domingo, 29 de maio de 2011

Novos Clássicos - Closer (2005)

Por Vanessa Carvalho

Ninguém irá te amar mais do que eu. Por que o amor não é o bastante?

Com essa frase, Natalie Portman fez a classe masculina odiar, mesmo que por algumas horas apenas, Jude Law, no filme “Closer – Perto demais”. O filme não traz efeitos mirabolantes, nem cenários grandiosos (Mesmo eles sendo, basicamente, londrinos), mas é um bom filme perturbador. Mais ainda para quem resolveu adentrar ao perigoso mundo dos romances.

“Closer”, definitivamente, não é o tipo de filme leve que você assiste com sua namorada (o) fazendo juras de amor. Isso porque, diferente da maioria dos filmes do gênero, não é um filme de amor, e sim um filme sobre o amor. E a forma mais cruel dele, pois retrata as reviravoltas que um relacionamento tem, suas dúvidas, seus medos e (principalmente) desejos.


 Em “Closer”, Dan (Jude Law), um jornalista fracassado que ganha a vida como escritor de obituários, conhece Alice (Natalie Portman), uma striper americana, casualmente e começa um intenso relacionamento com ela. Ao tentar promover seu livro, ele conhece Ana (Julia Roberts), uma fotógrafa bem sucedida e logo se apaixona por ela e sua sedução. Nesse tempo, Ana conhece e começa a se relacionar com Larry (Clive Owen), após um mal entendido. Este é o esqueleto para um filme realista, que mostra a mais crua forma de libido do ser humano.

O longa dirigido por Mike Nichols ("A Primeira Noite de Um Homem") é perturbador, e torna-se praticamente impossível você não pensar se aquelas situações não poderiam acontecer com você. Não se engane, qualquer pessoa, em algum momento da vida, teme uma traição, seja no inicio do relacionamento, quando as pessoas ainda acham que estão se conhecendo, seja com ela mais estável, quando as pessoas têm a tola impressão de que conhece profundamente seus parceiros.


 “Closer” é o tipo de filme que, ou você ama, ou você odeia. Depende muito do tipo de pessoa que você é, do seu estado de espírito ao assisti-lo ou da sua forma de ver os relacionamentos. Uma pessoa que tem a tendência a se emocionar com a velha fórmula “felizes para sempre”, provavelmente irá odiar o filme. Aquela que sabe o que é a dor de uma traição, ou o peso da culpa de ter traído, provavelmente irá se identificar com algum dos personagens. Uma coisa é certa: ninguém fica indiferente a ele.



A fotografia, como já foi mencionada, é basicamente londrina. Na verdade, a fotografia é um personagem a parte neste filme, pois ela acaba sendo uma forma de complemento para as situações vividas. Afinal de contas, Londres com todos os seus tons cinza, se adequa perfeitamente ao peso que é todas as situações mostradas. Mas a verdade, é que este filme poderia ser muito bem se passar em Nova York, São Paulo, Belém, seu bairro, em qualquer lugar, pois ele aborda os relacionamentos.


 A direção de Nichols se prendeu quase que totalmente nas emoções dos atores, em suas interpretações. A exploração de cada personagem e a forma como cada ator o fez torna esse filme realista. Parece mesmo que os atores viveram aquelas situações de maneira tão íntima que foi cada tomada. 


 Torna-se praticamente impossível notar algo além de Natalie Portman caminhando em câmera lenta em meio a desconhecidos ao som de “The Blower’s daugther” do Damien Rice. Ou então lembrar qual a cor da calca da Julia Roberts ao contracenar com Jude Law.

O foco do diretor Mike Nichols foi para cada olhar, cada sorriso, cada palavra dos personagens, pois é através deles que o espectador percebe as angustias, medos, desejos vividos. A trilha sonora, que se focou basicamente, na música de Damien Rice completa o conjunto.

 
 “Closer – Perto demais” é o tipo de filme que você, provavelmente, irá assistir novamente, seja para entender o porque do olhar enigmático da misteriosa Alice, seja pelos diálogos brilhantemente inteligentes, seja pela forma realista como os relacionamentos são abordados.

 “Eu não te amo mais! Adeus”.

2 comentários:

  1. Eu baixei esse filme só para ver a Natalie Portman gostosinha e linda demais com esse cabelinho cor de rosa kkkkkkkkkkkkk o filme é muito palha!

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  2. E eu o Jude Lawww - O HOMEM DOS MEUS SONHOS!!

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