domingo, 6 de novembro de 2011

8º Amazonas Film Festival (Dia 05 - sábado)

Por Jéssica Santos


Neste sábado, terceiro dia de Festival, houve uma bela homenagem ao ator Tonico Pereira, no grande Teatro Amazonas. Robério Braga, Secretário do Estado de Cultura, discursou brevemente.

A homenagem mostrou um vídeo com depoimentos de Tonico, e contou com a participação do ator Igor Cotrim, que subiu no palco recitando belos versos sobre o homenageado, de forma bem leve e divertida, com Tonico Pereira e sua família no palco. O ator já fez inúmeros trabalhos importantes, na TV, teatro e no cinema, é claro.

Aconteceu, também, mais um dia de apresentação de filmes que estão concorrendo aos grandes prêmios do Festival. Ontem foram apresentados os primeiros filmes que concorrem à categoria “Curtas-metragens-Brasil”, com os filmes “L”; “Meu medo”; “Ensolarado”; e “O céu no andar de baixo”. E hoje participaram da mostra competitiva os filmes “Ser ou não ser” e “Cachoeira”.  Outros curtas serão apresentados no domingo, segunda e terça.



Também foi apresentado o primeiro filme de Reginaldo Faria, “O carteiro”, que concorre na categoria de Longa-metragens-Internacionais.

Curtas-Metragens-Brasil

Foram exibidos hoje, dois filmes do Amazonas que concorrem ao prêmio de Curtas, a nível nacional. Ambos tratam a respeito da dura realidade dos índios.


“Ser ou não ser” é um documentário que expõe o problema do preconceito sofrido pelos indígenas até hoje, e que parece não ter prazo para cessar. Vários índios expõem seus sentimentos, descrevem como se sentem quando sofrem alguma discriminação. Nos momentos mais tocantes do curta, demonstram, em alguns momentos, sentir vergonha de serem índios e afirmam que a vida com o preconceito é tão difícil que questionam a sua própria existência.


“Cachoeira” é um filme que retrata a vida dos índios que são alcoólatras, misturam substâncias, ficam completamente fora de si, e cometem suicídio. O filme não deixa claro porque fazem isso, mas vendo o primeiro curta-metragem pode se entender que a vida dos índios é repleta de dificuldades e, além disso, eles possuem uma cultura muito diferente dos ditos “brancos”; os índios possuem rituais e pactos, como esse pacto fatal. Nada justifica o suicídio, por isso, o filme é triste e cruel, assim como essa dura realidade deles.

Ao mesmo tempo é um bom curta sobre eles, por não ser estereotipado e por contar com atuações a contento.

Nenhum dos dois curtas são brilhantes, mas ambos nos levam para mais perto dos índios, para entendê-los melhor e ajudá-los.


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