domingo, 13 de fevereiro de 2011

Especial Oscar 2011: Bons filmes que o Oscar não premiou (parte 2)

Por César Nogueira

No Oscar, às vezes há um bom filme que não ganha a categoria principal por causa do concorrente, que anos depois viraria um clássico. Isso não quer dizer necessariamente que tenha havido injustiça e muito menos que o "perdedor" tenha sido esquecido pelo público.

Talvez o exemplo máximo desse post seja Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola. A história de amor (ou só amizade?) entre Charlotte (Scarlett Johansson) e Bob (Bill Murray) se foca na solidão em uma megalópole - no caso, Tóquio. O choque cultural, aliado ao tamanho da cidade, fundamentam esse filme cinza, mas que não se priva de ter os seus momentos cômicos. Encontros e Desencontros chegou a ganhar o Globo de Ouro de 2004, mas não ganhou nada no Oscar. Também pudera: a Academia tinha que reconhecer a importância da trilogia Senhor dos Anéis, que tinha chegado ao seu último filme, O Retorno do Rei. Assim, não teve como competir com o empreendimento histórico de Peter Jackson.


O Oscar de 1993 premiou Os Imperdoáveis, faroeste de Clint Eastwood. Essa história de culpa e amizade funciona quase como uma homenagem a um gênero que andava esquecido até pouco tempo. Naquele ano, também concorria o simpático Perfume de Mulher na categoria de Melhor Filme. O filme mostra a amizade de Charlie (Chris O'Donnell), rapaz não-rico que estuda em um ambiente elitista, com Frank (Al Pacino), veterano de guerra cego, rabugento e solitário. É um história de amizade improvável, onde o aprendizado vem das diferenças. Por exemplo, com o amigo mais velho, Charlie aprende a como tratar uma dama:



Onde os Fracos Não Têm Vez ganhou o Oscar de Melhor Filme de 2007. Esse filme dos irmãos Coen é profundo, sendo melhor entendido com muitas reassistidas. No mesmo ano, e com muito mais leveza, concorria à categoria principal Juno, de Jason Reitman. A história da gravidez de Juno (Ellen Page) e da paternidade de Paulie (Michael Cera), ambos adolescentes, não tem nada de mirabolante. Se propõe a contar uma história cheia de empatia com os dilemas dessa época. Os destaques são a protagonista e a trilha-sonora, que dá mais leveza a esse filme, que fala de um tema delicado.



Então, o que você acha do Oscar deste ano? Está bem disputado, ou tem algum filme visivelmente superior à concorrência?

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