quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bons Filmes que Não Ganharam o OSCAR - Parte 3


POR CAIO PIMENTA
Diretor-Geral do SET UFAM

Não há novidade alguma em afirmar que o mundo é um lugar injusto.

Porém, muitas vezes ele parece sacanear conosco.

Exemplos não faltam: o cidadão passar anos sozinho e quando conhece alguém, fica dividido entre ela e outra pessoa que está a fim dele ou levar a capa de chuva para o trabalho todos os dias e quando chove, ele a esquece.

No OSCAR, não é diferente.

Há anos em que os indicados são fraquíssimos como em 1989 e 2008 quando "Conduzindo Miss Daisy" e "Quem Quer Ser Um Milionário?" foram os vencedores, respectivamente.

Por outro lado, em determinadas premiações chega a ser um pecado tantos filmes excelentes disputarem a estatueta dourada.

Em 1939, Hollywood estava em seu auge criativo, arrebatando milhões de doláres e consolidando de uma vez por todas o cinema americano como o mais popular ao redor do mundo.

Os indicados a melhor filme do OSCAR daquele ano comprovam a afirmação: "O Mágico de Oz", "No Tempo das Diligências", "O Morro dos Ventos Uivantes" e "A Mulher Faz o Homem" foram alguns dos nomeados.

Porém, nenhum deles foi páreo para a força da Scarlett O´Hara.

"E o Vento Levou" arrebatou 8 prêmios na décima segunda edição do prêmio.

Já em 1972, "Operação França", com sua clássica cena de perseguição do carro ao trem suspenso na corrupta e suja Nova York dos anos 70, levou cinco OSCAR, inclusive o de melhor filme.

Porém, a disputa foi durissíma: Stanley Kubrick estava com o seu clássico trangressor "Laranja Mecânica", enquanto Peter Bogdanovich fez o filme da vida dele e belo retrato sobre as descobertas do sexo nos anos 50 em "A Última Sessão de Cinema".

Quatro anos depois, "Um Estranho no Ninho" venceu os cinco principais prêmios do OSCAR. Faturou melhor filme, diretor, ator, atriz e roteiro adaptado.


Além desse fato histórico, 1976 ainda foi o ano que viu concorrerem na categoria principal: "Um Dia de Cão", com a excepcional atuação de Al Pacino; "Tubarão", primeiro grande filme de Steven Spielberg; "Barry Lyndon", mais um clássico de Kubrick e "Nashville", a obra-prima de Robert Altman.


Assim como "Um Estranho no Ninho", "O Silêncio dos Inocentes" também ganhou os principais OSCARS de 1992.

Azar de "A Bela e a Fera", uma das produções mais espetaculares da Disney e "JFK - A Pergunta que Não Quer Calar", melhor filme de Oliver Stone e um dos mais ousados do anos 90.


James Cameron se tornou o "rei do mundo" quando "Titanic" arrebatou 11 OSCARS na cerimônia de 1998.

Pena que os excelentes "Los Angeles - Cidade Proibida", "Melhor é Impossível" e "Gênio Indomável" ficaram em segundo plano, ganhando apenas o que sobrou.



Este ano, temos grandes filmes como "Toy Story 3", "A Origem", "A Rede Social", porém o favoristimo do ótimo "O Discurso do Rei" parece dominar o OSCAR 2011.

Injustiça ou não, isso você decide!

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