pé bem grande na teatralidade, bem diferente da que conhecemos hoje. Apenas cineastas como Scorsese teriam capacidade de fazer esta cena com tanta sensibilidade. Aula de cinema.

As atuações do filme são precisas e muito bem desenvolvidas. Asa Butterfield traz para Hugo um correto tom de: criança. E acredite, isso é algo bastante louvável. É comum em filmes como esses, em que as histórias são contadas através de crianças, que elas tenham um tom mais adulto do que deveriam, e acabem se afastando do fato de que são: crianças. Mesmo que Hugo tenha que lidar com uma realidade imprópria para sua idade, com furtos, trabalho infantil, e a perda da escola, ele encara tudo com isso com a convicção e o profundo sofrimento que uma criança teria. Nada mais que isso, e se sai muito bem.

Chloe Moretz também está ótima, e faz um belo par com o protagonista, trazendo doçura e, por que não, aventuras para a vida de Hugo. Além de ser através do personagem dela, que o filme também cria uma oportuna homenagem à literatura.

Sacha Baron Cohen apresenta um trabalho ótimo como o guarda da estação. Mesmo sendo uma espécie de vilão da história, Cohen é o principal alívio cômico do filme, mostrando um ótimo timing para comédia. Mas o seu trabalho se mostra mais do que apenas um tipo excêntrico, como quando vemos a sua tentativa de conquistar uma moça que vende flores. A cena em que uma mulher fala para ele dar o seu “melhor sorriso” para a florista é um ótimo momento cômico, mas que também serve para dar interessante complexidade ao seu personagem.

Mas sem dúvida a melhor interpretação do filme fica para Ben Kingsley. Mostrando diferentes faces de Georges Méliès, que a princípio se apresenta como um homem amargurado e infeliz com o rumo que sua vida tomou, somos tomados de assalto por um Méliès apaixonado, charmoso e extremamente feliz quando no auge de suas atividades, a princípio como mágico e depois como cineasta. Trazendo consigo grande carga dramática, Kingsley diverte e emociona o espectador com uma interpretação precisa e admirável.

Tecnicamente o filme também é brilhante. Apresentando cenários bem desenvolvidos e ricos em detalhes, o filme tem uma primorosa direção de arte, que retrata bem a Paris da década de 30. A fotografia também se mostra competente, e uso do 3D, do qual não sou nem um pouco entusiasta, se mostra correto, trazendo um interessante paradoxo entre o tradicionalismo do início do cinema e a tecnologia do cinema atual.

Em certo momento do filme, Hugo diz para Isabelle que se o mundo fosse uma máquina, cada coisa teria que ter uma função nele. Bem, depois de assistir ao filme, posso dizer que se o mundo realmente fosse uma máquina, a função de A invenção de Hugo Cabret seria emocionar, e homenagear aqueles que ajudaram o cinema a ser a arte que é hoje.

E nisso, ele cumpriu sua função com maestria.

 
NOTA: 8,5

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Estreias da Semana nos Cinemas de Manaus - 24 de Fevereiro

Filme: Tão Forte e Tão Perto
Direção: Stephen Daldry
Elenco: Tom Hanks, Sandra Bullock, John Goodman, Max von Sydow
Sinopse: Oskar Schell (Thomas Horn) é uma criança excepcional: inventor amador, admirador da cultura francesa, pacifista. Aos 11 anos de idade, ele encontra uma misteriosa chave que pertencia a seu pai, que morreu no atentado às Torres Gêmeas no dia 11 de setembro de 2011, e embarca em uma jornada secreta pelas cinco regiões de Nova York. Enquanto vaga pela "Grande Maçã", Oskar encontra pessoas de todos os tipos.
ONDE: Cinemark e Cinemais

Filme: A Mulher de Preto
Direção: James Watkins
Elenco: Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Janet McTeer
Sinopse: Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é um jovem advogado contratado para cuidar dos negócios de um cliente e para isso teve que se dirigir para um pequeno vilarejo com o intuito de regularizar documentos. Hospedado em uma casa isolada, ele passa a ter visões sinistras e acaba se envolvendo numa trama de vingança.
ONDE: Cinemark, Cinemais, Playarte e Severiano Ribeiro

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ranking - Melhor e o Pior do Cinema de Woody Allen

Por Renildo Rodrigues

Nesta semana de Oscar, nada melhor que eleger um dos maiores cineastas de todos os tempos para escolher o melhor de sua obra, especialmente sendo um dos indicados a Melhor Diretor deste ano: Woody Allen.

Nascido em Nova York em 1935, o diretor ficou famoso pelas comédias sofisticadas, na linha de mestres como Billy Wilder (“Quanto Mais Quente Melhor”) e os Irmãos Marx (“Diabo a Quatro”).

Allen também é um dos cineastas mais prolíficos de que se tem notícia, chegando à invejável marca de 45 filmes (o 46º, "Nero Fiddled", já está na pós-produção).

Seu trabalho mais recente, Meia-Noite em Paris, foi indicado a quatro Oscars (Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Direção de Arte).

Quando falo “veterano”, não estou brincando: já são 23 indicações, 15 delas como roteirista (Allen escreve todos os seus filmes) e sete como diretor, e três prêmios: Roteiro e Direção, por “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, e Roteiro por “Hannah e Suas Irmãs”.

Allen também foi indicado por sua atuação em “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”.

Por tudo isso, nada melhor do que falar sobre os cinco melhores e o pior filme da carreira deste mestre do cinema.

Veja a lista:


5. O Dorminhoco (1973)

O início da carreira de Allen não lembra em nada o estilo mais intelectualizado pelo qual o diretor é conhecido. São comédias ligeiras, com um mínimo de trama e gags aos montes.

Dessa fase, o melhor representante é “O Dorminhoco”.

Paródia dos filmes de ficção científica, a obra faz deliciosas referências ao cinema mudo, além de inaugurar a parceria entre Allen e a atriz Diane Keaton.

4. Match Point – Ponto Final (2005)

Fã assumido do diretor sueco Ingmar Bergman (1918-2007), Allen sempre quis fazer um filme “sério”, no estilo do ídolo.

Apesar de boas tentativas em “Setembro” (1987) e “A Outra” (1988), o primeiro grande drama de Allen veio justamente quando ele  abandonou a influência do mestre sueco: “Match Point – Ponto Final” é um suspense com a ironia e os diálogos afiados característicos do diretor. Jonathan Rhys Meyers e Scarlett Johansson estão muito bem nos papéis principais.

3. Zelig (1983)
Um filme que não envelhece.

Quase 30 anos depois, "Zelig" ainda é capaz surpreender o espectador, com sua divertida e original mistura de ficção e documentário.

Longe do estilo de “A Bruxa de Blair” e afins, "Zelig" é uma biografia, a história de um sujeito – o Zelig do título, interpretado por Allen – que tem a habilidade de se transformar nas pessoas com quem convive, e sua passagem marcante (e hilária) pelo século passado.

A técnica de inserir personagens de ficção em imagens de arquivo antecipa em mais de uma década as “inovações” de “Forrest Gump – O Contador de Histórias”.

2. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)

As comédias românticas nunca mais foram as mesmas desde que Annie Hall, ou, na sua contrafação brasileira, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, chegou aos cinemas.

As memórias do relacionamento entre Alvy Singer (Allen) e a personagem-título (Diane Keaton, em seu melhor papel) definiram novas regras para o gênero: personagens mais complexos, contraditórios, mais parecidos com você e eu; ambientação realista, “das ruas”; e diálogos carregados de ironia.

Infelizmente, a receita não chegou intacta aos nossos dias, mas Annie Hall permanece sendo referência do que pode ser uma comédia romântica urbana.

“Harry e Sally – Feitos um para o Outro”, “500 Dias com Ela” e outros filmes do gênero bebem dessa fonte, sem os mesmos resultados.

1. Hannah e Suas Irmãs (1986)

Allen pega a mistura de comédia e drama que vinha aperfeiçoando desde Annie Hall e “Manhattan” (1979) e a leva ao auge.

“Hannah e Suas Irmãs” casa à perfeição as melhores qualidades do diretor: um texto ágil, inteligente e engraçado; uma narrativa enxuta; a excelente direção de atores (destaque para Dianne Wiest e Michael Caine, ambos indicados ao Oscar); a trilha sonora repleta de pérolas do jazz.

O nova-iorquino fez grandes filmes antes, e faria muitos outros depois, mas se você tiver que assistir a apenas um, que seja este.

Fuja!:

Igual a Tudo na Vida (2003)
Entre altos e baixos, Allen vem lançando um filme por ano desde 1977, sem ter feito nada realmente ruim, comprometedor.

Porém, quando foi lançado “Igual a Tudo na Vida” um sinal vermelho se acendeu na carreira do cineasta: teria Woody Allen “secado” de vez?

Hoje sabemos que não, mas o filme continua exemplar do cansaço do diretor: personagens, situações e até sequências inteiras parecem ter sido repetidas de outros filmes de Allen, sem nada que indique frescor ou originalidade.

 
Fique longe!