segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Encontro Explosivo - Críticas

POR CAIO PIMENTA
Diretor Geral do SET UFAM

Cameron Diaz e Tom Cruise foram dois dos maiores astros dos anos 90 e começo da década passada. Um filme estrelado por eles era sinônimo de bilheterias altas. Sucessos como "Missão Impossível", "Jerry Maguire", "Quem Vai Ficar com Mary?" e "As Panteras" devem muito por ter um dos dois no elenco.

Porém, os tempos são outros e eles não conseguem mais repetir os êxitos do passado, amargando fracassos como "Jogo de Amor em Las Vegas", "Uma Prova de Amor", "Operação Valquíria" e "Leões e Cordeiros".
Então, por que não se dar as mãos e tentar salvar as carreiras juntos, fazendo um filme de ação bem-humorado, satisfazendo as características dessas estrelas?

Daí surge "Encontro Explosivo".O filme mostra o ex-agente da CIA, Roy Milner (Tom Cruise), fugindo das autoridades por tentar vender para terroristas uma bateria que possui uma energia um pouco menor que a do Sol. Para chegar até ele, o antigo companheiro de Milner, Fitzgerald (Peter Sarsgaard), usa June Havens (Cameron Diaz) como isca para atrair o personagem de Tom Cruise.
"Encontro Explosivo" tenta desde o início mostrar que é um filme que não se leva a sério em nenhum instante, abusando de clichês e do absurdo para mostrar este estilo. Os primeiros 15 minutos conseguem ser bem-sucedidos, apresentando os personagens principais em uma sequência divertida dentro de um avião.
Só que a partir daí o longa caí vertiginosamente.
Motivos não faltam: "as forçadas de barra" que o roteiro faz para que a história desenvolva-se são terríveis, parecendo que não houve imaginação para criar algo melhor; a má utilização dos bons coadjuvantes do elenco como Paul Dano, Viola Davis e, principalmente, Peter Sarsgaard, faz com que eles sirvam apenas de escada para as duas estrelas e as atuações de Cruise e Diaz são dignas de um parágrafo especial.
A dupla de protagonistas vive um casal simpático e que possui carisma suficiente para segurar o filme durante seus longos 109 minutos. O que chama a atenção, porém, é a sensação de que eles nada mais fazem do que vestir a carapuça que os tornaram estrelas e agirem como tal quando o diretor grita "Ação". Pior que isso, é notar que Cameron Diaz e Tom Cruise são atores capazes de entregar apenas esse tipo de atuação: ela meio maluquinha, estriônica, com sua risadinha simpática e ele com sua cara de galã, fazendo o cabelo esvoaçar a cada cinco segundos e dando aquele sorriso "Colgate".
"Encontro Explosivo" era uma boa idéia, mas que de tão artificial tornou-se previsível e sem emoção.

NOTA:6,0

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