sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Especial Oscar 2011: Bons filmes que o Oscar não premiou

Por Renildo Rodrigues


Após 82 anos, o Oscar continua sendo o prêmio mais querido dos cinéfilos. Isso porque, apesar de certas inclinações da Academia (filmes sobre o Holocausto, por exemplo) e eventuais injustiças, é uma cerimônia que sempre prezou por um bom padrão de qualidade, que não desmerece o sucesso popular, e, principalmente, que se renova: de olho nos trends da Sétima Arte, não deixou passar os movimentos estrangeiros, o “cinema de autor”, os blockbusters.
Mas, nessa estrada toda, sempre houve bons filmes eclipsados por outros que não mereciam, assim como os que passaram batido por não terem levado o prêmio. Eis alguns que, na próxima vez que você for à locadora, merecem ser revistos:

(Um aviso: estou me atendo à categoria de Melhor Filme, aqueles que mereciam tanto quanto Guerra ao Terror ou Onde os Fracos Não Têm Vez, mas, mesmo sendo premiados em outras categorias, não levaram)
– Vamos começar pelos últimos Oscars. No do ano passado, tivemos dois filmes que, pelo menos em Manaus, não foram vistos como deveriam: Distrito 9, fenomenal estreia do diretor Neill Blomkamp, une ficção científica a um estilo documental para imaginar como seria se aliens viessem de fato à Terra – e, em vez de nos dominar, fossem segregados em favelas e tratados a pão e água. Alegoria política original e violenta, Distrito 9 também é um filme de ação classe A.


O outro é Preciosa – Uma História de Esperança. Amparada nas atuações brilhantes de Gabourey Sidibe e Mo’nique (Melhor Atriz Coadjuvante pelo trabalho), a obra narra a história de Precious, garota sobre quem recaem todos os problemas possíveis: é negra em uma sociedade racista, pobre, sofre de obesidade grave, e é constantemente abusada por pais violentos. Apesar do gosto amargo, trata-se de um filme comovente.


– Já em 2009, tivemos uma grande ausência nos cinemas manauaras: Frost/ Nixon, recriação ficcional da entrevista em que o ex-presidente americano Richard Nixon, instigado pelo repórter David Frost, admitiu os crimes de sua administração. Pode passar a ideia de um filme chato, mas, na real, Frost/ Nixon é um eletrizante duelo de atuações, entregues aqui a Frank Langella, como Nixon, e Michael Sheen (Frost).


Nos próximos dias, a equipe do Set Ufam irá trazer mais filmes que a Academia subestimou em suas premiações. Até lá!

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