segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

10 Maiores Injustiças da História do OSCAR - Parte I

Por CAIO PIMENTA

Diretor - Geral do SET UFAM

Neste próximo domingo, 27, acontece a 83ª edição do OSCAR.

O maior prêmio da indústria norte-americana, apesar das diversas críticas de ser conservador e se concentrar nos principais lançamentos do cinema de Hollywood, ainda é o grande momento para os cinéfilos do mundo todo.

As discussões sobre qual filme merece mais, se tal ator devia ser favorito ou a torcida pelo azarão, começar a ver cada Globo de Ouro ou SAG ou Bafta como prévia do OSCAR, é que faz a festa para quem curte cinema.

E toda vez que chega o OSCAR, fica a pergunta: quais foram as maiores injustiças cometidas pela Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood!

Você confere agora a primeira parte da lista com os principais injustiçados.

Divirta-se!


10 - John Wayne foi um dos maiores astros do cinema americano, sendo símbolo do faroeste, gênero mais tradicional de Hollywood.

Porém, mesmo com todo o talento e carinho do público, Wayne passara boa parte de sua carreira sem um OSCAR.

Grandes filmes na carreira dele não faltaram: “No Tempo das Diligências” (1939) e “Rastros de Ódio” (1956), são os principais.

Para compensar o tempo perdido, a Academia resolveu dar a primeira estatueta dourada para o ator em 1969 pela fraca atuação em “Bravura Indômita” em vez de premiar Jon Voight pelo excelente papel em “Perdidos na Noite”.


9 – No fim dos anos 60, a sociedade americana passava por transformações profundas. Questões raciais, sexuais e protestos contra a Guerra do Vietnã faziam os Estados Unidos repensarem seu modo de vida.

O cinema, refletindo esse momento, também começava a entrar em uma nova fase, com filmes mais ousados e de temas polêmicos.

“A Primeira Noite de Um Homem”, de Mike Nichols e “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas” apresentavam os primeiros passos desse cinema contestador, com seus anti-heróis e tramas em que o sexo e a violência eram figuras dominantes.

Ambos foram indicados para Melhor Filme do OSCAR em 1968, porém a Academia preferiu o competente “No Calor da Noite”, de Norman Jewison.

O tempo, porém, corrigiu a injustiça: enquanto o vencedor tornou-se apenas um bom filme, os dois perdedores se tornaram clássicos e abriram as portas para uma geração fantástica do cinema americano com nomes como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Robert Altman, Steven Spielberg...


8 – Antes de mais nada, considero Gwyneth Paltrow um atriz competente e talentosa.

Somente quem não viu “Seven – Os Sete Pecados Capitais” (1995) e “A Prova” (2005), pode considerá-la limitada.

A atuação de Paltrow em “Shakespeare Apaixonado” é a principal da carreira da californiana. Mostrando segurança, ela esbanja categoria, sabendo muito bem ir do drama ao humor, sendo assim a principal estrela do grande vencedor do OSCAR de 1999.

Por isso, considero injustas as pesadas críticas contra Paltrow pela sua vitória de melhor atriz. Claro que nossa maior estrela, Fernanda Montenegro, era a melhor disparada por uma das atuações mais memoráveis do cinema em “Central do Brasil".

Mas, convenhamos: o maior prêmio que Fernanda poderia receber era a indicação e nada mais. O OSCAR é uma festa para celebrar o cinema de Hollywood e nunca daria o prêmio para alguém fora desse circuito. Por mais que mereça!

E nem adianta citar que Javier Bardem, Marion Cottilard e Sophia Loren ganharam, pois estes, além de serem belos (fator essencial para o sucesso em Hollywood), fizeram boa parte da carreira nos EUA.

Benigni?

Ganhou por ser um palhaço e ser o estereótipo do italiano, excetuando a beleza, é lógico!


7 – O cidadão trabalha durante décadas como um louco.

Torna-se um exemplo pela ousadia, coragem e entrega a cada novo filme um marco para a história do cinema.

Enfim, viram ícones!

Porém, o prêmio mais importante da indústria cinematográfica, nada.

Então, o que fazer?

Simples: basta começar a fazer obras mais convencionais ou atuações que se pareçam com o que a Academia procura (deficientes ou mudanças de visual drásticas são as preferidas!) e...

BINGO: você ganha o seu OSCAR!

Martin Scorsese e Al Pacino se encaixam perfeitamente no caso acima.

O primeiro dirigiu obras-primas “Touro Indomável”, “Taxi Driver”, “Os Bons Companheiros” e “A Última Tentação de Cristo”, filmes polêmicos e ousados.

Nada disso importou para a Academia!

Bastou começar a fazer filmes de época e questionáveis como “O Aviador” e “Gangues de Nova York” que as indicações começaram a aparecer.

Com o eficiente, mas nada demais “Os Infiltrados”, Scorsese finalmente levou sua estatueta dourada.

Já Al Pacino foi brilhante especialmente durante os anos 70 e 80, época em que realizou os dois filmes da saga “O Poderoso Chefão” (em 1991, fez o terceiro e último), além das incríveis e vibrantes atuações em “Um Dia de Cão” e “Scarface”.

OSCAR que é bom, NADA!

Então, Al Pacino decidiu realizar “Um Perfume de Mulher” e foi interpretando um deficiente visual em um filme meloso que veio a primeira e única estatueta de um dos maiores atores de todos os tempos!

Vai entender!


6 – E OS INDICADOS AO OSCAR DE MELHOR FILME DE 1961 SÃO:

- SE MEU APARTAMENTO FALASSE , de BILLY WILDER

- ÁLAMO, de JOHN WAYNE

- FILHOS E AMANTES, de JACK CARDIFF

- PEREGRINOS DA ESPERANÇA, de FRDE ZINNEMANN

- ENTRE DEUS E O PECADO, de RICHARD BROOKS

Sabe quem ficou de fora?

PSICOSE, O MAIOR FILME DO MESTRE DO SUSPENSE E COM UMA DAS CENAS MAIS MEMORÁVEIS DA HISTÓRIA!

Passa!

Um comentário:

  1. Realmente o caso do John Wayne é triste. O cara manda muito bem.
    Mas o reconhecimento fica pra história né?
    E o que dizer sobre a nossa Fernanda?
    Sensacional...
    mas devemos lembrar que isso é uma premiação do mundo dos EUA. querendo ou não. =/

    Sobre o Oscar desse ano...confesso que tenho esperanças em relação ao Inception. Espero que a justiça seja feita. O filme é muito bom.
    Não é todo ano que se lança um filme assim.

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